Quatro jornadas disputadas e os reis do barulho de verão estão isolados no comando do campeonato. Fim de Agosto e tudo tranquilo no futebol português. Finalmente, a verdade desportiva chegou a Portugal e, portanto, até é de esperar que aqueles programas que incitam ao ódio anti benfiquista tenham descanso e passem o Música no Coração naqueles horários. Ódio que se faz espalhar um pouco por todo lado, como podemos ver naquele caso bonito, digno e exemplar, na bancada de Paços de Ferreira, no jogo como Vitória SC, quando avô e neto foram corridos para fora do recinto por ousarem vestir camisolas do Benfica. Aconteceu numa Liga que tem como bonitos slogans levar mais gente aos estádios e fair plays e cenas assim...
O Benfica perdeu os primeiros pontos. Alegria no ar.
O Sporting cumpriu o seu destino de ganhar todos os jogos nesta temporada. Nada os vai parar. Nem golos fora de horas, nem VAR's. A Battagila , para já, está ganha:
A paz é tão bonita que os pro activos directores de comunicação & queixinhas estão em profundo silêncio e ainda chocados com o animalesco Eliseu.
Sobre o vídeo de cima nem uma palavra azul e, obviamente, da imagem em baixo nem um comentário verde.
É pena porque o Brahimi é tão feliz em Braga que nos faz lembrar a forma injusta como foi expulso há uns meses no mesmo recinto e a maneira superior como reagiu a tudo. Felizmente, esta época pode explanar toda a sua qualidade futebolística expressada numa imagem:
Por falar em Braga, e o que dizer das reflexões feitas sobre o facto de Abel Ferreira deixar no banco quatro habituais titulares e entre eles os laterais emprestados pelo Sporting, Esgaio e Jefferson ? Ah, não houve reflexões em saraivada? Que pena...
O Abel podia ter esperado pela pausa de meio mês que o campeonato vai ter mas preferiu fazer descansar meia equipa em plena competição. Bravo, Braga!
Assim dá gosto ver o futebol português em tempo de verão. Tudo está bem quando vai bem.
E aquele fosso competitivo que faz equipas com orçamentos pobres serem carne para canhão?
Felizmente, o campeonato agora pára e prolonga-se este bom ambiente no futebol português. Assim, sim.
Numa semana vejo um jogo do Benfica e lembro-me de evocar o Brasil 1982 e Johan Cruyff, na semana a seguir só me vem à memória expressões como carregadores de piano e homens de barba rija. Obviamente, vivo para ter jogos sempre no primeiro contexto mas já tenho idade suficiente para saber que esses são a excepção. O mais normal é assistir a jogos como o de hoje em Vila do Conde. Faltas e faltinhas, pouco tempo útil seguido de jogo e muita luta dentro de campo.
O primeiro destaque tem que ir para a equipa de Miguel Cardoso. Que bela atitude, bom plano de jogo, dinâmica interessante, excelente compromisso na luta pelos pontos em disputa e uma equipa muito bem armada. Até me parece que já não há nos Arcos a qualidade de um Gil Dias ou Kravinovic mas, em compensação, está a crescer uma ideia colectiva muito interessante. Especialmente, na agressividade sem bola. Excelente jogo do Rio Ave, provaram que o bom arranque de campeonato não foi por acaso.
Do lado do Benfica deu a ideia que a equipa foi surpreendida pela falta de espaço para pensar o jogo, não conseguiu reagir à falta de posse bola e acabou por ter uma primeira parte em falso. Só quando o Rio Ave insistia em sair a jogar a bola de pé para pé desde o guarda redes, mesmo que pressionados, é que a equipa do Benfica ficava perto de criar perigo. A saída de Jardel logo no começo do jogo não foi bom sinal, mais uma perca por lesão e chamada de Lisandro que, desta vez, acabou por não ser feliz ao ficar directamente ligado ao golo do Rio Ave.
A verdade é que a equipa de Rui Vitória caiu numa teia bem montada e não conseguiu assumir o jogo. É verdade que não havia Salvio nem Fejsa mas o problema foi mais profundo que a mudança de individualidades. Não havia espaço para jogar, não havia tempo para pensar o jogo e, muitas vezes, nem havia bola para se construir jogadas ofensivas.
