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Red Pass

Rumo ao 38

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Aquele Brasil - Suécia de 1990 Que Só Deu Benfica

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A propósito da pausa para os jogos das selecções e ao regresso à titularidade de benfiquistas na Suécia e Brasil, é tempo de recuperar o jogo mais mítico de sempre em Campeonatos do Mundo de futebol para os benfiquistas. Uma recuperação dedicada a Lindelof e Jonas.

 

Quando oiço falar na seca que foi o mundial Itália'90 deixo sempre escapar um sorriso baseado em dois pensamentos. É certo que foi uma prova sem grande espectacularidade mas coroou a melhor camisola de sempre num Mundial, a da Alemanha, e teve o jogo mais benfiquista de sempre sem a presença de Portugal. São estes dois pensamentos que ainda hoje me fazem sorrir.

 

Diga-se que a ausência de Portugal do Mundial 1990 não era problema algum para quem se habituou a acompanhar fases finais sem as cores nacionais presentes. O México 86 e o Euro 84 foi as excepções. Na década de 90 nem uma presença em fases finais de Mundiais, e a o sonho de 1996 em Inglaterra acabou no chapéu de Poborsky.

Portanto, era fácil arranjar motivação extra FPF para vibrar com as fases finais das grandes competições.

 

Nunca um jogo foi tão desejado como o de 10 de Junho em Turim no Mundial 1990. Desde que a sorte ditou a junção de Brasil e Suécia no mesmo grupo, com o calendário a ordenar que o jogo inaugural fosse entre os dois países das camisolas amarelas, os benfiquistas sonhavam com aquele encontro. Os cromos da colecção da Panini dedicada à prova eram comprados e trocados sempre na maior ânsia de encontrarmos os maiores craques dos dois países.

Isto porque em 1990 o Benfica estava muito bem cotado em ambas as selecções.

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 A época 1989/90 foi intensa para o nosso clube. Foi o ano que marcou o regresso de Sven-Goran Eriksson à Luz. O Benfica venceu a Supertaça em dois jogos contra o Belenenses, fez uma grande carreira europeia afastando com goleadas históricas Derry City, Honved e Dniepr, para depois bater o Marselha na Luz como todos nos recordamos, acabando por cair na final de Viena frente ao AC Milan.

A Taça de Portugal foi curta nessa época, vitória em Vila do Conde para depois cairmos em Setúbal.

No campeonato a veia goleadora de Magnusson, 33 golos em 32 jogos, não chegou para ganhar a Liga. Os 9 empates acabaram por dar o titulo ao Porto, ficando o Benfica no 2º lugar com o melhor ataque da prova.

 

Este era o enquadramento do futebol do Benfica por alturas do Mundial italiano. A excitação toda estava depositada naquele Brasil - Suécia recheado de jogadores benfiquistas. A saber:

Magnusson, 44 jogos

Valdo, 37 jogos

Thern, 33 jogos

Aldair, 33 jogos

Ricardo, 25 jogos

 

Além destes convocados, havia ainda a curiosidade de vermos o ex-benfiquista Mozer (regressaria dois depois à Luz) e o futuro reforço Schwarz, que assinou com o Benfica precisamente no verão deste Mundial.

Eram muitos jogadores do Benfica juntos que criavam uma enorme expectativa para um duelo clássico que o Mundo todo ia ver. O Brasil já não vencia a Suécia desde 1966, os suecos estavam em alta sabendo que iam organizar o Europeu 1992.

 

O dia mais esperado chegou e agora faltava saber quantos benfiquistas iam ser titulares. Antes do jogo de Turim começar houve um grande aperitivo na televisão com uma corrida de Fórmula 1 a acabar com dobradinha brasileira no pódio, Senna e Piquet já alegravam os brasileiros.

 

Quando os dois "onzes" são anunciados a emoção fica mais forte.

Brazil 1990.06.10.Turin,Italy.WC GR-Sweden v Brazi

 Ricardo Gomes é o número 3 e capitão do Brasil, Valdo joga com o 8, Aldair fica de fora e Mozer é o 13. Isto na Canarinha.

