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Red Pass

Rumo ao 38

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Benfica 2 - 1 Estoril : Jonas Contra o Apagão

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 Foi um Benfica desconfiado e algo apático que abordou esta 31ª jornada contra o Estoril. Talvez pelas dificuldades que passou nos outros três encontros da época com a equipa da Linha, o Benfica não conseguiu entrar de forma avassaladora no jogo.

Cedo se percebeu que ia ser uma tarde de paciência e sofrimento. O Estoril de Pedro Emanuel voltou a dar uma excelente imagem do seu futebol, deixando o Benfica num jogo mais dominador mas de expectativa.

O penalti que Nelson Semedo sofreu abriu o caminho da vitória que Jonas confirmou. Foi apenas o 6º penalti em 31 jogos de campeonato a favorecer o Benfica, um número, curiosamente, abaixo dos outros rivais.

 

O problema é que na 2ª parte com 1-0 no marcador eu cheguei a pensar que a equipa amarela na Luz tratava-se do Brasil 1982 que morreu no Sarriá! Tal era a facilidade com que o Estoril construia oportunidades e mandava no jogo. Um período de enorme apagão da equipa do Benfica que andou a ver o empate adiado em várias oportunidades, até que Kleber não falhou e deixou o estádio da Luz em suspenso. A começar pelo banco do Benfica que se preparava para lançar Felipe Augusto no jogo e acabou por improvisar a entrada de Carrillo.

 

 (Fotogaleria: João Trindade)

 

Vieram à memória os fantasmas daquele jogo de 2005 no Algarve, que só Mantorras conseguiu resolver ou, ainda pior, daquele empate em 2013 que comprometeu uma liga que podia ter sido o começo de um penta.

Mais uma vez, a resposta do Benfica foi forte e convincente, a equipa partiu à procura do 2-1 e Jonas mostrou porque é o melhor jogador do campeonato, um golaço que fez a Luz suspirar de alivio e deu à equipa a vitória necessária para manter as esperanças do tetra intactas.

Foi uma vitória muito suada que muito se deveu à inspiração individual de Jonas e que garantiu o cumprimento de um objectivo essencial, três pontos.

Agora fica faltar só um jogo na Luz para terminar a época e dois fora. O Benfica está a três jogos de fazer o que nunca foi feito no clube. Nada está ganho, apenas uma etapa mais ultrapassada e só mais passo firme nesta longa maratona.

Foco agora na deslocação a Vila do Conde, estamos muito perto da felicidade mas ainda há muito que sofrer. Literalmente.

 

Sporting 1 - 1 Benfica: Líderes!

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Estamos em 2017 e a chegada ao sector visitante do Estádio da "maior potência desportiva nacional" continua a ser uma selvajaria.

Na Luz, qualquer visitante que vá para a sua bancanda, sabe que é escoltado pela polícia, ou junta perto do acesso de entrada ao seu sector, sem ter que se cruzar com adeptos da casa.

Em Alvalade, qualquer adepto da equipa visitante que não esteja com paciência para o cortejo a pé desde a Luz e que opte por fazer a curta viagem em grupo num Táxi/Cabify/Uber, é riscar o que gostam menos, e sair na descida por trás das bombas da BP e MacDonalds nos sinais de trânsito em frente à sua porta de entrada, tem de conviver com gente feia e muito mal vestida em tons de verde. É verdade que há muito policiamento, mas o sentimento de haver confrontos é permanente.

Portanto, "maior potência nacional" do terceiro mundo.

 

O jogo foi vivido pela Santa Aliança como sendo obrigatório a equipa da casa vencer. Os azuis porque não cumpriram a sua parte até aqui e contavam com uma ajudinha dos seus grandes amigos, os verdes porque nasceram só para isto, tentar ganhar derbys e depois irem de férias.

 

O jogo começou da pior maneira possível, e nem estou a falar da apresentação dos jogadores do Sporting nos ecráns do estádio com óculos escuros.

Ederson teve uma péssima recepção de bola e fez um inesperado penálti que deixou o Sporting em vantagem.

