Últimos 10 minutos da primeira parte e jogo resolvido de forma quase inesperada. Já se começavam a fazer contas ao tempo perdido pelo guarda redes do Marítimo e as simulações de lesões, quando o jogo sofre um abanão com três golos de rajada. Primeiro, um autogolo de Luís Martins e depois um bis de Jonas que resolveu a partida antes do intervalo chegar. Tudo o que precisava a equipa e a bancada, tranquilidade e questão resolvida com o resto do jogo, uma segunda parte inteira, para gerir.
A aposta de Rui Vitória foi repetir a mesma equipa que ganhou no Minho. Os mesmo onze resolveram o jogo com mais facilidade que era suposto.
Destaque para Rafa que foi muito importante pela esquerda estando na origem dos dois primeiros golos. No primeiro ganhou na velocidade e raça fazendo um cruzamento para Mitroglou que acabou por apanhar Luís Martins no chão a cortar para onde menos queria. Depois conduziu a bola pela esquerda, deu para Pizzi que assistiu ainda mais para dentro Jonas que num remate seco e colocado fez o 2-0.
Em cima do intervalo, Jonas bisa e faz o resultado final.
(Fotogaleria de João Trindade)
Ia escrever que desta vez foi sem margem para queixinhas e invenções mas parece que a novidade agora é quererem ler os lábios a Jonas que se irritou com jogadores madeirenses. Parece-me bem, leitura labial para animar a próxima semana.
Missão cumprida, deu para gerir, para poupar Pizzi na 2ª parte e levar o jogo até ao fim sem mais surpresas.
Mais um jogo sem sofrer golos, mais três pontos e menos um jogo para as contas finais do título. Faltam cinco jogos para o final, este com o Marítimo correu de feição e já passou.
É esperar pelos próximo 90 minutos enquanto passamos a bola para os hackers de cartilhas, queixinhas de jogadores e claques.
Foi feliz a minha estreia no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, na vila de Moreira de Cónegos. Este era um dos poucos estádios da primeira divisão que me faltava conhecer. Foi desta.
Como é evidente, uma viagem em grupo ao Minho para ver um jogo marcado para uma hora (vergonhosamente) tardia num domingo à noite, tinha que meter um almoço com convívio com benfiquistas que fizesse logo valer a pena a viagem. E, claro, o Minho nunca desilude.
Almoçarada, tarde fora, em Riba de Ave no restaurante Dom Papão. Um encontro promovido pelo grande benfiquista minhoto, Moisés, e que gastronomicamente teve nota máxima e artística. Tudo bom. Mas aquele bacalhau no forno e aqueles bolinhos de alheira... Que maravilha!
Fica aqui um forte abraço para todo o pessoal do restaurante e companheiros que se juntaram para nos receberem como só eles sabem.
Depois, uma chegada ao recinto com antecedência permitiu ver a envolvência do estádio do Moreirense. Muito rústico, ambiente campestre e um estádio bem à medida do clube e da região. Bonito cenário para um fim de tarde a beber umas cervejas, encontrar outros benfiquistas, meter a conversa em dia e apanhar um sol generoso num autêntico dia de verão.
Tudo perfeito para o mais importante, o jogo do Benfica.
Surpresa na equipa com a presença de Grimaldo na esquerda e o regresso de Fejsa. Rafa jogou à frente do espanhol e a equipa do Benfica apresentou o seu melhor 11, ou perto disso.
Aquele jogo do Algarve ainda está muito fresco na minha memória, portanto eu ia preparado para uma partida típica de recta final de época, muitos nervos, muita luta, poucas oportunidades e sofrer.
Confirmou-se tudo. O Benfica voltou a não conseguir mandar no jogo, tardou em criar oportunidades e mostrar a sua superioridade em campo.
Fora do relvado, uma goleada.
