Entradas: Christian Fuchs (Schalke), Robert Huth (Stoke), Shinji Okazaki (Mainz), N'Golo Kante (Caen), Yohan Benalouane (Atlanta)
Saídas: Chris Wood (Leeds), Esteban Cambiasso (free)
O Leicester passou toda a época nos últimos lugares da tabela e poucos acreditavam que poderiam evitar a descida. Numa recta final alucinante e milagrosa, o treinador Nigel Pearson conseguiu a proeza de manter as raposas entre os grandes. A maior surpresa veio depois, Nigel Pearson foi despedido e entrou para o seu lugar o veterano Claudio Ranieri.
Pior que a saída de Pearson, devido a escândalos extra futebol segundo a imprensa inglesa, é a partida de Esteban Cambiasso, o esteio do meio campo azul. Agora Ranieri terá uma tarefa muito complicada para resolver. Foi ao mercado buscar jogadores que dão garantias atrás como Fuchs ou Huth e à frente como Okazaki que brilhou na Bundesliga pelo Mainz. Mas no meio continua a sentir-se a falta do argentino. O 11 deverá ser Schmeichel, Wasilewski, Huth, Morgan e Fuchs, Mahrez, King, Drinkwater e Schlupp, Vardy e Okazaki, havendo ainda Ulloa e Kramaric para o ataque. A ver se a equipa dos Kasabian consegue a manutenção outra vez.
Craque: Jamie Vardy
Chave: Robert Huth
Isto foi escrito em Agosto quando lancei aqui um guia da Liga inglesa que a BTV ia transmitir. Isto foi o que escrevi na altura sobre o campeão. Ninguém esperava tal feito. Agora é seguir os passos do Nottingham Forest e vencer a Champions na próxima época.
Mais uma brilhante página escrita nesta campanha 2015/16 com o apuramento para a final da Taça da Liga conseguido com uma equipa em gestão de esforço.
Este triunfo será recordado para sempre como a noite em que ganhámos ao Braga ao mesmo tempo que o Leicester se sagrava campeão inglês, uma odisseia que a BTV acompanhou desde o verão.
Isto de não abdicar das competições tem a vantagem de ficarmos sempre mais perto de sermos felizes. Em vez de lamentarmos o calendário carregado e arranjar desculpas, procuram-se alternativas e soluções para sermos cada vez mais ganhadores.
Uma das enormes evoluções do Benfica nos últimos anos explica-se por noites como esta, a determinação em vencer todas as competições é transversal a todo o plantel e o compromisso de ir o mais longe possível tem deixado a equipa sempre mais perto de conquistar provas. É preciso é estar nos momentos das decisões para sermos felizes. Às vezes não acaba como queremos mas a vida é mesmo assim. Sabemos é que para podermos sonhar com os momentos felizes temos que fazer por isso e não abdicar de umas carreiras por causa de outras.
Hoje, Rui Vitória escolheu um onze equilibrado e inteligente para defrontar um Braga na sua máxima força e que vinha com tudo para se apurar para a final.
Ederson manteve-se na baliza, faz sentido porque não é uma posição de desgaste e Júlio César mantém-se lesionado. Sílvio na direita, a cumprir serviços mínimos, Grimaldo na esquerda a prometer um futuro simpático, Luisão no meio, o grande regresso à equipa e o, já indiscutível, Lindelof a manter o ritmo certo ao centro.
Renato Sanches foi aposta para meia tarde, fruto da frescura da sua juventude que alguns acham que já passou há muitos anos, Samaris também no meio, para fazer descansar Fejsa, Salvio e Carcela nas alas, foram os que menos impressionaram. Pelo menos, na primeira parte. Na frente, Raul Jimenez e Talisca.
O Braga começou logo mal ao trocar a ordem de ataque da equipa do Benfica. Obrigou-nos a atacar para sul primeiro, uma rábula que costuma custar caro a quem a pratica.
Esperava-se que o Braga voltasse a entrar forte, como no jogo do campeonato, e que, até, tivesse mais posse bola procurando tirar proveito da falta de rotinas colectivas do Benfica.
Não entrando muito forte, esteve mais na expectativa e confortável atrás a controlar o jogo, o Braga acabou por chegar à vantagem com um grande golo de Rafa que apanhou a bola na esquerda e fugiu para o meio acabando por fazer um remate muito colocado a dar golo.
Esperava-se que o Braga embalasse para uma grande exibição na Luz.
Como é diferente o comportamento das equipas em competições diferentes. Hoje, a equipa do Braga só recorreu a perdas de tempo durante o jogo em condições que podemos considerar normais, quando se apanhou a vencer.
Rui Vitória para a 2ª parte chamou Jonas. Tirou Renato e recuou Talisca. Depois lançou Gonçalo Guedes e ganhou qualidade nas alas com a mudança de Carcela para o lado de Salvio que saiu. O treinador do Benfica quis dar a volta ao resultado negativo, as pouco mais de 24 mil pessoas na Luz acreditavam num desfecho positivo e apoiaram a equipa para uma reviravolta que premeia o esforço do Benfica e castiga a apatia do Braga.
Jonas fez o empate e o Braga pareceu estar mais preocupado em manter o 1-1 a caminho dos penaltis do que tentar resolver o jogo. O Benfica agradeceu a apatia e a falha de Mattheus que deixou Raul Jimenez isolado para fazer o 2-1.
Quem se pôs a jogar para não perder foi castigado. O Benfica em vantagem soube gerir o jogo e sofrer o último assalto do Braga. Rui Vitória chamou Fejsa para fechar definitivamente a porta do meio campo e aí garantiu o apuramento para mais uma final da Taça da Liga.
Uma grande vitória de um plantel cheio de carácter e motivação O Braga foi uma desilusão.
O Benfica festeja mais uma presença na final da competição na mesma noite que o Leicester festeja o seu inacreditável título, uma odisseia que a BTV acompanhou desde o começo.