Verdadeiramente impressionante o triste fim inglês tanto em Europeus como Mundiais! Hoje foram afastados pela SEXTA vez no desempate por penaltis, só em 1996 tiveram sorte contra a Espanha! A Inglaterra continua sem ganhar um único jogo nos 90' na fase a eliminar de um Europeu, hoje à partida também não seria o dia já que nos últimos 9 encontros oficiais entre estas equipas a Inglaterra só venceu 1 e já foi em 1977.
Ao 28º jogo apareceu um 0-0 neste Europeu mas o resultado não é justo para aquilo que as duas equipas jogaram. Já vimos jogos com golos bem mais aborrecidos que este. Houve bolas no poste, duas na baliza de Hart, houve defesas do outro mundo, inesquecível a de Buffon logo no início de jogo, houve mudanças tácticas, houve emoção, houve incerteza no resultado, foi um grande jogo de futebol.
A Itália ainda não esteve em desvantagem neste torneio e hoje voltou a confirmar que é uma equipa com alma e pulmão, muito mais do que defensiva e cínica como era seu costume. Aliás, do meio campo para frente a condução do fabuloso Pirlo torna-se imprevisível com as movimentações de De Rossi, Montolivo e Balotelli.
A Inglaterra muito mais arrumada defensivamente do que era seu hábito (herança de Capello) entregou-se como sempre dando tudo o que tinha e não tinha para contriar a melhor organização italiana e procurando desequilibrar com Rooney na frente. Não chegou mas podia ter tido mais sorte na finalização. Hodgson não quis os penaltis e lançou Carrol, Walcott e Henderson. Não resultou mas percebeu-se a intenção.
Muito curioso ver como a equipa de Pedro Proença tão bem anulou um golo à Itália perto do fim do jogo por fora de jogo. Portanto, não são incompetentes, apenas vendidos.
No drama dos penaltis Montolivo falhou e os ingleses chegaram a sorrir pensando ser esta a noite que acabavam com este pesadelo mas apareceu Andrea Pirlo a fazer o mesmo que Postiga já lhes tinha feito na Luz em 2004 e aquele penalti cheio de classe e sangue frio veio dar outro ânimo aos seus colegas e desorientou os ingleses que por certo pensaram "ok, já vimos isto antes e sabemos como acaba". Os Ashleys confirmaram que o pesadelo continua.
A Itália segue para as meias finais e vai encontrar uma Alemanha com quem NUNCA perdeu em Europeus ou Mundiais! Low que se cuide porque aqui parece que a tradição ainda é o que era. Os ingleses que o digam...
A França começou a perder estes 1/4 de final logo após o jogo com a Suécia. A confusão voltou ao balneário francês e 3 jogadores foram afastados da titularidade com destaque para Nasri. Entrar desta maneira contra a Espanha não é boa ideia e foi sem surpresa que vimos os campeões da Europa e do Mundo a tomar conta do jogo com Xabi Alonso em grande ao comemorar a 100ª presença na Roja com um bis, primeiro de cabeça e depois de penalti a fechar o jogo.
Vitória fácil e jogo simples contra uma França despedaçada, desmotivada e triste. Chegaram a prometer mas na realidade passaram por este euro apenas com 37' de glória, o tempo em que estiveram a vencer um jogo.
A Espanha chega sem grande alarido nem grande brilho mas com impressionante facilidade às meias finais e em posição de defender o seu títulos.
Só mesmo o futebol para dar uns minutos de esperança e sonho aos gregos num confronto com alemães. Aconteceu aos 55' deste jogo quando Samaras igualou uma partida dominada pela Alemanha. Foi só por 6' mas aconteceu.