O futebol tem destas coisas, há pouco mais de um ano, fomos surpreendidos com a chamada de Ederson para a baliza em pleno derby. Acabou por correr tudo bem, desta vez, faz um penalti.

 

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Trata-se de excesso de confiança. já se tinha visto algo parecido com o Marítimo em casa mas sem consequências. Por um lado é bom, podemos retardar a transferência do guarda redes mostrando este lance infeliz aos possíveis interessados. Por outro é preocupante.Não se pode dar abébias, Ederson.

 

O que interessa é que a equipa do Benfica reagiu bem, com tranquilidade e não perdeu a cabeça. Foi equilibrando o jogo e crescendo na partida.

Já que ainda hoje falam de lances polémicos na Luz no jogo da primeira volta, hoje podemos falar daquela falta sobre grimaldo, da falta de Bruno César sobre Lindelof e do empurrão a Rafa? Ah, se calhar são três penaltis que já nada importam, é isso? O Benfica manda nisto tudo.

 

Muito melhor o Benfica na 2ª parte e o golo do empate a surgir num livre magistral de Lindelof. Uns segundos antes, tiro as medidas à barreira e posicionamento de Rui Patrício e reparo num pano atrás da baliza que diz: "Aqui a festa é verde". E pronto, já se sabe que nestas coisas lagartas isto não falha. Golo do empate, e Alvalade passou a ser só para cânticos de campeões.

 

Perder dois pontos neste terreno é sempre mal mas a 4 jogos do fim há que fazer contas e perceber o contexto. Foi um ponto conquistado com muita luta que dá acesso a 4 jogos finais com vista para o Tetra.

 

 

 

 

Benfica 3 - 0 Marítimo: Primeiro Resolver, Depois Gerir

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 Últimos 10 minutos da primeira parte e jogo resolvido de forma quase inesperada. Já se começavam a fazer contas ao tempo perdido pelo guarda redes do Marítimo e as simulações de lesões, quando o jogo sofre um abanão com três golos de rajada. Primeiro, um autogolo de Luís Martins e depois um bis de Jonas que resolveu a partida antes do intervalo chegar. Tudo o que precisava a equipa e a bancada, tranquilidade e questão resolvida com o resto do jogo, uma segunda parte inteira, para gerir.

A aposta de Rui Vitória foi repetir a mesma equipa que ganhou no Minho. Os mesmo onze resolveram o jogo com mais facilidade que era suposto.

Destaque para Rafa que foi muito importante pela esquerda estando na origem dos dois primeiros golos. No primeiro ganhou na velocidade e raça fazendo um cruzamento para Mitroglou que acabou por apanhar Luís Martins no chão a cortar para onde menos queria. Depois conduziu a bola pela esquerda, deu para Pizzi que assistiu ainda mais para dentro Jonas que num remate seco e colocado fez o 2-0.

Em cima do intervalo, Jonas bisa e faz o resultado final.

 

 (Fotogaleria de João Trindade)

 

Ia escrever que desta vez foi sem margem para queixinhas e invenções mas parece que a novidade agora é quererem ler os lábios a Jonas que se irritou com jogadores madeirenses. Parece-me bem, leitura labial para animar a próxima semana.

 

Missão cumprida, deu para gerir, para poupar Pizzi na 2ª parte e levar o jogo até ao fim sem mais surpresas.

Mais um jogo sem sofrer golos, mais três pontos e menos um jogo para as contas finais do título. Faltam cinco jogos para o final, este com o Marítimo correu de feição e já passou.

É esperar pelos próximo 90 minutos enquanto passamos a bola para os hackers de cartilhas, queixinhas de jogadores e claques.

Moreirense 0 - 1 Benfica: O Norte é Benfica!

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Foi feliz a minha estreia no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, na vila de Moreira de Cónegos. Este era um dos poucos estádios da primeira divisão que me faltava conhecer. Foi desta.