(Fotogaleria: João Trindade)
Na 2ª parte o jogo melhorou, ficou um pouco mais aberto e o Benfica conseguiu chegar mais à frente. Só que o Rio Ave soube sempre sair muito bem com bola. Tarantini e Pelé, à frente dos centrais Marcelo e Marcão, construiram uma muralha inultrapassável, e ainda serviam rapidamente Ruben Ribeiro e Geraldes que estiveram em plano superior ofensivamente.
Teria que ser com desequilíbrios pelas alas que o Benfica podia criar perigo, imprimir velocidade com Rafa e Cervi à procura de Seferovic, Jonas e das entradas de Pizzi. Por momentos o jogo parecia ficar mais em direcção à baliza de Cássio mas o Rio Ave nunca se deixou encostar. Aliás, num dos contra ataques os vilacondenses chegaram mesmo à vantagem num lance muito infeliz de Varela e Lisandro.
Temeu-se o pior, Rui Vitória lançou Zivkovic para o lugar de Cervi e pouco depois veio a resposta do Benfica. Se o golo do Rio Ave foi um autogolo vindo do céu, o do Benfica veio em forma de penalti escusado que Hugo Miguel vislumbrou numa falta sobre Jonas. O próprio Jonas empatou o jogo.
O Benfica embalou com o empate e construiu em pouco mais oportunidades do que no jogo todo. Aqui cruzaram-se dois dados opostos, a falta de eficácia que Rafa teima em mostrar e a inspiração na baliza que Cássio já exibiu contra o Benfica tantas vezes. Nem a entrada de Raul alterou este triste destino. Cássio hoje foi imbatível.
Mas fica uma rápida reacção do Benfica após uma primeira parte apagada e uma desvantagem ocasional. Desta vez, o último esforço da equipa não foi premiado com a vitória. O empate é um prémio justo para o jogo que o Rio Ave fez.
O Benfica está no grupo A da Champions League 2017/18 com a companhia de Manchester United, Basileia e CSKA de Moscovo.
À partida é um grupo que tem como claro favorito o Manchester United, vencedor da Liga Europa, e deixa em aberto a luta pelo apuramento para os 1/8 de final porque Basileia e CSKA são equipas habituadas a estes desafios mas, claro, que o Benfica é favorito a acompanhar o Manchester United na próxima fase da Champions. Também o acesso à Liga Europa é uma incógnita.
Manchester United
Aqui no Red Pass existem duas crónicas que testemunham o último duelo que o Benfica travou com os ingleses. Foi há seis anos quando o Manchester United calhou pela terceira vez no mesmo grupo do Benfica no espaço de meia dúzia de épocas.
Para trás tinha ficado a negra época de 2006/07, quando o Manchester United venceu na Luz por 0-1 e em Old Trafford por 3-1, depois do Benfica ter estado em vantagem com um golo de Nelson.
Uma época antes aconteceu magia. Em Inglaterra o Benfica perdeu por 2-1 mas na última jornada do grupo na Luz o Benfica de Koeman ganhou por 2-1 com golos inesquecíveis de Beto e Geovanni. Os ingleses ficavam fora da Europa e o Benfica seguia caminho para afastar o Liverpool.
Na década de 60 o Manchester United ficou com boas recordações do Estádio da Luz e do Benfica. Em 1965/66 houve duelo nos 1/4 de final da Taça dos Campeões Europeus. Vitórias inglesas na 1ª mão em Old Trafford por 3-2 e na Luz por... 1-5!
Em 1967/68, os dois clubes disputaram a final da prova maior da UEFA em pleno Wembley. O jogo acabou empatou mas no prolongamento o Manchester United venceu por 4-1.
Agora aconteceu o reencontro com jogos a 18 e 31 de Outubro, uma jornada de dupla que marca a viragem do calendário no Grupo A.
Basileia
Benfica e Basileia só se encontraram numa época. Foi em 2011/12 também na fase de grupos da Liga dos Campeões. No Red Pass há registos desses dois jogos no arquivo que aqui recupero:
Basileia 0 - 2 Benfica Foi a 18 de Outubro de 2011, os golos foram de Bruno César e Cardozo.
