Equipa-tipo (4x2x3x1): De Gea – Valencia, Smalling, Phil Jones, Blind – Herrera, Matic – Mata, Mkhitaryan, Rashford – Lukaku.
O exercício de estreia de José Mourinho como treinador do Manchester United ficou marcado pela conquista da Liga Europa, numa verdadeira lição de estratégia, aspeto em é um dos melhores treinadores da história do futebol mundial, ante o poético Ajax de Peter Bosz. Com isso, os red devils afiançaram a conquista de mais um troféu, juntando-o aos triunfos na Supertaça e na Taça da Liga, e alcançaram o apuramento direto para a Liga dos Campeões, subtraindo as marcas de um campeonato pouco conseguido devido ao elevado número de empates (15 em 38 jogos), o que atirou a equipa para um 6.º lugar final abaixo das expetativas. Sagaz na abordagem à nova temporada, Mourinho compreendeu a necessidade de reforçar a equipa de forma cirúrgica, robustecendo a coluna vertebral da equipa com os indiscutíveis Matic (médio) e Lukaku (avançado), enquanto aguarda com serenidade que Lindelöf (defesa), o central que mais qualidade lhe oferece nas saídas para ataque, se adapte a uma realidade competitiva bem mais exigente. Os resultados estão à vista. Após a derrota ante o Real Madrid (1-2) na final da Supertaça europeia, o único troféu que escapa à impressionante galeria de 25 conquistas do melhor treinador português de todos os tempos, o Man United somou 9 triunfos e 2 empates, o que lhe garante a liderança confortável do grupo A da Champions, deslocando-se a Lisboa com a certeza que uma vitória o coloca praticamente na fase seguinte da competição ao final da terceira jornada, e na vice-liderança na Premier League, a apenas dois pontos do Manchester City.
Ideário. A aposta numa organização estrutural em 4x2x3x1, que parte, muitas vezes, de um 4x4x1x1/4x4x2 em momento defensivo, tem sido clara por parte de Mourinho, surgindo o 3x5x2, desdobrável em 3x4x1x2, como estrutura alternativa, testada com amplo sucesso na deslocação ao terreno do CSKA (4-1). Na Luz, a opção pela estrutura principal com quatro defesas, até pela ausência por lesão de Bailly, será a mais natural, mas não constituirá surpresa se o português abordar a partida com 3 centrais, podendo até testar uma estrutura em 3x4x2x1 (em alternativa ao 3x4x1x2), já que Pogba, Fellaini e Carrick também não poderão defrontar os encarnados. Com uma dimensão física retumbante e uma agressividade ímpar nas ações de pressão e de reação à perda da bola, o Man United tem sido uma equipa extremamente competente e sólida no processo defensivo, como atestam os 6 golos sofridos e as 8 balizas-virgens em 12 jogos oficiais, o que passa pela forma curta e compacta como a equipa defende em momento de organização, criando amplas arduidades para que o rival consiga entrar no seu bloco, como também pela parca exposição no momento de transição, não permitindo que o opositor consiga estabelecer conexões rápidas com sucesso (travando-as, muitas vezes, em fases mais avançadas, garantindo o mote para contra-transições fulminantes), o que constitui um importante óbice para explorar as costas do último reduto. Nas bolas paradas defensivas, onde Mourinho privilegia uma defesa com clara predominância pelo individual, com cobertura zonal do primeiro poste, apenas o Stoke City, ao apostar num pontapé de canto largo ao segundo poste, espaço mais exposto, conseguiu criar mossa.