Se a meio da semana falei aqui do número embaraçoso de adeptos que acharam que uma meia final da Taça de Portugal era digna de presença, hoje tenho de dizer que o norte do país é todo Benfica. Aqui, o Benfica joga em casa. O apoio vindo de traz da baliza e da bancada central é impressionante, aqui não há desculpas para não ir ver o Glorioso. Bem mereceram os 3 pontos.
A vitória construiu-se um pouco antes do intervalo, bola parada para a área e Mitroglou a fazer o valioso golo a fechar a primeira parte. Muito melhor o resultado do que a exibição.
Na 2ª parte não melhorou, nem o resultado, nem o futebol jogado. Vários sustos na defesa fizeram lembrar a noite negra da Taça da Liga, a falta de oportunidades para aumentar a vantagem, elevou os níveis de ansiedade e nervosismo, dentro e fora de campo. Felizmente, aumentou também a força do apoio vindo das bancadas para os rapazes.
O jogo nunca esteve decidido, foi preciso lutar muito, foi preciso deixar tudo em campo para segurar a preciosa vantagem até ao fim. Basta dizer que o Moreirense termina a partida com o seu guarda redes na nossa grande área a forçar o empate.
Desta vez, o Benfica foi feliz. Conseguiu fazer um golo e manteve a vantagem até ao fim. Não espero nada de muito diferente até ao fim do campeonato. É preciso olha em frente e pensar que só faltam 6 jogos para a equipa fazer história num clube que nunca viveu um tetra. Só isso interessa até ao fim.
A passagem por Moreira de Cónegos foi uma dura batalha, missão cumprida. Concentração no próximo obstáculo.
Muita da minha motivação para passar um dia inteiro num carro a galgar quilómetros às centenas, sair cedo de casa e regressar de madrugada, é porque sinto necessidade de estar ao pé da equipa. De evitar seguir o jogo pela televisão, ficar dependente de realizações fracas, comentários enervantes e perder lances de jogo por causa da obsessão dos realizadores com as repetições.
Agora, junta-se mais um factor forte. Enquanto fazemos a viagem de regresso, podemos ir a discutir de forma sã o nosso futebol. Uma rápida espreitadela nas redes sociais faz-me logo desligar o telemóvel e ser poupado a imbecilidades especulativas de génios que vivem num lodo pós futebol jogado que cada vez dá mais asco e vómitos. Árbitros, socos, Canelas, roubos, tudo e mais alguma coisa. Só porque o Benfica ganhou um jogo. Se esta cambada de parasitas de redes sociais, e profissionais de televisão em transformar o bonito futebol num produto mais tóxico que o acidente nuclear de Chernobil em 1986, tivesse que se preocupar com um cenário como este até chegar a casa, passava-lhe logo a vontade de ser imbecil. Infelizmente, a A1 (e todas as outras estradas por onde passam os benfiquistas) nestes dias são um exclusivo para adeptos que tentam seguir o clube do seu coração longe do ruído ensurdecedor que polui todo o futebol.
A chatice é que falta imenso para voltarmos a ter o Benfica no relvado para mais um jogo, até lá o tempo e o espaço é todo dos profissionais do nada.
Fica para a história mais uma mitica viagem ao norte cheia de benfiquismo.
Começo por dizer que acho que o Benfica fez o suficiente para vencer o clássico e aumentar o avanço na frente do campeonato. E isto já não é coisa pouca num jogo que gerou uma expectativa muita acima do normal e com uma luta fora de campo que já não se via por cá há uns tempos.
Portanto, boa resposta do Benfica mas, mais uma vez, com um resultado que não correspondeu ao futebol jogado. Lá está, preferia ser "massacrado" como alguns acusaram após a primeira mão da Champions com o Dortmund e ganhar, do que ver que criámos muitas oportunidades mas não fomos felizes e cedemos um empate.
