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Red Pass

Rumo ao 38

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Rumo ao 38

Benfica 2 - 1 Bayer Leverkusen

 

Tenho para mim que o mínimo que se pede ao Benfica todas as época europeias é que chegue a Março em prova. É um pensamento que trago da adolescência em que me habituei a vibrar com noites europeias em Março, naquela altura em que já as provas iam adiantadas e todos os sonhos eram possíveis. Sendo que nessa altura era bem menos complicado chegar a Março vivos na Europa já que não havia fases de grupos longas, nem eliminatórias a meio de Fevereiro.

O futebol vai evoluindo mas o peso do romantismo continua a ser o que mais manda nas memórias. É uma pena que depois de eliminarmos de forma brilhante o Bayer, com duas vitórias e golos bem bonitos, o duplo confronto esteja condenado ao esquecimento. Hoje em dia é tudo muito rápido, não há tempo para saborear feitos verdadeiramente dignos de serem realçados. Afastar desta maneira categórica uma equipa alemã do campeonato mais competitivo da Europa, um clube que há uns anos estava a jogar uma final da Champions com o Real do Zidane, merecia todos os elogios de todos nós. Mas em vez disto já está tudo a stressar com a partida com o Paços de Ferreira. E mais. Com o passar do tempo esta será uma eliminatória vagamente recordada e quando falarmos em Bayer será sempre citado o jogo dos 4-4. Dessa vez não ganhámos um jogo, a taça em causa já nem existe mas o que vai perdurar no tempo é o jogo dos 4-4. Já aconteceu o mesmo com o Marselha.

 

Curiosamente hoje Jesus completou meia centena de jogos a comandar o Benfica em jogos europeus. Impressionante o trabalho do técnico português que veio fazer aquilo que há muito eu desejava para o meu clube e já disse neste texto, ter o Benfica até, pelo menos, à primavera na Europa. Com Jesus não há cá tradições manhosas de não ganhar na Alemanha, nem tremer perante equipas de campeonatos muito mais fortes. Por mim está cumprido o mínimo exigível a nível de UEFA. Não querendo abusar queria pedir para levarem a próxima eliminatória também a sério. Ainda tenho bem presente na memória aquele 1-1 da Luz e o 1-0 de Bordéus. Podendo é vingar aquilo, obrigado.

 

Hoje o Benfica fez uma primeira parte realista jogando com o facto de estar em vantagem mesmo com o 0-0. O Bayer apostou na sua melhor equipa e atirou-se para a frente em busca do golo que empatasse o confronto. Esteve muito perto de o conseguir. Aliás, nesta eliminatória o Benfica nunca esteve em desvantagem e o mais perto que esteve de sofrer um golo deixava tudo empatado. Este Bayer é equipa de topo na Alemanha, tem jogadores de Selecção alemã e de categoria superior como são os casos de Castro, Schürrle, Rolfes, Kießling ou Carvajal, só para dar exemplos de nomes que vamos ouvir no futuro de certeza absoluta.

 

O Benfica mesmo poupando alguns jogadores apresentou uma equipa combativa e com alguns muito inspirados. Ola John assinou um golo memorável da esquerda para o meio, Artur só foi ultrapassado em eficácia pelo poste direito da baliza grande que negou dois golos ao Bayer e o guarda redes apesar de defesas de classe mundial acabou por sofrer um golo de Schürrle. O segundo golo do Benfica começa com Artur fora da área a lançar Lima que controla e centra para grande golo de Matic. Foi a jogada que ilustrou a eficiência do Benfica nesta eliminatória.

 

Foi uma grandiosa vitória contra um dos grandes clubes da Alemanha. Pena aquele amarelo a Matic já nos descontos que o deixa de fora do primeiro jogo com o Bordéus.

Excelente jornada europeia. Por mim podem continuar porque quantas mais vezes vir o Benfica jogar mais sentido faz a minha vida. Domingo há mais.

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