Contundência. Do ponto de vista ofensivo, mesmo sendo uma equipa capaz de assumir o jogo e de se instalar com bola no meio-campo adversário, alternando uma circulação veloz pelos três corredores – onde Matic, secundado por Herrera, arroga um papel crucial na construção, enquanto Mkhitaryan, sempre disponível para jogar a toda a largura do terreno, ao mostrar-se corrosivo nos passes de rutura e nos cruzamentos, aspeto em que é coadjuvado pelos laterais e pelos médios-alas, arca um papel deliberativo na criação –, o Man United revela-se corrosivo na exploração de contra-ataques e ataques rápidos, muitas vezes a partir de uma construção mais longa. Isto porque se trata de um dilacerante carro de assalto à profundidade, ao explorar a velocidade, a mobilidade, a potência e a criatividade das suas unidades mais ofensivas. Além disso, aproveita com grande incisividade os lances de bola parada ofensivos, principalmente os laterais, até porque Lukaku, Rashford, Matic e os defesas-centrais são ótimos cabeceadores, e sabem dar sequência aos cruzamentos teleguiados de Mkhitaryan, Mata ou Blind.
Um a um
De Gea. Soberbo na resolução de remates a diferentes distâncias, tirando partido de excelentes reflexos, agilidade e posicionamento. Menos constante nas saídas a cruzamentos.
Valencia. Velocidade, aceleração, força e disponibilidade físicas tremendas. Pungente no ataque à profundidade em condução ou em desmarcação.
Smalling. Poderoso fisicamente e impositivo nos duelos aéreos. Rápido e agressivo sobre a bola, é feroz no corte. Processos simples na construção.
Phil Jones. Muito disponível e forte fisicamente, é impositivo nos duelos pelo ar e sob o solo: feroz no desarme e na antecipação. Seguro na construção.
Blind. Competente na antecipação e no desarme, mas nem sempre sagaz na interpretação do jogo. Bons argumentos na condução, no passe e nos cruzamentos.
Herrera. Cada vez mais arguto na antecipação e no desarme. Exibe grande critério na construção a diferentes distâncias e na condução de ações ofensivas.
Matic. Robustez e disponibilidade física superlativas aliadas a velocidade de execução e de raciocínio. Enorme qualidade na tomada de decisão.
Mata. Virtuoso tecnicamente, aporta grande qualidade na condução, na leitura de jogo e nos passes de rutura. Exímio na execução de lances de bola parada.
Mkhitaryan. Alia velocidade, agilidade, mobilidade e aceleração a grande qualidade técnica e virtuosismo no drible. Incisivo nos cruzamentos, no passe e na finalização.
Rashford. Tremendamente veloz e acelerativo, exibe agressividade a partir para cima dos adversários e a criar desequilíbrios. Pode melhorar a definição dos lances, mas exibe atributos no remate com o pé direito.
Lukaku. Referência ofensiva contundente no ataque à profundidade. Alia força, agressividade e velocidade a qualidade no drible e na finalização com ambos os pés ou através do jogo aéreo.
A análise ao Basileia por Rui Malheiro para o jornal Record:
O desaire com o CSKA Moscovo (1-2) coloca pressão ao Benfica em Basileia, onde necessita de triunfar para manter a chama do apuramento para os ‘oitavos’ acesa. O favoritismo pende para as águias ante um octacampeão suíço em crise na qualidade de jogo e nos resultados – é 3.º na liga, a 6 pontos do líder Young Boys.
Contestação. Raphaël Wicky sucedeu a Urs Fischer, aposta de risco dada a inexperiência, já que apenas orientara as formações secundária e de juniores do Basileia. Manteve a espinha-dorsal do plantel, com a exceção de Doumbia, mas rompeu com o 4x2x3x1 do antecessor, apostando num 3x5x2. O início aquém das expectativas conduziu ao regresso ao 4x2x3x1 e a uma passagem pelo 4x4x2 clássico, que não surtiram efeito. Com o Benfica, a aposta deverá ser o 5x4x1, com desdobramento, em momento ofensivo, em 3x4x2x1 – ensaiado ante Zurique (1-0), Chiasso (1-0) e Man. United (0-3).