Mas antes permitam-me uma nota mais pessoal, é para isto que servem os blogues pessoais, relacionada com o pré jogo. Este foi um daqueles jogos em que a expectativa se tornou tão grande que a espera parecia interminável. Não tenho, nem nunca terei, a falta de humildade de agradecer a felicidade que tenho tido de viver estes momentos tão próximo de profissionais do canal de televisão do nosso clube, algumas pessoas que muito admiro por me ter habituado a ver e a ouvir mesmo antes de os conhecer pessoalmente, e ainda poder conviver com alguns jogadores que me habituei a ver a partir da bancada. É o caso do José Luís, do capitão Veloso, com quem recordei jogos que eles disputaram e que eu vibrei por fora. Mas, especialmente, o enorme privilégio de conhecer Mats Magnusson. Uma sorte que vários adeptos também tiveram, uma vez que o nosso sueco andou a passear pelo meio dos adeptos fora do estádio e a espalhar simpatia.
Eu gostava tanto de Mats que um dia pedi para me comprarem uns calções azuis justos e compridos só para ir jogar à bola com os calções brancos do Benfica vestidos por cima dos azuis. Isto porque Magnusson apareceu a jogar assim com uns chamados calções térmicos que não havia à venda em Lisboa. Contei-lhe exactamente este episódio. Ouviu, gargalhou e abraçou-me dizendo muito obrigado. São estes momentos que uma pessoa guarda para sempre com emoção.
Vi as previsões dos jornais desportivos para o "11" do Porto e torci o nariz. O treinador NES não ia arriscar uma dupla André Silva - Tiquinho Soares. Claro que preferiu lançar Corona para controlar mais o meio campo. Logo aqui se via que o Porto vinha mais na expectativa do que em posição de assalto. Afinal, foram eles que falharam com estrondo a passagem para a liderança ao não ganhar ao Vitória de Setúbal em casa. Há uns anos, o Porto viria aqui com tudo para ganhar. Felizmente, isso mudou.
( Fotogaleria de João Trindade )
O Benfica entrou bem, sentiu-se confortável no jogo e, apesar da ausência de Fejsa, tirou proveito da aposta em Rafa e chegou mesmo ao golo num raro momento de futebol visto na Luz nas últimas década, penalti contra o Porto! Jonas já marca ao Porto e não é mentira, não.
Em vantagem no clássico o Benfica preferiu passar para uma posição de expectativa em vez de procurar resolver o jogo. Cedeu a posse de bola e começou a apostar em saídas rápidas à procura de surpreender o Porto. Foi assim até ao intervalo.
Na 2ª parte, o Porto sentiu que tinha de reagir forçosamente para não sair da Luz a 4 pontos do campeão, que seriam 5 na prática. Fez pela vida e acabou por chegar ao empate numa jogada de insistência que acaba por ser resolvida com felicidade pelo improvável Maxi Pereira que um dia ocupou o lugar do nosso Nelson Semedo.
Tudo empatado outra vez. Temi que o Porto aproveitasse o embalo e fosse à procura determinado da vitória que deixava o seu destino nas suas mãos. Mas não. O Benfica reagiu e voltou a procurar a sua felicidade. Bem, empolgado pelo seu público e até com bom futebol a criar várias oportunidades que foram anuladas por Casillas. Um filme já visto.
O empate não foi desfeito e ficou tudo na mesma. Ou quase na mesma. Porque agora falta menos um jogo para a meta e o Porto deixou de depender apenas de si para ser campeão. Então porquê aqueles festejos? Foram um misto de alivio por não terem perdido e porque, teoricamente, a bola agora passa para os seus queridos aliados verdes que já lhes devem estar a prometer uma prenda que fortaleça aquela comovente união azul e verde.
O Benfica chega ao fim deste clássico vivo. Para nós continua tudo na mesma. Temos de ganhar todos os jogos. O próximo é sempre o mais complicado e o que temos de levar a sério. É a deslocação a Moreira de Cónegos. Não pode haver falhas. Os nossos jogadores já conhecem bem a sensação de jogar finais dois meses seguidos e serem bem sucedidos no fim. Não nos faltam campeões nacionais no plantel, no Porto só um sabe o que é isso e foi de vermelho e branco vestido.
A seguir há que garantir a presença no Jamor. Temos que colocar o nosso nome no jogo que fecha a época em festa.
