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Red Pass

Rumo ao 38

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A Entrevista de Ano Novo do Presidente à Bola

 

Breves Notas Sobre a Entrevista do Presidente na TVi

 

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 - O Presidente atingiu o auge enquanto entrevistado. Passou com facilidade por esta rara exposição mediática. À vontade na entrevista directa com José Alberto Carvalho e , ainda mais, à vontade na mesa com os três convidados/adeptos. Nota alta para Pedro Ribeiro, o único com confiança para colocar questões menos fáceis.

 

- Luís Filipe Vieira falou de forma directa e com conhecimento de todos os temas que foram colocados. Foi até onde quis ir, esclareceu até onde lhe foi possível.

 

- Talisca, processo disciplinar, Garay, reforços, Seixal, jovens vendidos antes do tempo, contrato com a NOS, Jorge Mendes, passou por tudo isto com resposta sempre pronta.

 

- Pode-se não gostar muito ou pouco, pode-se gostar muito ou pouco, a verdade é que Vieira hoje em dia é que escolhe os momentos para falar, que são poucos, e quando se dispõe a esse exercício passa pelo exame com distinção.

 

- Fugiu a todas as polémicos, evitou responder aos tontinhos e reforçou a postura passado recente: só interessa o Benfica. Os outros que vivam os seus circos com quem quiser assistir. Agradecido, da minha parte.

 

- José Alberto Carvalho (e toda a imprensa) sempre que podia puxava pelo assunto JJ. Fê-lo inúmeras vezes, por isso, Vieira teve que se referir ao ex treinador. Respondeu sempre pedindo para encerrar o assunto e nunca fugindo às questões. Também agradeço. A conclusão que os rivais tiraram é que se passou o tempo a falar deles. Surreal!

 

- Além de Vieira, o grande vencedor da noite foi o projecto BTV. A entrevista foi ultrapassada com facilidade mas a condução deixou a desejar ao nível da profundidade. Na BTV as entrevistas de fundo com o Presidente conduzidas por Hélder Conduto são incomparavelmente mais bem preparadas, profundas e até menos confortáveis para Vieira. E isso é excelente que assim seja.

Fim de Ciclo: Adeus Jorge Jesus

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 Agora que o ciclo Jesus está completo e começa-se uma nova Era no futebol do Benfica, justifica-se uma reflexão sobre a mudança.

 

Voltemos a 2009, seis anos atrás. Por esta altura estava quase no mesmo ponto em que estou hoje em relação ao comando técnico da equipa de futebol. Falava-se na chegada de Jorge Jesus à Luz para suceder a Quique Flores. O espanhol bem parecido, de discurso fácil e que agradava a imprensa, terminava a sua aventura no Benfica ganhando uma Taça da Liga e figurava entre as vitimas de Pedro Proença depois de um jogo no Dragão inesquecível. Mas como o seu futebol se centrou na fé em Suazo ignorando as capacidades de Cardozo ou Di Maria, a sua saída era inevitável.

 

Terminada a época aproveitei a presença de Rui Costa no Pavilhão da Luz no final de um derby de andebol para o abordar sobre a escolha do novo treinador. Disse-lhe que não queria Jesus porque não acreditava que pudesse resultar. Rui Costa só me perguntou quem é que eu queria: Ancelotti, Ferguson, Mourinho... ?
Fui para casa deprimido e convencido que vinha mesmo o Jesus.

 

A Chegada de Jesus

 

Jorge Jesus na sua apresentação como treinador do Benfica afirma que com ele o Benfica ia jogar o dobro. E acrescentou que o dobro ainda era pouco, se calhar.

Ri-me, encolhi os ombros mas fiquei preso aquela promessa. O ar com que disse aquilo convictamente deixava algo no ar.

Eu não o queria na Luz mas admirava-o pelos trabalhos em Guimarães ou Braga, de onde veio para cá, e, especialmente, no Belenenses. Adorei as suas declarações depois dos jogos com o Bayern e com o Portsmouth. Gostava do atrevimento e da sua convicção. Mas não queria aquilo na Luz porque eu achava que não ia resultar.

 

Começa a pré época de 2009 e sou completamente apanhado de surpresa. Eu que não ligo nenhuma à pré época, acho que é uma altura em que se pode observar mas sem tirar grandes conclusões e é para , essencialmente, as equipas trabalharem e experimentarem. A verdade é que parti do grau zero de entusiasmo para uma assinalável curiosidade em ver mais de perto aquele Benfica.