Previsibilidade. A busca do jogo exterior, explorando a projeção dos laterais Lang e Riveros, e de cruzamentos destes para a área, onde Wolfswinkel é referência, são marcas do ideário de Wicky. Na Champions, a equipa surge com linhas mais baixas, explorando contra-ataques e ataques rápidos, onde a velocidade, mobilidade e criatividade de Oberlin e Steffen, com Elyounoussi (em dúvida) e Bua como alternativas, a serem a chave do assalto à profundidade, onde Wolfswinkel continua determinante. A construção e criação são previsíveis e partem das saídas em condução e em construção dos centrais Akanji e Balanta (e do guarda-redes Vaclík), que devem ser pressionados. O critério aumenta com Zuffi e Xhaka, que oferecem qualidade na ligação entre sectores. As bolas paradas laterais são cruciais, com Suchy, Akanji, Balanta, Oberlin e Wolfswinkel a atacarem na área.
Debilidades. Exposto na transição, o Basileia tem revelado uma organização defensiva a roçar o caótico, sentindo arduidades na definição e coordenação da última linha e no controlo da profundidade. A busca de referências individuais conduz a arrastamentos que destapam espaços para desmarcações de rutura e há debilidades na cobertura aérea do segundo poste nos cruzamentos. Perdas de bola na primeira fase de construção convidam a uma pressão alta, o que poderá redundar em contratransições.
Partilho aqui o trabalho do Rui Malheiro na análise ao primeiro adversário desta época, o CSKA Moscovo. O artigo está no jornal Record:
A aposta na continuidade, bem patente na inexistência de reforços, é evidente na abordagem do CSKA Moscovo ao novo exercício, o que reduz o núcleo-duro do plantel às ordens do bielorrusso Victor Goncharenko a uma dezena e meia de jogadores. Algo que complexifica a missão do treinador na gestão de duas partidas por semana, até porque é notório o contraste entre a veterania do setor defensivo, onde ainda constam Akinfeev (31 anos), Vasili Berezutski (35 anos), Aleksei Berezutski (35 anos) e Ignashevish (38 anos), e a juventude do irreverente setor ofensivo, onde Vitinho (23 anos), Chalov (19 anos) e Zhamaletdinov (20 anos) surgem como protagonistas. O apuramento para a fase de grupos da Champions, primeiro objetivo da temporada, foi alcançado com brilhantismo, deixando pelo caminho os vice-campeões grego – AEK – e suíço – Young Boys – com quatro triunfos e sem qualquer golo sofrido em quatro jogos. Contudo, a nível interno, o vice-campeão russo não tem sido tão impositivo, como atestam as três derrotas – todas em casa – e um empate em nove partidas.
Ideário. Fiel a uma organização estrutural em 3x5x2, partindo, muitas vezes, de um 5x3x2 em momento defensivo, o CSKA é capaz de assumir um papel dominador dentro de portas. Para isso, alterna a projeção pelo espaço interior, onde Golovin e Dzagoev assumem um papel determinante em ações de construção e de condução, como também na produção de desequilíbrios, com a busca do jogo exterior, solicitando as desmarcações de dois laterais extremamente incisivos no ataque à profundidade: preferencialmente Mário Fernandes, brasileiro naturalizado russo, que oferece grande dinamismo ao corredor direito, ou o menos contundente Schennikov, à esquerda, mas protagonista de um ótimo arranque de temporada com 3 golos em 10 jogos. Contudo, o perfil dos moscovitas na abordagem à Liga dos Campeões poderá conduzir a uma postura mais cínica, refletida num bloco médio-baixo que permita à equipa defender de forma mais curta e compacta, para depois indagar a exploração de contra-ataques e ataques rápidos, beneficiando da mobilidade e da criatividade das unidades mais adiantadas: Dzagoev, Golovin (o mais acelerativo) e Vitinho. Esse fator poderá levar Goncharenko a abdicar de um dos avançados – Chalov (ou Zhamaletdinov) –, de forma a colocar Dzagoev no apoio direto a Vitinho, o que permitirá reforçar o setor intermediário com mais uma unidade de contenção: o israelita Natcho.