Depois, é dar tudo por tudo para fazermos o que ainda não foi feito.
Menos uma jornada por jogar e mantemos a liderança. A luta continua.
Jogos fora do Benfica, um eterno desafio. Ver em casa ou ir atrás deles? Cada um de nós tem a sua maneira de os viver. Todas válidas, claro.
Penso que se este blog tem algum reconhecimento entre benfiquistas devido ao facto de quem lê acabar por se rever em alguns relatos que aqui partilho. É natural, gostamos todos do Benfica e queremos todos vivê-lo, daí que coincidam muitas vezes as maneiras como nos manifestamos.
Eu, podendo, prefiro sempre estar no estádio onde o Benfica joga. O principio básico desta ideia é muito simples, odeio ter que ver um jogo do meu clube na televisão. Sinto-me preso, inútil e impotente. Irrito-me muito mais, seja por causa dos comentários, que acho que são sempre anti-Benfica, seja por causa das realizações que insistem em repetir mil vezes um lance mesmo com o jogo a decorrer o que nos faz perder partes do desafio. O ecrân é pequeno para um jogo do Benfica que é aquele momento em que a nossa vida pára, em que só temos olhos para o jogo. Sinto que é redutor ver isso através de uma televisão. Isto para já não falar da maneira como o vivemos. Sempre preocupados em não fazer figuras tristes, não dá para cantar bem alto e de pé, não dá para começar de uma lado para o outro porque o campo de visão fica curto. Enfim, já perceberam a ideia.
Só que não dá para ir sempre, pelas mais variadas razões. Mesmo assim, nos últimos largos anos tenho tido a felicidade de ver a maioria dos jogos fora da Luz.
Esta introdução serve para contextualizar algo mais forte e além do jogo. É que estas viagens ao fim de uns tempos tornam-se autenticas jornadas de benfiquismo. Não querendo entrar em pormenores privados lanço a seguinte a questão: de que maneira é que eu ia acabar a ser recebido pela família de um amigo, e companheiro destas jornadas, com outros compinchas na distante aldeia de Chelo, do município de Penacova?
Antes do jogo, passar uma tarde à mesa a comer leitão, beber vinho de qualidade superior e conviver com gerações mais novas e mais velhas sempre com o Benfica como fio condutor das conversas.
Ir a Paços de Ferreira e voltar para dormir na zona de Coimbra. Repetir o almoço, agora com uma incrível chanfana, e apreciar uma paisagem natural, respirar ar puro e depois viajar de volta.
A resposta à questão anterior é simples: por causa do Benfica.
A conclusão é interessante, nós andamos atrás do Benfica e vamos construindo amizades para a vida. Vamos semeando carinho em vários grupos de amigos unidos pelo benfiquismo. Vamos vivendo, conhecendo novos cantinhos do nosso país, aproximamo-nos de gente que tem o mesmo amor que nós e que, geralmente, gosta tanto de conversar como de gastronomia.
A enorme vantagem disto é que a maioria destas jornadas acaba bem, com vitórias do Benfica. Das poucas vezes que a nossa equipa não corresponde e nos deixa abatidos, sentimo-nos em família e torna-se um pouco menos doloroso a passar a desilusão.
Esta é uma forma de agradecer a todos os que vão fazendo parte destas viagens e aos desconhecidos que ainda sentem vontade de dar uma palavra de conforto antes ou depois dos jogos.
Neste particular, e isto foi tudo para chegar aqui, quero deixar aqui um enorme abraço a uns benfiquistas de Fafe que ontem depois do jogo me surpreenderam de forma bem original.
Estava eu sozinho à espera junto ao carro do pessoal que ia seguir viagem de Paços de Ferreira para Coimbra quando oiço chamarem pelo nome. João Gonçalves do RedPass! Gonçalves, tu continua a escrever sobre o nosso Benfica. Vamos ser campeões! Olha, tu é que vais ficar com a bola do jogo, tens de levar contigo a bola. E depois escreve que a malta de Fafe te ofereceu a bola.