Estava no Minho para acompanhar o Festival Paredes de Coura quando desafio o meu amigo nortenho e verde P.V. para irmos a Guimarães ver o Benfica - Portsmouth do Torneio daquela cidade. Fiquei de tal maneira impressionado com o futebol do Benfica que tentei nem verbalizar o que estava a sentir para não cair no ridículo da febre da euforia própria das pré épocas. Mas até o meu amigo ficou espantado com a qualidade apresentada.

 

O resto da pré temporada foi sempre a abrir, de jogo para jogo o nível subia, as Taças vinham todas para o nosso lado e parecia que se estava mesmo no bom caminho.

A ansiedade pelo primeiro jogo oficial era enorme.

 

A Primeira época

 

Um empate com o Marítimo na Luz veio adiar o entusiasmo e deixar no ar a dúvida. Afinal, entrámos na Liga a perder pontos. Mesmo que a exibição tenha sido convincente e o resultado injusto.

Segue-se uma pré eliminatória da Liga Europa e volta a animação. Contra o Poltava a mesma exibição da estreia da Liga mas com golos e o apuramento garantido.

Regresso a Guimarães para a 2ª jornada e uma vitória arrancada a ferros no final do jogo.

Depois disso, goleadas por 8-1 ao Vitória sadino e 0-4 no Restelo.

Foi nesta fase que me rendi a Jesus.

O Benfica jogava um futebol que eu pensei não voltar a ver na minha vida. Já me contentava quando ganhávamos por 1-0. De repente voltou o futebol avassalador do Benfica. O rolo compressor, como alguém lhe chamou.

Esse campeonato foi ganho com muitas exibições grandiosas, muitos golos mas também algumas desilusões, como a derrota em Braga e um empate no Bonfim.

Para ter sido perfeito faltou a Jesus perceber a importância que era ter empatado no Dragão e festejar lá esse título. Facilitou e o Porto acabou a época com fôlego para vencer a Supertaça e anular tudo o de bom que foi feito no inesquecível ano de estreia de Jesus.

 

A tempestada depois da bonança.

 

O impacto que Jorge Jesus teve ao chegar ao Benfica foi tão grande que fez acordar um monstro adormecido. Não havia dúvidas do seu talento e da sua capacidade no banco para levar o Benfica às grandes conquistas.

No entanto, os seus pontuais erros estratégicos deitaram a perder tudo o de bom que estava construído.

Total falta de capacidade para escolher reforços, subestimar adversários, olhar mais para dentro do que para fora, não saber medir os riscos de decisões arrojadas ou incompetentes, valeram a Jesus o ódio de muitos adeptos benfiquistas.

 

Todos falam na goleada do Dragão, da 2ª mão da Taça que o Porto virou na Luz, da eliminação inacreditável na Liga Europa aos pés do Braga, da derrota de Anfield, de David Luiz a defesa esquerdo, do clássico que estava a ganhar 2-1 e depois de mexer na equipa permitiu que James empatasse para que a seguir Proença validasse o 2-3.

Tudo pontos negros, é verdade.

 

Pessoalmente, o que mais me irritou foi um empate na Luz com o Portimonense. Ao nível dos piores jogos que vi do Benfica em anos, e vi muitos, infelizmente. Alertou-se na altura para o facto de não podermos facilitar nesse jogo, pois se o Porto ganhasse todos os jogos até à visita ao nosso estádio podia festejar o título na Luz. Claro que Jesus não quis saber e empatou com os algarvios. Obviamente, o Porto acabou a festejar na Luz. Uma das noites mais tristes da história recente do Benfica podia ter sido evitada com uma simples vitória sobre o Portimonense...

 

Por outro lado, depois desta fase negra o treinador do Benfica mostrou evolução e mudança de mentalidade.

Depois do deslumbramento de um um primeiro ano excelente, veio uma época terrível. Seguiu-se um equilíbrio e o Benfica estabilizou.

Os jogos na Luz passaram a ser todos para ganhar. O Benfica não voltou a perder na Luz para a Liga desde aquele 2-3 com o Porto. Esta será uma das maiores e mais pesadas heranças que Jesus aqui deixa. Nós já nem sabemos o que é perder em casa. É impensável. A fasquia não ficou alta, ficou onde devia estar sempre.