Confirmou-se a tradição da Grécia não vencer um jogo aos alemães, 3 empates e agora 6 derrotas. A tarefa era complicada e sem Karagounis a equipa de Fernando Santos não teve argumentos para aguentar o jogo após o 2-1. Os gregos até este jogo tinham feito 6 partidas em 2012 onde marcaram sempre 1 golo por jogo, agora até fizeram 2 mas não chegou. Saem do Euro como a única equipa que teve penaltis a favor, falharam um e marcaram este, e confirmaram a precisão na altura de marcar, sempre entre os 45' e os 55'. Foi como disse Joachim Löw no final: foram à baliza 1 vez e fizeram 2 golos.
Esta fórmula grega ultra defensiva resultou uma vez mas com os germânicos não tiveram sorte. Apesar de Löw resolver refrescar a equipa lançando no "11" André Schürrle, Marco Reus e Miroslav Klose, a dinamica não se alterou e todos justificaram a aposta. Reus até apontou um golo de marca tipicamente alemã com um potente remate em jeito de recarga e Klose aproveitou para fazer mais história: 6º jogador a marcar em 5 fases finais diferentes de Euros ou Mundiais atrás de Klinsmann (marcou em 6!), e igualou Völler, Larsson, Henry e Cristiano Ronaldo. É o 2º melhor marcador de fases finais de Euros e Mundiais com 17 golos atrás do compatriota Gerd Müller (18), e na frente de, Jürgen Klinsmann (16), Michel Platini (14) e Just Fontaine (13). Agora com 63 golos é o jogador em actividade com mais golos por uma selecção, Robbie Keane da Irlanda leva 53.
O caminho foi aberto por Lahm que também se revela um dos defesas mais goleadores da história e o domínio dos vice campeões europeus parecia não ter oposição à altura. Foi Samaras quem deu nova vida aos gregos mas a resposta de Sami Khedira, Reus e Klose terminou com qualquer dúvida.
Foi a 15ª vitória seguida da Alemanha em jogos oficiais, um recorde mundial, mostrando assim todos os argumentos para lutar por este título europeu.
Vitória justa e lógica de Portugal que mostrou ter melhor equipa e, principalmente, mais individualidades ( leia-se Ronaldo ) prontas a desequilibrar o duelo. Desta vez a equipa de Paulo Bento convenceu e só a falta de eficácia na hora de finalizar, um eterno problema luso, é que podia atrapalhar a qualificação. A República Checa confirmou ser uma equipa interessante, bem arrumada, ciente das suas limitações e por isso abdicou da iniciativa de jogo. Esta equipa vai evoluir e parece ter um futuro agradável já que tem um núcleo de jogadores com potencial para melhorarem muito a alto nível. Quando Petr Jiráček, Václav Pilař, Theodor Gebre Selassie ou mesmo Vladimír Darida estiverem habituados a jogar em ligas de 1ª divisão europeia, com mais internalizações e caso Tomáš Rosický ainda dure uns anos, esta equipa pode continuar a aparecer nestes momentos mais decisivos destas provas.
Portugal quando conta com o melhor Cristiano Ronaldo que apareceu após dois primeiros jogos miseráveis é sempre uma equipa a ter em conta mesmo entre os melhores. E equipa é a palvra, Paulo Bento lançou pela 5ª vez seguida, contando com o playoff, o mesmo "11" e isso começa a fazer diferença pela positiva com destaque para Pepe, Miguel Veloso e João Moutinho que estão a fazer uma prova tremenda.
Faltavam pouco mais de 10' para terminar o jogo e depois de 2 bolas nos postes e outros tantos falhanços temia-se que a bola não fosse entrar. Apareceu Moutinho a arrancar um cruzamento para Ronaldo fazer de cabeça o golo. Igualou Shearer e Charisteas em golos (3) de cabeça em fases finais de Euros, fez o 18º golo de cabeça deste torneio, um recorde que estava em 17 no Euro 2004. Ronaldo tornou-se no mais jovem jogador a cumprir mil minutos em Europeus e já só tem Platini (9) e Seharer (7) à sua frente como melhores marcadores de campeonatos europeus. Segue-se França ou Espanha.