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 Na Suécia, Stefan Schwarz é o 8, Jonas Thern joga com o 16 e Mats Magnusson tem o 20 nas costas.

 

Todos titulares, menos Aldair, o que dava um total de cinco jogadores do Benfica em campo num jogo de campeonato do mundo!

Mas ainda havia mais uma surpresa. No banco da Suécia estava o velho conhecido Glenn Stromberg com o número 15 e que entrou em campo aos 70 minutos.

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 Era o ponto mais alto a ver jogos da maior prova de futebol do mundo. Benfica por todo o lado.

O jogo está todo no YouTube, voltei a vê-lo há pouco tempo e até fiquei com a ideia que foi melhor do que aquilo que a minha memória registou.

O Brasil venceu com naturalidade mas teve que sofrer. O primeiro golo só apareceu muito perto do intervalo, Branco a jogar e Careca a marcar. A Suécia não se limitava a defender e procurava sair em contra ataques rápidos deixando a incerteza no resultado até ao fim. Nem mesmo o segundo golo de Careca aos 63' derrotou de vez os vikings, naquela noite a jogarem de azul.

Brollin a dez minutos do fim marcou um golo que relançou o jogo. O sueco com 20 anos já mostrava o grande avançado que veio a ser.

Os jogadores benfiquistas não ficaram ligados de maneira especial ao jogo mas cada jogada em que qualquer um deles participava era um acontecimento aos olhos dos benfiquistas. Valdo deu o lugar a Silas aos 82' e Magnusson saiu para entrar o veterano Pettersson.

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Nas contas finais do grupo, o Brasil passou naturalmente com 3 vitórias. Caiu aos pés da Argentina num jogo cheio de truques que alimentam a magia da história da competição. A Suécia foi a grande decepção ao somar 3 derrotas. Uma delas contra a surpreendendo Costa Rica que se apurou deixando a Escócia também para trás. O resto é história.

 

Aquele Brasil - Suécia de 1990 merece ser visto por quem nunca viu e revisto por quem já não se lembra.

Jonas e Lindelof simbolizam o reencontro do Benfica com as selecções das camisolas amarelas.

Aqui fica o jogo completo com narração da Globo, com destaque para os comentários de Pelé:

 

O Benfica de Sven-Göran Eriksson Não Venceu o Varzim de José Torres

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 Do jogo em Roma em 1983 todos os benfiquistas que o viram têm as melhores recordações. Se perguntar qual foi o jogo imediatamente a seguir que o Benfica fez, poucos saberão responder.

O Youtube é nosso amigo quando nos dá o resumo do Varzim - Benfica, partida para o campeonato na ressaca do grande triunfo em Roma.

Foi a 6 de Março de 1983. O Benfica esteve a perder desde o minuto 20 com um golo presidencial, já que Washington (pai de Bruno Alves) tem nome de presidente, segundo o comentador da RTP.

Uma delicia rever esta equipa que fez a dobradinha e foi à final da UEFA mas não conseguiu ganhar na Póvoa de Varzim à equipa treinado por José Torres.

Bento de azul. Sem polémicas.

"JOSÉ TORRES, O GIGANTE QUE GOLEOU O DESTINO" - DOCUMENTÁRIO RTP MEMÓRIA

Quando chegou ao Benfica, José Torres era um menino desajeitado mas com uma imensa vontade de aprender. Resistiu a comparações desfavoráveis e progrediu. No primeiro ano como titular do Benfica, foi o melhor goleador do campeonato, ficando por uma vez à frente do Pantera Negra - Eusébio. Na equipa nacional, José Torres está ligado à Campanha dos Magriços. No Mundial de 66, marcou três golos, um deles ao mítico Yashin (guarda-redes Russo conhecido como Aranha Negra) o que permitiu a Portugal alcançar o 3º lugar, sendo até hoje, a melhor classificação de sempre da Selecção Nacional, num Campeonato do Mundo do Futebol.




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