 

A mudança

 

A fobia pelas goleadas deu lugar à leitura realista do contexto de cada partida. O Benfica de Jesus passou a lutar por todas as competições até ao fim. Cada acidente que acontecia tinha sempre a cara de Jesus. Ninguém lhe perdoava um falhanço. Substituições por fazer ou mal feitas, apostas erradas, invenções de posições de jogadores, tudo era rasgado na imprensa e nas redes sociais. Só que Jesus passou a errar cada vez menos, começou a inventar cada vez menos e a ficar mais objectivo e prático. Nunca mudou a sua maneira de ser. Teimoso, orgulhoso e vaidoso. Rapidamente passou a dominar as conferencias de imprensa onde deu sempre espectáculo. Todas as suas conferências tinham um "soundbite" para ecoar na imprensa. Conversava sempre olhos no olhos, não fugia às perguntas e falava muito de futebol. Houve sempre muito conteúdo antes e depois dos jogos.

 

Eu não perdia nem os lançamentos de jogo nem os rescaldos. Era bom ver e ouvir o Jesus a falar pelo Benfica. Lembro-me que nos últimos jogos deste ano na Luz quando estava a sair do estádio acabava sempre por parar num écran gigante montado ao pé das piscinas para ouvir Jesus a falar depois do jogo. Não era só eu, havia umas centenas de adeptos que se sentavam naquela erva para ouvir o treinador. Sempre de sorriso na cara. Uma cumplicidade que demorou a ser construída mas que agora estava forte.

 

Depois de três épocas sem vencer o campeonato, a paciência para Jesus esgotou-se na Luz.

 

Se a 2ª época de Jesus não teve explicação, a 3ª também não acabou melhor. Uma derrota Um empate em Vila do Conde entregou o título ao Porto. Para a 4ª época a margem de manobra de Jesus era nula. Na Luz eram muitos mais os que o queriam dali para fora dos que estavam com ele.

Para Jorge Jesus era indiferente. O próprio confessou que no Benfica só falava com duas pessoas fora do futebol, Vieira e Domingos Soares Oliveira. Do resto não queria saber e percebia que ninguém gostava dele. Vive bem com isso.

 

É na sua 4ª época que Jesus volta a entusiasmar os adeptos como no seu primeiro ano. Aos poucos a equipa cresceu, avançava nas diferentes competições e em Abril atinge o auge que lhe escapava desde a época de estreia. O apuramento para uma final europeia era o regresso ao caminho que se queria. O Benfica liderava o campeonato e só precisava de vencer o Estoril em casa para deixar a coisa quase resolvida, regressava a Amesterdão para uma final da Liga Europa, estava na final da Taça de Portugal. Os benfiquistas faziam as pazes com Jesus e voltavam a acreditar no treinador.

 

Mas subitamente a tragédia bate à porta da maneira mais cruel. Num ápice tudo se perde. Um rombo tão forte que acabei em lágrimas no ArenA e em fúria no Jamor. Inacreditável o fecho daquela época.

Tinha terminado o ciclo de Jesus. Venceu um campeonato e andou tanto tempo para acertar o passo entre a sua convicção e a grandeza do Benfica que acabou a ser castigado pelos deuses do futebol que o fizeram ajoelhar em pleno Dragão.

 

A Segunda Vida de JJ

 

Pessoalmente, sentia um misto de emoções. Por um lado estava convicto que com Jesus estávamos muito mais perto de ganhar do que de perder. Os jogos na Luz eram um regalo, a competitividade em todas as provas era assinalável, a maturidade táctica da equipa era indesmentível. Não havia dúvidas que Jesus tinha capacidade para altos voos e ganharmos muito.

Mas depois não dava para entender os Robertos, Jaras, Filipes Menezes e tantos outros...

Ficava no ar a ideia que faltou qualquer coisa para Jesus ser grande no Benfica mas depois de uma varridela daquelas a perder tudo de seguida não havia outra alternativa a não ser mudar de treinador.

 

Aqui entra Luís Filipe Vieira. O Presidente que o escolheu em 2009, aparece numa jogada de risco altíssimo e dá-lhe outra oportunidade. Vieira teve a calma suficiente para dizer a Jesus que já estávamos muito perto de ganhar. Falhou ali algo que se podia emendar e mudar.

