Um livro de Juan Tejero e Jaime Rincón, redactor da MARCA.com, onde o leitor poderá reviver ou descobrir as façanhas da Hungría de Puskas, do Real Madrid de Di Stéfano, do Barcelona de Kubala, do Santos de Pelé, do "Wonderteam" de Sindelaar, do Benfica de Eusébio, do Torino de Mazzola, do Brasil de Garrincha, do Inter de Helenio Herrera, do Manchester United de George Best... Todos merecem o rórulo de "equipos de leyenda".
Ver o nome de Eusébio e do Benfica no meio destas lendas é um orgulho mas se olharmos para a capa então a imagem fala por si! São 536 páginas num livro que está à venda em Espanha desde dia 10 de Dezembro.
Um livro que sugere um plantel definitivo do Benfica. João Tomaz e Fernando Arrobas convocaram 26 jogadores e 3 treinadores que marcaram a história do clube e apresentam o resultado final hoje pelas 18h na Loja Megastore no Estádio da Luz. Além dos autores e da editora Prime Books, estarão presentes algumas destas emblemáticas figuras do Benfica. A entrada é livre, fica a sugestão para quem quiser aparecer.
Apresentação da biografia de Carlos Lisboa, o melhor basquetebolista português e símbolo do Benfica, da autoria de João Tomaz. O evento decorrerá hoje, às 18 horas, na zona comercial do estádio da Luz.
Gosto de biografias destas. Li no verão o livro de Alex Ferguson e mal posso esperar para colocar os olhos neste com o treinador do melhor Benfica que vi jogar. O Diário de Notícias dá uma ajuda e revela já partes da passagem pela Luz do sueco:
Sven-Göran Eriksson revela que encontrou "um futebol português mais sujo e corrupto" quando regressou ao Benfica, em 1989, e considera que não há ninguém mais "poderoso" do que Pinto da Costa.
O sueco Sven-Göran Eriksson diz ter encontrado no regresso ao Benfica, em 1989/90, um futebol português "mais sujo e mais corrupto", na biografia do treinador, que vai ser publicada na próxima semana e que já tinha sido pré-publicada, em primeira mão, pelo DN. "Durante a minha ausência de cinco anos de Portugal, o futebol tornou-se mais sujo e mais corrupto. Havia muitos escândalos e muitas conversas sobre árbitros. O FC Porto crescera e tornara-se poderoso", lê-se no capítulo do livro "Sven-Göran Eriksson - A minha história", dedicado à sua segunda experiência pelo comando técnico dos "encarnados".
Na biografia, que escreveu com Stefan Lövgren, o atual treinador dos chineses do Guangzhou Evergrande, registou ainda que, entre os cinco anos que mediaram as suas passagens pelo Benfica, "os três 'grandes' de Portugal transformaram-se nos dois 'grandes'. Agora, era tudo entre Benfica e FC Porto. O Sporting ficara para trás".
"O Benfica tinha uma boa equipa, definitivamente capaz de ganhar o campeonato, mas, ao fim de cinco jornadas, já o FC Porto era o grande favorito. Só que, nesse ano, o título nacional não era a nossa grande ambição. Tínhamos os olhos postos na Taça dos Campeões, a mais prestigiante das competições europeias", recordou.
Esteve perto de concretizar esse objetivo, com a polémica qualificação para a final, "selada" com um golo com a mão de Vata, no Estádio da Luz, em Lisboa, frente ao Marselha, depois de ter perdido por 2-1 no recinto dos franceses. "Do banco, não consegui ver nada - só que a bola caminhou na direção do nosso jogador Vata e entrou na baliza em seguida. Alguns dos jogadores do Marselha reclamaram desabridamente, mas o golo foi validado (...). Os jogadores do Marselha acusavam Vata de ter marcado com a mão. Na cabina, fui ter com ele e perguntei-lhe como tinha sido. Não respondeu. Só olhou para o chão. Disse-lhe que não estava zangado. Pelo contrário. Havíamos ganho e estávamos na final. Vata levantou-se e mostrou-me como tinha tocado na bola com o braço. 'Okay', disse eu. E até lhe dei uma palmada no ombro", explicou.