Benfica 1 - 1 Basileia Na Luz , o Benfica não conseguiu repetir a vitória da Suíça e cedeu um empate a um golo. Marcou Rodrigo
Jogamos com o Basileia fora de casa a 27 de Setembro e recebemos na Luz os suíços a 5 de Dezembro, na última jornada num jogo que pode ser decisivo no apuramento.
CSKA Moscovo
Também só há registo de dois jogos entre Benfica e CSKA. Aconteceram nos 1/8 de final da Liga Europa em 2005. Uma época feliz para ambos os clubes por razões diferentes. O Benfica acabaria a época como campeão nacional, o primeiro título desde 1994! O CSKA depois de afastar o Benfica voltaria a Portugal para conquistar a Taça UEFA, como era conhecida na altura, em Lisboa na casa do outro finalista, o Sporting.
Em 17 de Fevereiro o Benfica perdeu em Moscovo por 2-0 no Estádio de Kuban. Na 2ª mão, em Lisboa, o Benfica não foi além de um empate a uma bola, golo de Karadas, e o CSKA seguiu assim o seu triunfante caminho.
Agora os russos são o primeiro adversário do Benfica regressando ao Estádio da Luz a 12 de Setembro. A 22 de Novembro, o Benfica viaja até Moscovo para discutir a penúltima jornada do grupo.
Calendário:
12/09: SLB-CSKA
27/09: Basileia-SLB
18/10: SLB-M. United
31/10: M. United-SLB
22/11: CSKA-SLB
5/12: SLB-Basileia
O grafismo dos adversários do Benfica é retirado do Record de 25/8.
Bruno Varela, Eliseu e Pizzi, foram convocados pelo seleccionador de Portugal, para defrontar as Ilhas Faroé e a Hungria.
Rúben Dias, Francisco Ferreira, André Horta, João Carvalho e Diogo Gonçalves, foram convocados pelo seleccionador dos Sub-21 de Portugal. Yuri Ribeiro, emprestado ao Rio Ave FC, também foi convocado para a seleção de Sub-21 de Portugal, para defrontar o País de Gales.
Para a Selecção de Sub-19 foram chamados: Florentino Luís, Gedson Fernandes, Mésaque Djú e Nuno Santos.
Samaris e Mitroglou, foram convocados pelo seleccionador da Grécia, para defrontar a Estónia e a Bélgica.
Johan Cruyff costuma dizer que, no futebol, “não existe som mais fantástico do que o da bola a bater no poste”. E exemplificava, falando que nos jogos já ganhos, gostava mais de, nos últimos minutos, enviar uma bola ao poste e ouvir aquela típica reacção da multidão “oooooohh”, do que fazer mais um simples golo.
Eu quando reconheço génios em campo lembro-me logo de outros génios que aprendi a admirar. Aqui me confesso devoto do génio Cruyff, foi por isso que comecei a crónica com ele. Não é todos os dias que estamos a ver um jogo de futebol e os acontecimentos levam-nos até ao universo de Johan. Mas hoje aconteceu. Quando Jonas chuta do meio do campo uma bola para a baliza do Belenenses e o poste a devolve, é como se algo de poético tivesse nascido no relvado da Luz. O resultado já ia em 3-0, sentia-se que a vitória estava segura e, por isso, aquele momento genial do "10" do Benfica tem tudo para ficar eternizado. A tal beleza do fracasso que aquele Brasil de 1982 é o expoente máximo. A noite em que o Benfica goleia o Belenenses mas o momento é um pontapé do meio campo que ia dando golo.
Depois, já na segunda parte, Luisão cabeceia ao seu estilo na área adversário e a bola bate no poste e sai. Segue-se Cervi, cruzamento do lado esquerdo, bola em arco e em vez de entrar na baliza é devolvida pelo poste da baliza sul da Luz.
Precisávamos de Johan Cruyff ali ao nosso lado na Luz para apreciar este festival de bolas a baterem no poste. No entanto, faltava-me o som. Faz toda a diferença, o som da bola a bater no ferro. Pois bem, Raul Jimenez fez-nos, a mim e a Cruyff, a vontade e atirou uma bomba que levou a bola a bater com estrondo no poste direito da baliza mesmo à minha frente. Desta vez ouvi e sorri.