Debilidades. É no momento de transição defensiva que a equipa se sente menos confortável, já que se desequilibra com extrema facilidade, mas os problemas do setor defensivo em velocidade e agilidade são mais do que evidentes, mesmo quando a equipa se encontra em organização defensiva posicionada num bloco mais baixo. É que são manifestos os problemas no controlo do espaço entre a linha defensiva e a linha intermediária, convidativas ao assalto das entrelinhas, e entre defesas-centrais e laterais, abrindo crateras para o ataque pungente à profundidade ou para a busca de desequilíbrios no um contra um. A isto junta-se a pouca incisividade de Akinfeev nas saídas aéreas, o que poderá desfraldar debilidades na defesa de livres laterais e pontapés de canto, onde é clara a opção por uma defesa individual com cobertura zonal pouco enérgica do primeiro poste.
Nota: Mário Fernandes (direita) e Schennikov (esquerda) fazem todo o corredor. Wernbloom, médio mais defensivo, numa linha mais recuada em relação a Golovin e Dzagoev, médios-interiores.
Análise um a um
Akinfeev. Destaca-se pelos reflexos, elasticidade e agilidade sobre a linha de baliza. Muito desconfortável nas saídas aéreas.
Vasin. Impositivo no jogo aéreo e robusto fisicamente. Dificuldades ante rivais velozes e ágeis.
Vasili Berezutski. Lento e pouco ágil, mas sagaz posicionalmente e com bom tempo de desarme. Oferece critério às saídas.
Aleksei Berezutski. Autoritário nos duelos pelo ar e eficaz no desarme, mas pouco ágil. Assume riscos nas saídas.
Mário Fernandes. Faz todo o corredor direito. Bons argumentos a defender – desarme e jogo aéreo – e extremamente incisivo ofensivamente.
Golovin. Muito dinâmico, conduz a bola de forma acelerada e cria desequilíbrios. Bons atributos no passe, remate contundente, e ótima reação à perda.
Wernbloom. Recuperador tremendo em ações pelo ar ou sob o solo. Fisicamente robusto e disponível, ainda que algo faltoso.
Dzagoev. Craque. Qualidade técnica (e drible fácil), tomada de decisão e capacidade de definição – no passe e no remate – muito acima da média.
Schennikov. Faz todo o corredor esquerdo, dando algum espaço nas costas. Bons argumentos na desmarcação, no passe e no remate. Sagaz na antecipação em momento defensivo.
Vitinho. Virtuosismo técnico e poder de drible garantem-lhe desequilíbrios no um contra um. Arguto no último passe e nos cruzamentos, como também muito espontâneo no remate: dentro ou fora da área.
Chalov. Promissor. Avançado móvel, virtuoso no drible e incisivo no ataque à profundidade. Combinativo e com remate fácil de pé direito.
Uma perturbante onda de lesões durante a primeira metade da temporada, que afastou várias unidades nucleares das opções regulares de Thomas Tuchel, é a principal responsável por um trajeto muito titubeante na Bundesliga, onde o Borussia Dortmund se posiciona a 15 pontos do líder Bayern. Contudo, a campanha dececionante tem contrastado com um percurso imaculado na Champions, competição em que venceu o Grupo F, onde se digladiaram com Real Madrid (dois empates frente ao campeão europeu), Sporting e Legia Varsóvia, com 21 golos marcados, novo recorde da primeira fase da principal competição de clubes da UEFA.
Mutantes. Durante a metade inicial do exercício, à semelhança de 2015/16, Tuchel alternou a utilização do 4x1x4x1 e do 4x2x3x1 como estruturas táticas preferenciais. Mas nunca escondeu a sua predileção por estruturas com três defesas, algo que colocou em prática, com veemência, no último mês, à medida que o seu leque de opções foi alargando. Por isso, nos últimos jogos, o Borussia apresentou-se mais próximo de um 3x5x2, com variações para 3x4x1x2 e 3x4x3, fruto do posicionamento de Dembélé, sagaz a desdobrar-se entre o papel de quinto médio e de terceiro avançado, no apoio a Aubameyang e Reus. Na Luz, face à desastrosa prestação, no último sábado, ante o Darmstadt (1-2), Tuchel poderá sentir-se tentado a recuperar uma estrutura com quatro defesas, de forma a equilibrar mais a equipa.
