José Pereira, Não Tens Nada a Dizer?
A Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) está em silêncio.
Estranho.
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A Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) está em silêncio.
Estranho.
(Fotos: João Trindade)
No lançamento desta jornada, Rui Vitória aproveitou o começo do novo ano para mudar a sua postura na forma de comunicar com a imprensa. Surpreendeu pela positiva ao mostrar fibra em três ou quatro frases bem estruturadas. Não sei qual o efeito que teve no plantel mas sei que a reacção dos adeptos foi muito positiva. Ainda não se tinha vista tal determinação a defender o nosso clube e a sua honra, por isso crescia, ainda mais, a expectativa de ver como a equipa ia dar seguimento aos últimos bons resultados.
O jogo começa de forma imprevisível com o Marítimo a ser obrigado a trocar Salin por José Sá na baliza logo no arranque da partida. O futebol do Benfica não entusiasmava e já se sentia o nervosismo do Terceiro Anel a condenar uma construção de jogo lenta e apática. Só uma oportunidade de Raul Jimenez mexeu com o jogo. De uma bola perdida pelos madeirenses , Jonas desmarcou o mexicano que voltou a mostrar muitas dificuldades na hora da finalização. Quando devia ter picado a bola por cima do guarda redes resolveu rematar com força contra o corpo de Sá. Na 2ª parte quando tentou um chapéu a bola saiu por cima...
Temeu-se que a defesa do guarda redes suplente do Marítimo o inspirasse para uma noite em grande mas Pizzi encarregou-se de provar o contrário. Primeiro com a ajuda de um defesa, depois aproveitando uma defesa incompleta de José Sá. No minuto a seguir, Raul Jimenez vingou-se e fez o 3-0, novamente após uma defesa incompleta do guardião madeirense. Foram cinco minutos à Benfica a resolver de forma repentina um problema que até perto da meia hora de jogo ameaçava complicar-se. Dos primeiros assobios à goleada foi um instante.
Mérito de Pizzi, sempre pronto para agitar o ataque do Benfica e procurando muito a bola. Mérito de Jonas, sempre disponível para recuar, ir à linha lateral e até ao meio campo procurando espaço e linhas de passe. Mérito de Raul que nunca desiste e acabou por ser importante ao assistir e a marcar, apesar de mais uns falhanços incríveis. Mérito de Carcela que tem aproveitado muito bem o tempo de jogo para mostrar qualidades técnicas, velocidade e criar soluções atacantes, coisa rara nesta equipa.
Renato Sanches foi o primeiro a dar o mote, ainda com 0-0, ao tentar levar a bola à força para a frente, enquanto Fejsa não arriscava sair do seu espaço, deixando para Jardel e, especialmente, Lisandro a função de tentarem passes mais longos ou de ruptura subindo um pouco no terreno.
Com 3-0 ao intervalo num jogo a meio da semana entre a deslocação a Guimarães e a viagem para a Choupana, era de esperar que o Benfica abrandasse na segunda parte. Mas dois penaltis aos 51 e 54' deram a possibilidade a Jonas de fechar de vez o jogo, isolar-se na frente da lista dos melhores marcadores e voltar a bisar pelo Benfica. Ao fim de dez minutos da segunda parte a goleada estava consumada. Talisca entrou e marcou um dos seus golos de marca, remata fácil fora da área e bem colocado.
Depois de uma primeira meia hora apática, o Benfica partiu para uma goleada igual à que tinha aplicado ao Belenenses e aumenta o registo de golos marcados. Não saberemos qual foi o clique para um desfecho tão positivo no primeiro jogo na Luz de 2016 que apenas 31 mil adeptos quiseram assistir ao vivo, mas casou muito bem com o lançamento do jogo. Com esta vitória o Benfica encosta-se no 2º lugar da Liga depois do Porto ter voltado a perder pontos.
Mais uma jornada positiva, mais uma recuperação de pontos. Era jogarmos sempre assim como aquele intervalo entre os 29 e 34 minutos da primeira parte para encararmos o próximo jogo de maneira mais sossegada.
No dia de Reis, dia em que o Rei Eusébio passou pela Luz pela última vez, o Benfica brindou o povo com uma goleada à antiga. Eusébio terá sorrido com a bonita homenagem em forma de golos.