Convenhamos que com tanto capricho até ficava mal irmos embora com um marcador nuns "míseros" 3-0. Então regressamos ao mundo dos génios, Jonas finaliza a meia altura um passe de Raul e faz um golo que a maior parte dos futebolistas que já pisaram o relvado da Luz falhariam.
Pizzi também quis servir o Rei Gonçalves e o brasileiro finalizou o seu terceiro golo no jogo.
Mais do que a vitória, viveram-se momentos de epicismo no Estádio do Sport Lisboa e Benfica.
Tudo ficou muito claro logo no arranque do jogo. Um golo logo no começo de jogo e mais dois até aos 33 minutos da 1ª parte é algo que está muito perto dum mundo perfeito para mim.
É um arranque de temporada incrível do Benfica. Desde a temporada de Trapattoni que o Benfica não vencia nos três primeiros jogos do campeonato. Esta época junta-se ainda a conquista da Supertaça. Quatro jogos, quatro vitórias. O melhor arranque do ciclo de Rui Vitória no Benfica, e um dos melhores sempre.
Isto depois de mais uma pré época decepcionante. Já ninguém se lembra da crise em que acabou aquele período de treinos e experiências, no entanto cheguei a ouvir que o Benfica este ano partia atrás dos rivais.
O treinador Rui Vitória já definiu o seu 11 ideal para este primeiro mês de competição. Varela, Almeida, Luisão, Jardel e Eliseu, Fejsa, Pizzi, Salvio e Cervi, Jonas e Seferovic. Para o derby com o Belenenses não havia Fejsa, avançou Filipe Augusto. A única alteração na equipa em nada prejudicou o jogo do Benfica. O brasileiro aproveitou bem a oportunidade a titular para mostrar argumentos convincentes para ser opção para aquela posição.
Do lado do Belenenses, Domingos Paciência pareceu hesitar muito na opção dos 3 defesas mais ao centro e acabou por não mostrar um plano B que fosse convincente. Nunca conseguiu estar por dentro do jogo ou em condições de discutir o derby,
Num jogo em que o Benfica acerta quatro vezes nos postes da baliza e consegue vencer por 5-0 está tudo dito. Cruyff aplaudiu entusiasmado lá em cima.
Começava a pairar uma estranha tradição neste Benfica de Rui Vitória que fazia lembrar o universo do Pop Rock musical. Uma banda que lançava um disco de estreia com enorme sucesso tinha sempre dificuldades com o segundo álbum. Era a maldição do segundo disco que arrumou muitos grupos logo no começo.
O Benfica de Rui Vitória tem conseguido garantir os 3 pontos no jogo de estreia mas na 2ª jornada não confirmava o bom arranque. Há dois anos perdemos em Aveiro com o Arouca, há um ano empatámos em casa com o Vitória de Setúbal.
Esta época apareceu Seferovic a quebrar essa tradição. Dois jogos, duas vitórias.
Sobre o jogo de Chaves, o Benfica consegue um triunfo muito importante num recinto que na época passada os rivais sofreram desgostos e esta época promete voltar a ser um terreno complicado.
O Benfica justificou o triunfo. O melhor de tudo é que o golo surge numa jogada normal pela direita e a bola acaba dentro da baliza por um toque subtil de Seferovic. Ou seja, sem truques, sem confusões, sem polémicas, sem invenções de penaltis. Portanto, tudo ao contrário do que vimos no jogo de um dos rivais que todos os dias se queixa de tudo o que envolve futebol.
Ganhámos no fim, podíamos ter começado a ganhar naquela bola que Jonas mandou ao poste ou nos pés de Salvio na primeira parte ou na cabeça de Seferovic. Mas não, quis o destino que ficasse tudo em frente à televisão a sofrer, benfiquistas e antis.