No encontro decisivo, frente aos italianos do AC Milan, em Viena, a derrota por 1-0, com um golo do holandês Frank Rijkaard, deixou o sueco irritado, não pelo desaire frente a uma equipa "enormemente favorita", mas sim pelo facto de ter "estado tão perto".
Na pré-época seguinte, o Benfica visitou Angola e Moçambique, onde, em Maputo, Eriksson comprovou a verdadeira importância de Eusébio, que, para contrariar a vontade de Fernando Martins, escolheu para treinador de guarda-redes. "Quando o autocarro parou, as portas se abriram e Eusébio saiu, fez-se silêncio. Do alto das escadas, Eusébio ergueu a mão em saudação. Um rapazinho chegou-se à frente, talvez tivesse 12 anos. Aproximou-se devagar de Eusébio e tocou-lhe na mão. E, de repente, a populaça entrou em erupção. Era como se ninguém acreditasse que o verdadeiro Eusébio estava ali e o rapazinho, ao tocar-lhe, o fizesse real. Nunca vi nada assim. Nunca pensei como Eusébio era tão grande em África", descreveu.
Dessa temporada, Eriksson lembrou uma visita conturbada ao Porto, onde os "dragões" só abriram os balneários uma hora antes do "clássico", o que levou a uma troca de palavras entre o sueco e o presidente dos "azuis e brancos". "Pinto da Costa, o presidente do FC Porto e o homem mais poderoso do futebol português, apareceu, avisando que, segundo os regulamentos, só eram obrigados a abrir os balneários uma hora antes do jogo. "Respeito-o muito sr. Eriksson", disse-me, "mas guerra é guerra". O técnico sueco acrescentou: "Quando abriram a cabina, descobrimos que tinha sido pulverizada com qualquer espécie de químico que não nos deixava respirar. Os nossos jogadores tiveram de se equipar nos corredores."
Apesar disso, o Benfica venceu no Estádio das Antas, por 2-0, com dois golos de César Brito - para Eriksson "um jogador periférico", do qual nunca mais ouviu -, e praticamente assegurou a conquista do título de campeão.
A época seguinte, segundo o sueco, "transformou-se num pesadelo" e ditou a sua saída no final da mesma. Ao longo das mais de 300 páginas da sua biografia, Eriksson recorda vários episódios da sua carreira, como a chegada ao Benfica, em 1982, como aposta do então presidente Fernando Martins: "A opção do presidente por um sueco de 34 anos para treinador não fora muito bem vista pela direção. Durante uma longa reunião, aquilo a que os portugueses chamam assembleia, muitos dos dirigentes mostraram-se contra a minha contratação. Finalmente, Fernando Martins fingiu um problema cardíaco e foi retirado de ambulância. Aparentemente, houve 18 dirigentes que se demitiram em desacordo."
Quem ganhou o livro Noites Europeias foi o leitor mramos29 ( envia os teus dados para o mail jjoaomcgoncalves@gmail.com ).
Boa forma de fecharmos a época na véspera da final da Champions na nossa casa.
Solução do passatempo
- Porque decidiu o SL Benfica não participar na edição de 1955 da Taça Latina depois de ter conquistado o titulo de campeão portugues na mesma temporada?
Resposta - O Benfica preferiu trocar a participação na prova por uma rentável digressão no Brasil onde realizou uma série de memoráveis exibições e impressionou a imprensa sul-americana com o seu estilo de jogo.
- Quantos (e quais) jogadores do Benfica estiveram em campo nas duas finais europeias contra o Real Madrid, a da Taça Latina em 1957 e a da Taça dos Campeões Europeus de 1962?