Como é evidente, uma viagem em grupo ao Minho para ver um jogo marcado para uma hora (vergonhosamente) tardia num domingo à noite, tinha que meter um almoço com convívio com benfiquistas que fizesse logo valer a pena a viagem. E, claro, o Minho nunca desilude.

Almoçarada, tarde fora, em Riba de Ave no restaurante Dom Papão. Um encontro promovido pelo grande benfiquista minhoto, Moisés, e que gastronomicamente teve nota máxima e artística. Tudo bom. Mas aquele bacalhau no forno e aqueles bolinhos de alheira... Que maravilha!

 

 

Fica aqui um forte abraço para todo o pessoal do restaurante e companheiros que se juntaram para nos receberem como só eles sabem.

 

 

Depois, uma chegada ao recinto com antecedência permitiu ver a envolvência do estádio do Moreirense. Muito rústico, ambiente campestre e um estádio bem à medida do clube e da região. Bonito cenário para um fim de tarde a beber umas cervejas, encontrar outros benfiquistas, meter a conversa em dia e apanhar um sol generoso num autêntico dia de verão.

Tudo perfeito para o mais importante, o jogo do Benfica.

Surpresa na equipa com a presença de Grimaldo na esquerda e o regresso de Fejsa. Rafa jogou à frente do espanhol e a equipa do Benfica apresentou o seu melhor 11, ou perto disso.

Aquele jogo do Algarve ainda está muito fresco na minha memória, portanto eu ia preparado para uma partida típica de recta final de época, muitos nervos, muita luta, poucas oportunidades e sofrer.

Confirmou-se tudo. O Benfica voltou a não conseguir mandar no jogo, tardou em criar oportunidades e mostrar a sua superioridade em campo.

 

Fora do relvado, uma goleada.

Se a meio da semana falei aqui do número embaraçoso de adeptos que acharam que uma meia final da Taça de Portugal era digna de presença, hoje tenho de dizer que o norte do país é todo Benfica. Aqui, o Benfica joga em casa. O apoio vindo de traz da baliza e da bancada central é impressionante, aqui não há desculpas para não ir ver o Glorioso. Bem mereceram os 3 pontos.

A vitória construiu-se um pouco antes do intervalo, bola parada para a área e Mitroglou a fazer o valioso golo a fechar a primeira parte. Muito melhor o resultado do que a exibição.

Na 2ª parte não melhorou, nem o resultado, nem o futebol jogado. Vários sustos na defesa fizeram lembrar a noite negra da Taça da Liga, a falta de oportunidades para aumentar a vantagem, elevou os níveis de ansiedade e nervosismo, dentro e fora de campo. Felizmente, aumentou também a força do apoio vindo das bancadas para os rapazes.

O jogo nunca esteve decidido, foi preciso lutar muito, foi preciso deixar tudo em campo para segurar a preciosa vantagem até ao fim. Basta dizer que o Moreirense termina a partida com o seu guarda redes na nossa grande área a forçar o empate.

Desta vez, o Benfica foi feliz. Conseguiu fazer um golo e manteve a vantagem até ao fim. Não espero nada de muito diferente até ao fim do campeonato. É preciso olha em frente e pensar que só faltam 6 jogos para a equipa fazer história num clube que nunca viveu um tetra. Só isso interessa até ao fim.

A passagem por Moreira de Cónegos foi uma dura batalha, missão cumprida. Concentração no próximo obstáculo.

 

Muita da minha motivação para passar um dia inteiro num carro a galgar quilómetros às centenas, sair cedo de casa e regressar de madrugada, é porque sinto necessidade de estar ao pé da equipa. De evitar seguir o jogo pela televisão, ficar dependente de realizações fracas, comentários enervantes e perder lances de jogo por causa da obsessão dos realizadores com as repetições.