Por falar em televisão, a realização da Sport Tv perdeu por completo a noção do que é um jogo de futebol. Eles acham que futebol é repetir o mesmo lance até à exaustão. Além da maior parte das repetições serem irrelevantes acabam por matar o directo várias vezes. Ia dar o exemplo da grande defesa do Varela na 2ª parte, houve tanta repetição que quando o directo voltou o Benfica estava com a bola já na área do Chaves. Isto repetiu-se o jogo todo! Não posso comentar a maior parte dos ataques do Benfica porque, simplesmente, não faço a menor ideia de como foi lá parar a bola à frente. É ridículo.
Estou habituado a ver o Benfica no estádio, quando tenho de ver assim o Benfica sinto que estou a sofrer um castigo inexplicável. Se estiver em minha casa, vejo em sofrimento livre. Mas, este foi um dos jogos que vi em contexto especial, num bar de hotel entre dois dias de piscina e sol. Tudo óptimo, menos aqueles 90 minutos que me toldam o comportamento e a disposição. Felizmente, acabou tudo bem. Mas aquele sentimento interior de inutilidade ninguém me tira.
Voltando à paranóia das repetições na Sport Tv, tanta coisa para repetir e no lance que Tiba rasteira Jonas na grande área do Chaves demoraram a perceber o erro do árbitro. No lance em que Jonas salta com um defesa do Chaves na grande área ninguém explicou que não foi penalti porque o nome na camisola não era Bost.
Tanto se fala de Varela e hoje o jovem guarda redes esteve impecável. Para Seferovic ser herói muitos outros tiveram que dar tudo, Varela foi um deles.
Vitória importantíssima neste surreal arranque de Liga Nos com jogos diários deixando sempre o Benfica em posição de pressão. Boa resposta do campeão até agora.
Assim que percebeu a distância que tinha de percorrer entre cumprir promessas de ganhar campeonatos e a dura realidade, o presidente do Sporting atirou-se para um caminho que é um caminho sem volta. Atacar o Benfica sempre numa estratégia de vale tudo levando tudo à volta do futebol português para níveis de lodo até aqui desconhecidos. Tudo começou num célebre serão televisivo onde o líder verde atribuiu o sucesso do futebol do Benfica a vouchers. A partir daí foi sempre a descer. A descer o nível das discussões e a descer o sucesso do futebol verde.
O Porto ainda demorou em abraçar a causa do seu histórico aliado. Estavam convencidos que iam conseguir chegar ao título mais depressa e, por isso, entretiveram-se a comprar e a despedir treinadores. Quando perceberam que iam chegar ao 4º ano sem campeonato e sem nenhuma outra conquista, olharam para o seu aliado verde e abraçaram a causa do desespero.
Foi assim que chegámos a este mar de lodo que é o actual futebol português. Ataques sem fim ao Benfica que responde conquistando troféus.
A dada altura os rivais lançam a campanha video árbitro. Pronto, a partir da entrada do VAR acabava-se a campanha de sucessos do Benfica. Junte-se a isto uma inédita novela no canal azul que animou o verão sem futebol e estava montada a estratégia da santa aliança.
Tudo parecia estar a funcionar quando, finalmente, regressa aquela coisa que se joga dentro de um campo relvado, um jogo acessório chamado futebol, aquela partida longe das mesas dos estúdios de televisão e decidida pelos melhores jogadores e treinadores.
O Benfica tetra campeão sem video árbitro deu lugar ao Benfica vencedor da Taça de Portugal no Jamor, vencedor da Supertaça em Aveiro e ao Benfica vencedor na 1ª jornada da Liga NOS, tudo com video árbitro. Assim, dentro de campo reduziu-se a cinzas meses de entulho mediático.
Perguntavam muitos benfiquistas para que era aquele barulho todo quando já se percebeu que Luisão, Fejsa, André Almeida, Jonas, Pizzi, Raul ou Seferovic são imunes a todo aquele terrorismo verbal e escrito?
A resposta está aí.
Façamos um exercício simples. O Benfica venceu as últimas três competições oficiais do futebol português, duas já com video árbitros. Digam-me um jogo dessas três competições que o Benfica tenha vencido da mesma forma que o Sporting nesta 2ª jornada da Liga NOS.
Então, ser incendiário, sucateiro rei do entulho e do lamaçal mediático compensa ou não compensa ?