Aos poucos deixaram de entrar na Luz jogadores vindos de delírios de madrugadas de PFC e começaram a chegar jovens promessas detectadas por uma equipa de olheiros que , finalmente, via o seu trabalho totalmente reconhecido.

Encontrou-se o equilíbrio perfeito. Jesus é o homem certo para planear treinos, para trabalhar tácticas, para desenvolver e aproveitar jogadores de grande potencial descobertos com muito trabalho e contratados com bastante esforço.

Jesus, o treinador de campo era imbatível. Sem invenções, sem fetiches de compras, sem delírios.

 

O que se seguiu é o que todos sabemos. Dois campeonatos ganhos e várias taças com outra final europeia jogada.

O próprio Jesus parecia ter atingido uma maturidade total na abordagem aos jogos na gestão das vantagens pontuais, no aproveitamento real e pontual de situações em que teve de abdicar de ganhar para gerir empates. Tudo ficou mais fácil de gerir.

 

O Final

 

Já não imaginava o Benfica a ser treinado por outra equipa técnica. Jesus parecia não ter fim. Mesmo porque ainda havia algumas arestas para limar. Era preciso convencê-lo a reduzir o plantel, a abdicar de craques como Gaitán e trabalhar com o que estava no Seixal. E aqui é que Jesus pareceu traçar um limite.

Nunca me pareceu que Jorge Jesus quisesse aceitar o desafio de continuar a ganhar todas as provas tendo que ficar privado de contratar meia dúzia de jogadores e começar a trabalhar com os melhores rapazes vindos da formação.

Também nunca pareceu muito aberto a aceitar jogadores escolhidos por outras cabeças que não a sua.

 

No tal almoço em que pude dialogar com ele lembro-me da maneira com que reduziu a qualidade de Muhktar a zero. Não acreditava nele, nem o conhecia antes da prospecção do Benfica o ter caçado. O alemão tem qualidade como se viu no Mundial Sub 20. E este é só um caso entre muitos que justificam as reservas criadas quanto ao futuro imediato do treinador no projecto de futebol do Benfica.

 

Por mim, continuava a aturar as loucuras de Jesus na boa porque tinha a certeza que íamos continuar a não perder jogos em casa, que íamos lutar pelas competições até ao fim e com qualidade.

O grau de confiança que atingi antes de qualquer jogo do Benfica neste último ano é algo que já não vivia desde os anos 80. A certeza com que ia para os jogos é um sentimento que não tem valor. Mesmo quando as partidas começavam mal como em Arouca ou em Moreira de Cónegos, nunca entrava em pânico. Era disto que não me queria livrar. Era desta zona de conforto que não me apetecia sair. A sensação de que estávamos sempre mais perto de ganhar por defeito era desconhecida desde os tempos do Manuel Bento. Por mim continuava assim.

 

Mas quando percebo que o Presidente tem uma nova ideia para continuarmos a ganhar e a crescer, sendo que essa ideia colide com muitas convicções do treinador, começo  a perceber que vamos mudar.

 

Quando me dizem que foi pedido ao treinador do Benfica para apostar mais em Gonçalo Guedes que já tinha propostas de 20 Milhões de euros e que jogando podiam valer o dobro, não dá para entender o desprezo de Jesus.
Quando me dizem que houve uma boa proposta para vender Derley e o negócio não é aprovado pelo treinador em Janeiro, não dá para entender a pouca utilização do brasileiro até ao fim da época.

Quando me lembro que Jesus pedia Djavans para dois meses despachá-los, não tenho saudades.

São bons exemplos de uma postura de "eu quero posso e mando" que era impossível de manter se queremos ver os nossos miúdos mais talentosos a jogar a sério na equipa principal. Admito isso.

 

Agora é fácil criticar Jesus por tanta coisa. Eu critiquei-o quando chegou. Convenceu-me com a sua nota artística no relvado. Depois perdi a paciência com ele na 2ª e 3ª época mas nunca defendi que fosse despedido porque não via ninguém com capacidade para fazer melhor. No final daquela 4ª época foi quando admiti que não percebia nada disto e que tínhamos de mudar de treinador, embora tivesse a certeza que Jesus iria triunfar em qualquer rival que o chamasse.

 

Vieira encarregou-se de me mostrar que eu não percebo mesmo nada disto e levou Jesus a duas épocas maravilhosas. Confirmou o que desconfiava, com uns acertos Jesus é mesmo um enorme treinador.