Resposta: 4- Angelo, Cavém, Coluna e José Aguas
- No ano em que o Benfica voltou a uma final da Taça dos Campeões Europeus depois de vinte anos de ausência, porque motivo a equipa encarnada só teve de disputar a primeira-mão dos dezasseis avos de final?
Resposta - Porque o Partizani Tirana, campeão albanes, acabou com sete jogadores o encontro inaugural na Luz (4-0) e a UEFA decidiu, como punição para o clube albanes, cancelar o encontro da segunda mão.
- A rivalidade ás vezes pode criar inesperadas amizades. Por uma vez na história os adeptos do Sevilla vestiram a camisola do Benfica e apoiaram o clube da Águia numa eliminatória europeia. O que levou a essa situação?
Resposta - Em 1982/83 os encarnados defrontaram o eterno rival do Sevilla, o Real Betis, na primeira ronda da Taça UEFA. A imprensa andaluza patenteou o apoio do clube sevillista aos portugueses no jogo da segunda-mão no Benito Villamarin que o Benfica acabou por ganhar por 2-0 carimbando o bilhete até à sua primeira final na competição que agora disputa.
- O Sevilla participou na antiga Taça dos Campeões Europeus mas o seu unico titulo de liga foi conquistado em 1946. Em que ano e porque motivo participou o clube andaluz na competição rainha das Noites Europeias?
Resposta: O Sevilla participou na edição de 1957/58 na competição para ocupar a vaga de Espanha já que o Real Madrid era campeão em titulo. Fê-lo debaixo do titulo de subcampeão espanhol e foi eliminado pelos merengues da competição.
- O clube andaluz venceu a Liga Europa por duas vezes consecutivas. Que outros clubes europeus (e em que anos) venceram de forma consecutiva duas provas das noites europeias da UEFA?( tanto valiam as provas conquistadas de forma consecutiva como duas vitorias consecutivas na mesma prova. )
Resposta - 8 clubes. Real Madrid (pentacampeão da Taça dos Campeões Europeus entre 55-60 e duplo vencedor da Taça UEFA entre 1985 e 1986), Sport Lisboa e Benfica (bicampeão europeu 61-62), Internazionale (bicampeão europeu 64-65), Ajax Amesterdam (tricampeão europeu 1971-73), Bayern Munchen (tricampeão europeu 74-76), Liverpool (bicampeão europeu 77-78), Nottingham Forrest (bicampeão europeu 79-80), AC Milan (bicampeão europeu 89-90)
Agora que o campeonato está ganho e a Taça da Liga garantida viremo-nos para a Europa. Quem acertar com as respostas mais completas leva um exemplar deste excelente livro.
- Porque decidiu o SL Benfica não participar na edição de 1955 da Taça Latina depois de ter conquistado o titulo de campeão portugues na mesma temporada?
- Quantos (e quais) jogadores do Benfica estiveram em campo nas duas finais europeias contra o Real Madrid, a da Taça Latina em 1957 e a da Taça dos Campeões Europeus de 1962?
- No ano em que o Benfica voltou a uma final da Taça dos Campeões Europeus depois de vinte anos de ausência, porque motivo a equipa encarnada só teve de disputar a primeira-mão dos dezasseis avos de final?
- A rivalidade ás vezes pode criar inesperadas amizades. Por uma vez na história os adeptos do Sevilla vestiram a camisola do Benfica e apoiaram o clube da Águia numa eliminatória europeia. O que levou a essa situação?
- O Sevilla participou na antiga Taça dos Campeões Europeus mas o seu unico titulo de liga foi conquistado em 1946. Em que ano e porque motivo participou o clube andaluz na competição rainha das Noites Europeias?
- O clube andaluz venceu a Liga Europa por duas vezes consecutivas. Que outros clubes europeus (e em que anos) venceram de forma consecutiva duas provas das noites europeias da UEFA?