Agora, junta-se mais um factor forte. Enquanto fazemos a viagem de regresso, podemos ir a discutir de forma sã o nosso futebol. Uma rápida espreitadela nas redes sociais faz-me logo desligar o telemóvel e ser poupado a imbecilidades especulativas de génios que vivem num lodo pós futebol jogado que cada vez dá mais asco e vómitos. Árbitros, socos, Canelas, roubos, tudo e mais alguma coisa. Só porque o Benfica ganhou um jogo. Se esta cambada de parasitas de redes sociais, e profissionais de televisão em transformar o bonito futebol num produto mais tóxico que o acidente nuclear de Chernobil em 1986, tivesse que se preocupar com um cenário como este até chegar a casa, passava-lhe logo a vontade de ser imbecil. Infelizmente, a A1 (e todas as outras estradas por onde passam os benfiquistas) nestes dias são um exclusivo para adeptos que tentam seguir o clube do seu coração longe do ruído ensurdecedor que polui todo o futebol.

A chatice é que falta imenso para voltarmos a ter o Benfica no relvado para mais um jogo, até lá o tempo e o espaço é todo dos profissionais do nada.

Fica para a história mais uma mitica viagem ao norte cheia de benfiquismo.

 

 

Conversas à Benfica

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O Conversas à Benfica é um projecto do Sérgio Engrácia. Trata-se de um ideia muito simples e eficaz, convidar um benfiquista para uma sessão de conversa sem filtros com ele. Tudo gravado e depois partilhado no YouTube. Tive a honra de ser o primeiro e por isso partilho aqui a primeira sessão. Bom para se ver e ouvir num domingo, por exemplo.

Mas o mais importante é que subscrevam o canal, sigam as actividades e ofereçam todo o carinho a esta iniciativa.

Isto é Benfica:

 

Finalmente, a Oficialização da Santa Aliança!

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 Chegou o dia que a estratégia passou para o papel. Sou do tempo em que o Porto vencia quase sempre o campeonato e deixava o Sporting ficar com o 2º lugar, isto enquanto os seus dirigentes diziam coisas lindas na imprensa desejando o regresso de um Benfica forte porque o futebol português precisava que o Sport Lisboa e Benfica voltasse a ser importante. Nem foi há muito tempo. Enquanto tentavam tudo para acabar com o Benfica, diziam que desejavam o contrário.

Eu sempre apontei o dedo a esta estratégia, por isso vou guardar hoje com carinho estes recortes que aqui publico da imprensa desportiva enquanto relembro o dia em que escrevi outras coisas.

 

Para quem não acompanha o blog há mais tempo, deixo aqui uma amostra do que sempre disse sobre esta Santa Aliança.

Entretenham-se:

 

O Sporting pedia a despromoção do Benfica ?

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 É uma fixação/sonho que existe em Alvalade há muito tempo, portanto o Bruno nem está a fazer nada de original. É mais do mesmo.

Nem sou eu que o digo, basta recordar o que contou João Rocha, um sportinguista que foi uma referência naquele clube e que aprendi a respeitar, numa célebre entrevista ao Record:

 

Em entrevista ao Record, João Rocha, ex-presidente do Sporting, denunciou um acordo obscuro entre José Roquette e Pinto da Costa, que tinha como objectivo afastar o Benfica dos primeiros lugares... Vozes leoninas discordaram e as pessoas sérias do clube de Alvalade ficaram indignadas...

 

Eis uma parte da entrevista de João Pedro Abecassis

 

RECORD – Lembro-me que durante o mandato de José Roquette,você se revoltou com acordos que nunca ficaram esclarecidos, nomeadamente entre o Sporting e o FC Porto. Quer revelar pormenores em relação a isso?

 

JOÃO ROCHA – Havia um projecto com o FC Porto que era muito prejudicial para o Sporting. Era mesmo inqualificável. Insurgi-me num Conselho Leonino e numa assembleia geral. Era um projecto gravíssimo que só podia sair da cabeça de um indivíduo sem responsabilidades. José Roquette dizia que era um projecto válido, porque era a única maneira de Sporting e FC Porto estarem sempre representados na Liga dos Campeões.

 

Esta ânsia de acabar com o Benfica é só mais uma vontade hooliganesca agora recuperada pelo actual Presidente. Dedico estes momentos a todos que sempre criticam textos irónicos sobre aquele clube neste espaço. São muito dignos do nosso respeito, é isso.

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