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Red Pass

Rumo ao 38

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Gil Vicente 0 - 1 Benfica: Era Ganhar ou Vencer

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A prioridade era ganhar. Depois de quatro jogos sem vencer, seis pontos perdidos na Liga, um apuramento para o Jamor sem brilho e uma primeira parte de eliminatória europeia em desvantagem, era imperioso voltar aos triunfos e dar um sinal claro de querer agarrar a liderança na Liga NOS. Não esperava uma exibição deslumbrante, exigia um poder de combate e de sacrifício a todos os jogadores em Barcelos.

Para complicar ainda mais, foi o primeiro jogo de competições nacionais que não vi ao vivo em 2020. Custa muito ficar à mercê de uma transmissão televisiva à distância mas, desta vez, teve que ser. Até tive sorte na cobertura do jogo, ouviu-se perfeitamente o incrível apoio dos benfiquistas do norte e dos que foram até ao Minho com direito a planos das bancadas e tudo. Já não estava habituado a estes luxos e sempre ajuda a sentir-me mais perto de tudo. 

O Benfica andava a sofrer golos sem parar, não marcava golos de cabeça, e não conseguia sair em vantagem nos últimos tempos. Ora, um golo de cabeça de Vinicius aos 15 minutos foi o melhor que podia ter acontecido à equipa e aos adeptos. 

Bruno Lage reformulou o 11. Atrás tudo igual mas chamou Samaris para o lado de Weigl, deixou Taarabt mais perto de Vinicius, Rafa ficou na esquerda e Pizzi na direita. Um desenho interessante e que dava mais solidez no meio campo. Curiosamente, foi Adel a cruzar para o golo de Vinicius e o Benfica parecia bem na partida. 

A excelente reacção do Gil Vicente só veio confirmar o brilhante trabalho, mais um, de Vítor Oliveira à frente de uma equipa que veio da 3ª divisão e neste momento já tem a manutenção praticamente garantida. Muita qualidade na equipa de Barcelos, principalmente na saída de bola com Kraev, Claude, Lourency e Baraye à procura de Sandro Lima. Sempre com critério e objectividade a mostrar porque é que já bateu o Sporting, Braga e o Porto neste Estádio Cidade de Barcelos. 

O Benfica continuou a procurar o segundo golo e há um momento na primeira parte que me deixa confuso. Um golo anulado a Vinicius por um fora de jogo posicional. Não compreendi a decisão da arbitragem mas a Sport Tv também não explicou melhor. Era importantíssimo para o Benfica ter chegado aquela vantagem. 

Assim, o Gil Vicente ficou sempre ligado ao jogo e em busca do empate. A equipa do Benfica não conseguia estabilizar o seu jogo e o desgasto físico e mental da equipa deixava uma incerteza no resultado que me deve ter roubado uns bons anos de vida. 

Além do golo anulado, para mim é incompreensível a decisão, repito, Adel Taarabt ia resolvendo o jogo com um lance genial, domínio de peito, vira para dentro e dispara à barra de Denis. Era uma obra de arte. 

Do outro lado, o treinador do Gil lançou Arthur Henrique, Lino e Hugo Vieira que foi sempre um perigo à solta. Felizmente, foram todos mais egocêntricos do que práticos e prevaleceu a decisão individualista em vez de recorrerem ao colectivo como tão bem explicou o treinador da equipa minhota. 

Odysseas voltou a ser determinante, seguro e eficaz. Acabar sem sofrer nenhum golo é um prémio especial para o guarda redes do Benfica. 

Hoje também houve mudanças na hora de fazer as substituições. Finalmente, Seferovic ficou no baco e foram a jogo Dyego Sousa, Cervi e Chiquinho. O argentino podia e devia ter feito um golo que dava tranquilidade a todos mais cedo nesta noite. 

O Benfica conseguiu o mais importante, ganhar. Que tenha sido o arranque de outro ciclo vencedor, há doze jogos para ganhar. 

Na próxima 5ª feira se a equipa conseguisse repetir este resultado era óptimo.