Quando eu pensei que agora Jorge Jesus estava mais domesticado do que nunca e pronto para mais conquistas, o Presidente optou por mudar o estilo e aposta noutro homem da sua confiança.

 

Só aconteceu um choque porque Jesus optou por ir para o Sporting de forma mal explicada. Jesus abriu a porta de Alvalade enquanto lutava na Luz para não deixar fugir o bicampeonato.

Vieira planeou lançar Jesus para ganhar uns milhões a mais mas longe daqui saindo em glória do Benfica.

Jesus não gostou de se ver dispensável no projecto de Vieira e não hesitou em provocar um terramoto pós temporada e aceitou trabalhar com Bruno de Carvalho.

 

A imagem de Jesus a ter êxito pelo Sporting tirou-me o sono, a razão e o discernimento. Durou uns dias até me acalmar.

Neste momento já estou tranquilo. Jesus não pode por o Sporting a jogar o dobro do que fizeram Jardim e Marco Silva porque é impossível. É o primeiro contra.

O segundo é que não tem lá Di Marias, David Luiz ou Cardozos para aproveitar e não deve contar com Javis Garcias ou Ramires a chegarem. Como se sabe, contratar jogadores também não é o seu forte.

 

E o que me tranquilizou definitivamente foi o assalto que se tentou fazer à organização de futebol do Benfica nos últimos dias. O facto de todos os responsáveis por todos os departamentos determinantes para o sucesso do nosso futebol terem recusado a traição deixa-me muito aliviado. E agradecido. Afinal, parece que estamos mesmo bem apetrechados.

Também ainda não vi nenhum jogador desesperado com a partida de Jesus. O que é curioso.

 

Jesus foi um treinador que aprendi a admirar. É uma personagem que me conquistou com todos os seus defeitos e feitio. Fiquei muitíssimo feliz por ter ganho tudo o que ganhou depois daqueles três anos de dúvidas.

Mas isso tenho de agradecer ao Presidente.

Vieira apostou duas vezes em Jesus. Ganhou em 2010 e acertou em cheio em 2013 quando o deixou ficar. Agora apresentou uma nova equipa técnica. Que direito tenho eu de duvidar da escolha? Já se percebeu que eu não percebo nada disto.

 

Depois desta viagem na montanha russa que foram estes seis anos de Jesus no Benfica, depois de já ter desabafado tudo o que passei neste tempo, queria dizer que na hora do adeus volto a sentir aquilo que sentia em 2009: Jesus não acredito nada que vás ter sucesso nessa tua nova vida.

Acreditei que ficaria a acompanhar alegremente o resto da carreira de Jesus e até a torcer pelo seu sucesso. Com a escolha que fez tornou-se impossível.

Disse-lhe pessoalmente, repito aqui: ir para aquele clube é algo de tão nefasto que nem há perdão que se possa imaginar. Só pena e convicção que mudou para pior. Como todos os que tiveram o mau gosto de o fazer antes. Não sou ingrato mas nestes dias só me vem à cabeça aquele jogo com o Portimonense. Nem é preciso dizer mais, pois não?

Deixaste de ser muita forte a partir de agora.

( Jesus, ficaste a dever um almoço à malta. Lamentável)

 

Convidados especiais para a festa frente ao Marítimo

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A convite do presidente, José Magalhães e os dois filhos vão marcar presença no Estádio da Luz, no jogo de consagração do Bicampeonato.

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, entrou esta segunda-feira em contato com José Magalhães, adepto Benfiquista ontem envolvido no incidente com a polícia em Guimarães. O mesmo foi convidado a assistir ao próximo jogo em casa com o Marítimo, relativo à última jornada da Liga NOS, a consagração do Bicampeonato.

Os dois filhos de José Magalhães vão entrar com o presidente no relvado para a cerimónia da entrega do troféu de Campeão Nacional.

Bola de Ouro Sem Complexos

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Há um ano aconteceu o incrível caso de vermos alguns clubes a referirem-se à morte de Eusébio em comunicados que conseguiram ocultar a palavra Benfica. Foram poucos, mas aconteceu.

Hoje o Presidente do Benfica falou sem problemas do vencedor da Bola de Ouro mesmo sem o jogador nunca ter jogado pelo Glorioso e até já ter mostrado o dedo do meio às bancadas da Luz quando jogava no Manchester United.

Prefiro assim.