Contundência ofensiva. Mantendo alguns princípios fundamentais do futebol a todo o gás de Klopp, como a agressividade superlativa colocada na reação à perda, recorrendo a uma asfixiante pressão alta ou média-alta, e os veementes contragolpes, onde Aubameyang, referência ofensiva de grande mobilidade e agressividade, e Reus, cirúrgico no último passe, perspicaz a desmarcar-se e letal como finalizador, assumem um papel decisivo, Tuchel privilegia futebol de posse e dominador, o que conduziu a um robustecimento do jogo interior, mesmo não abdicando da exploração vigorosa dos corredores laterais. Apesar da forma cirúrgica com que alterna a circulação de bola pelos três corredores, o que lhe permite chegar com facilidade a zonas de finalização, uma das armas mais utilizadas em ataque organizado é a busca da profundidade através de passes de rutura, aproveitando o posicionamento subido da última linha rival. Em jogos mais embrulhados, os lances de bola parada são um dos pontos que o Dortmund busca exaustivamente.
Debilidades defensivas. O sector defensivo tem denotado uma tremenda falta de estabilidade, bem patente nos erros na definição da última linha – convidativos a que o adversário explore as suas costas – e a nível posicional, nomeadamente no espaço entre centrais e, principalmente, entre central e falso lateral. Além disso, a forte vocação ofensiva faz com que se exponha excessivamente no momento de transição defensiva, nomeadamente sobre os corredores laterais, mas também no central, fruto dos riscos assumidos nas saídas em condução e pelas dificuldades de assimilação de alguns conceitos de uma defesa a três, sobretudo quando Sokratis denota muitas dificuldades no um contra um defensivo em velocidade: algo que o jogar mais explosivo de Jiménez ou de Rafa poderá retirar mais dividendos do que o estaticismo oportunista de Mitroglou.
Rui Malheiro escreve no jornal Record sobre o adversário do Benfica de amanhã:
O 4x3x3, partindo, muitas vezes, de um 4x1x4x1, fruto do recuo – nem sempre eficaz – dos médios-ala em momento defensivo, é a estrutura tática preferencial de Serhiy Rebrov. Apesar de se tratar de uma equipa habituada a assumir o jogo na competição interna, mostrando-se confortável a realizar uma circulação de bola muito direcionada aos corredores laterais, o Dínamo perde várias bolas em zonas de construção e de criação. Ao invés, revela-se letal no contragolpe, ao perscrutar o virtuosismo de Yarmolenko, incisivo a realizar diagonais para o espaço interior em busca do seu forte remate ou a procurar assistências para zonas de finalização através de cruzamentos e passes de rutura, bem secundado pela velocidade, aceleração e sagacidade na desmarcação de Derlis González, e pelo oportunismo e ataque feroz à profundidade do avançado Júnior Moraes, um ninja ardiloso a ganhar posição na área e a conquistar segundas bolas.
Análise
A este trio juntam-se a revelação Tsygankov, habitual relevo do internacional paraguaio, e Garmash, extremamente sagaz a surgir em posições de remate dentro e fora da área, procurando dar sequência a passes atrasados ou bolas perdidas. Outro aspeto a ter em conta é a capacidade dos ucranianos para criarem oportunidades a partir de lances de bola parada. O Dínamo é forte na exploração de livres laterais, direcionados ao segundo poste, e apresenta inúmeras soluções na execução de pontapés de canto – curtos e atrasados –, o que abre a possibilidade a remates de fora da área e ao eventual ataque a segundas bolas (Moraes é um especialista). Além disso, apresenta soluções de qualidade na execução de livres diretos, como Moroziuk, Yarmolenko ou Antunes.
Além dos riscos assumidos em zonas de construção e de criação, que acabam por conduzir a perdas de bola, o Dínamo desequilibra com extrema facilidade em transição defensiva, sobretudo quando o rival ultrapassa uma primeira linha de pressão mais alta e busca os corredores laterais. Quando se apresenta com linhas mais recuadas, denotam-se arduidades na defesa do espaço entre a linha defensiva e intermediária, na definição da última linha e no controlo da profundidade, e na reação a segundas bolas, fruto de alguma falta de agressividade dos médios, convidativa à exploração de remates de meia distância.