Fenerbahçe 1 - 1 Benfica: Gedson Apresenta-se à Europa
Escrevi no final da primeira mão que tinha sido muito importante não sofrer golos na Luz. Por outro lado, essa teoria só valia se o Benfica fosse à Turquia procurar marcar. Aliás, Rui Vitória tinha prometido na véspera do jogo que a equipa ia à procura do seu golo. Prometeu e cumpriu.
O Benfica fez uma exibição personalizada na primeira parte, a equipa tirou partido da agressividade do titular Castillo e conseguiu pressionar bem o Fenerbachçe nunca dando sinais de intranquilidade por causa do ambiente sempre adverso.
Quando a equipa de Cocu teve que pegar no jogo e ir à procura dos seus golos nunca foi convincente mostrando que aquele domínio de jogo que mostrou na primeira parte da Luz é curto e pouco objectivo.
A equipa do Benfica foi crescendo com Gedson a dar alma ao lado direito onde André e Salvio sempre se entenderam melhor do que o lado esquerdo, que até foi a ala mais produtiva da época passada. Cervi, Pizzi e Grimaldo não deram tanta profundidade muito por culpa da desinspiração do argentino.
Uma combinação entre Castillo, Salvio e Gedson deu o tão esperado golo fora de casa que acabou por ser um seguro de vida muito tranquilizador.
Defensivamente foi uma pena aquela desconcentração no final da primeira parte que voltou a dar vida aos turcos. Ruben teve que sair da sua zona acção, Fejsa demorou a fazer a dobra, André também não dificultou o cruzamento no seu lado e Grimaldo ficou demasiado exposto na marcação individual que perdeu pela diferença de estatura.
Felizmente, o Benfica não acusou o golo e tentou nunca ficar só em postura defensiva na segunda parte. Podia ter tido mais critério de decisão sempre que construiu ataques em velocidades de maneira a resolver a eliminatória mais cedo.
Mas na verdade o Benfica conseguiu gerir emocionalmente o rumo da partida, perdeu Castillo ainda na primeira parte e Ferreyra foi lançado. Pena não ter assinado o seu golo depois de uma desmarcação óptima.
Uma palavra para Odisseas que voltou a responder bem quando foi chamado a intervir. O facto da defesa não hesitar em lhe passar a bola na hora de construir é um bom sinal de confiança da equipa para o guarda redes.
Um empate com sabor a vitória e o primeiro objectivo deste mês cumprido. O Benfica ultrapassou o adversário mais complicado do sorteio com toda a justiça e agora prepara o duelo e reencontro com o PAOK.
Entretanto, segue-se o Boavista.