Adeptos no Seixal, Bons e Maus
Hoje toda a imprensa faz eco do treino da tarde de ontem do Benfica no Seixal. À porta aberta depois de uma vitória no terreno do rival do norte e com cerca de sete centenas de adeptos nas bancadas.
Até aqui tudo bem, tudo normal.
Eu lamento voltar atrás e ir buscar um assunto sensível a muitos leitores que na altura manifestaram o seu descontentamento com a minha abordagem à situação. Mas quero hoje lembrar que a 13 de Novembro também houve adeptos num treino do Benfica. Não eram sete centenas, eram cem. Não era um treino à porta aberta, e não havia por perto nenhum dos adeptos que ontem foram ( e muito bem ) fazer a festa no fim de tarde no Seixal.
Eu quero que percebam agora que não há adeptos "bons" e adeptos "maus". Tanto faz sentido que ontem se tenha enchido as bancadas com bom ambiente e alegria pelo momento que atravessamos, como fez todo o sentido que um grupo de associados tenha ido conversar com os jogadores e técnicos numa semana muito dura para todos os que adoram o Benfica. Não quero exagerar de maneira nenhuma mas permitam-me que assuma o seguinte pensamento: se na manhã da véspera do jogo com a Naval os jogadores não tivessem ouvido da boca daqueles que sempre os apoiam em qualquer campo em que joguem palavras de revolta, de incentivo e de acusação talvez não estivéssemos agora neste estado de graça. Talvez o Fábio não tivesse tido aquele maravilhoso impulso de ir festejar o golo mergulhando no sector dos sempre presentes, talvez o Javi não tivesse ido mostrar ao mesmo sector com aquele orgulho o emblema que carrega quando fez o 0-2.
É que depois dessa manhã em que adeptos, jogadores e técnicos conversaram abertamente sem qualquer tipo de problema, longe dos olhares da imprensa, o Benfica só sabe vencer em todas as competições nacionais!
Claro que isto vale o que vale mas eu não tenho memória curta e nestas alturas gosto de recordar criticas que achei muito injustas. Como se pode ver não há adeptos "bons" e adeptos "maus". Somos todos do Benfica, queremos todos viver semanas destas. Cada um vive o Benfica à sua maneira, todos estão sujeitos a reparos. Mas na altura de elogiar não se deve esquecer os que lutam pelas vias menos simples e menos politicamente correctas.
E agora siga para Setúbal!