Nisto, atiraram mesmo a bola. Não me perguntem como é aquele pessoal saiu do estádio com uma bola. Não faço a menor ideia. Mas resolvi aceitar e trouxe mesmo a redondinha comigo que vou guardar com carinho. Obrigado, pessoal!
A grande desilusão no relvado
Sobre o jogo apetece-me começar por perguntar: mas, afinal, o que é que foi aquilo?!
Antes do confronto directo com o rival que luta connosco pelo título de campeão, eu esperava uma vitória. Sofrida, com muita luta, muita entrega mas uma vitória.
Casa cheia, bancada nova inaugurada, topos completamente vermelhos, o mini estádio da Luz instalado na Capital do Móvel.
Tudo o que não esperávamos era uma exibição completamente apagada do Benfica. Fiquei com a bomba do Eliseu que o poste devolveu na memória e o lance do Jonas no final do jogo. Mais nada!
A equipa não apresentava alterações significativas mas a produção individual foi uma desilusão total, principalmente dos homens que costuma desequilibrar e resolver. Zero à direita com Salvio, zero à esquerda com Zivkovic. Pizzi, Jonas e Mitroglou nunca estiveram perto de de resolver o problema que a postura defensiva do Paços de Ferreira criava.
Se aquela bomba do Eliseu não entrou, então era preciso esperar um rasgo de génio daqueles jogadores que tornam o nosso plantel acima da média. Infelizmente, não me lembro de uma única jogada que me fizesse sonhar com uma finalização mágica.
Claro que o Paços teve mérito na forma como defendeu mas não é aceitável que o Benfica apresente tamanha apatia numa altura tão decisiva da época. A esperança de uma mudança vinda do banco de suplentes também terminou depressa. Nem Rafa, nem Raul, nem Cervi, alteraram nada.
Correu mal, foi mesmo uma desilusão. Os jogadores, a equipa técnica e os dirigentes devem sentir o mesmo.
(Fotogaleria: João Trindade)
Aqueles segundos após o apito final são do pior que o futebol tem para nos dar. Parece que o mundo se abate sobre a nossa cabeça ali mesmo. Aqueles instantes em que os jogadores saem cabisbaixos e os adversários festejam não fazem sentido nenhum. Não foi para aquilo que saí de casa de manhã e fiz centenas de quilómetros. Não foi para um nulo que estive ali 90 minutos de pé a cantar e a puxar pelo Benfica. É uma sensação horrível. Será que não era melhor estar em casa naquele preciso momento? A ideia de passar mais um dia com companheiros de luta, naqueles segundos, parece parva. Só apetece ir para casa.
Mas depois respira-se fundo, o tempo começa a passar e vamos arranjando maneira de lidar com a desilusão? Como e com quem? Como sempre, com os mesmo de sempre. Discutindo o jogo, conversando sobre o que está mal e imaginar como poderemos dar a volta. Temos direito a isso, vivemos muito para isto e gostamos de ter as nossas opiniões.Faz parte da nossa vida.
Lembrei-me logo que antes daqueles 3-6 em Alvalade, senti o mesmo que em Paços de Ferreira. Isto é cíclico no futebol. Nem está tudo mal quando não se ganha, nem está tudo bem quando se ganha. A menos que se percam muitos jogos seguidos, e aí está mesmo tudo mal, ou que a equipa esteja a golear e a resolver facilmente os jogos todos, e aí está tudo maravilhosamente bem.
Já falei da distante época de 1993/94 mas vamos para um ciclo bem mais presente. Espero que este 0-0 seja o mesmo que foi aquele 0-0 na época passada na Madeira com o União. Naquela noite achei que tínhamos entregue o título. Ontem convenci-me que oferecemos a liderança do campeonato. Fizemos por isso.
Depois do empate com o União, o Benfica reagiu bem. Espero que depois de Paços de Ferreira aconteça o mesmo.
O bónus veio quase 24h depois quando o Porto não fez melhor e manteve tudo na mesma. Temos que aproveitar esta milagrosa oportunidade para mostrarmos o quanto queremos este tetra. Temos de ganhar o clássico.
Sobre o melhor 11 a apresentar neste momento tenho dúvidas, sobre a qualidade individual no plantel nem por isso. Temos várias opções que têm de ser bem aproveitadas.
Esta passagem pela Mata Real foi decepcionante mas agora falta menos um jogo e acabou por ficar tudo igual em relação ao rival. Acho que a paragem na Liga acaba por ser positiva para o Benfica, é preciso recarregar baterias para o derradeiro assalto ao título.
Nós vivemos para estar com o Benfica, sabemos que estas desilusões fazem parte de um processo que queremos vencedor. Por isso, cada vez somos mais e desejamos melhor.
Hoje n'A Bola, o Pedro Marques Lopes cumpre a cartilha e, também ele, menciona a questão dos cartões amarelos ao Pizzi. Nem levo a mal, é pago para isto. Os floreados à volta da questão é que eram desnecessários porque são todos facilmente rebatidos. Mas era preciso encher a coluna e escrever só vejam lá se mostram o raio do amarelo ao Pizzi, era pouco.
Tenho para mim que esta conversa dos cartões para o Pizzi encontra semelhanças naquela "polémica" com a data do aniversário do nosso clube. Enquanto o Sport Lisboa e Benfica assinalou, comemorou e festejou o 28 de Fevereiro, anos após ano, até 2003, nunca ninguém levantou nenhum problema. Em 2004, o clube deu natural destaque ao seu centenário e apareceram os experts com os seus dogmas históricos. Os azuis resolveram a questão inventando uma data de nascimento para o século 19, os verdes arranjaram mais uma razão para chorar e berrar. O espelho dos três clubes. Esta novela à volta do desejado 5º cartão amarelo é a mesma coisa. Durante quase meio campeonato ninguém falou da possibilidade, ou não, do Pizzi ver cartões. Aproxima-se o clássico e, de repente, passou a ser questão nacional. Se durante dezenas de jogos, o Pizzi faz o seu trabalho sem falhar partidas no campeonato, o mérito é seu.
Agora, eu também vi o que foi termos o Pizzi condicionado no jogo dos Barreiros. Com metade desta pressão, Pizzi jogou em bicos de pés e até evitou fazer uma falta numa jogada que podia ter dado golo para o Marítimo. Curiosamente, perdemos esse jogo.
Está explicada a urgência em pressionar o jogador, os adversários e o árbitro para o jogo da Mata Real. O Pizzi tem sido superior a isto mas não é nada bom conviver com esta loucura. É preciso manter a frieza e ser inteligente.
Quanto ao resto do artigo do Pedro Marques Lopes, acho que se entusiasmou divagando nas suas fantasias. A história do Jesus afastado das fotografias é só mais uma mentira repetida para passar a ser verdade. Ora então, diga lá em que fotografias o treinador Jorge Jesus foi apagado pelo Sport Lisboa e Benfica. Eu poupo-lhe trabalho, em nenhuma. Para que não fiquem dúvidas, eu esclareci tudo neste artigo: Isto não é uma foto! De nada, Pedro.
Quanto à posição táctica e posicional de Pizzi na equipa do Benfica, nem Luís Filipe Vieira, nem Rui Costa, decidiram onde ele joga. Jorge Jesus tirou proveito de Pizzi, utilizou-o à direita e no meio. Umas vezes melhor, outras pior. Mesmo porque usou outros jogadores nessas posições.
O Pizzi com Jesus fez 31 jogos e marcou por 4 vezes. Depois, chegou Rui Vitória, que até conhecia muito bem Pizzi de outras épocas em que estiveram juntos, e o rendimento foi 47 jogos, 8 golos , na época passada e 42 jogos e 12 golos, só nesta época. Dá para ver bem a diferença e a evolução , certo?
Portanto, por estes últimos números percebo bem a necessidade da pressão, o resto do texto é lixo.