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Red Pass

Rumo ao 38

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O Melhor de 2015 Abre 2016

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 Por curiosidade fui ver qual o post mais popular de 2015 aqui no Red Pass. Ente partilhas, leituras e comentários cheguei a este de Maio onde fiz o lançamento da deslocação a Guimarães: 

Respeitar Guimarães e o "Bitória"

Achei piada a coincidência, a viagem mais feliz de 2015 é aquela que abre 2016. Agora com muito menos benfiquistas a rumarem ao D. Afonso Henriques é, na mesma, um bom pretexto para recuperar o texto que mais mexeu com os leitores do blogue durante este ano.

 

Engraçado notar que na sequência da vitória em Guimarães publiquei um outro texto também muito partilhado e comentado chamado:

Agora a Visão de Um Simples Adepto de Futebol

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Com estas boas memórias de 2015 nos despedimos deste ano.

2016 está aí e começa no Minho.

Rumo ao Tri.

Bom ano.

 

 

Datas e Horas Para Jogos do Benfica em Janeiro

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16ª Jornada: SL BENFICA - Maritimo, Quarta-Feira, 6 de Janeiro, 19 horas, BENFICA TV

17ª Jornada: Nacional - SL BENFICA, Domingo, 10 de Janeiro, 20h30, SPORT TV

18ª Jornada: Estoril - SL BENFICA, Sábado, 16 de Janeiro, 20h45, SPORT TV

19ª Jornada: SL BENFICA - Arouca, Sábado, 23 de Janeiro, 18h30, BENFICA TV

 

Taça da Liga, 2ª Jornada: Oriental - SL BENFICA, Terça-Feira, 19 de Janeiro, 15 horas, SPORT TV

Benfica 1 - 0 Nacional: Fechar 2015 a Ganhar

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 (Fotos: João Trindade)

 

O ano 2015 ficará para sempre na nossa memória como aquele em que festejámos um bi campeonato ao fim de mais de 30 anos de espera. Também foi o ano em que ganhámos mais uma Taça da Liga. E ainda, o ano em que brilhámos na Europa com uma vitória histórica em Madrid depois de meia temporada sem jogos europeus.

Isto é tudo muito relativo, claro. Que importância tem ganhar a Taça da Liga? Aparentemente, só metade dos habituais presentes na Luz dão importância à prova. Isto se formos interpretar assim a presença de 20 mil pessoas no último jogo do ano. Na prática, há muitos mais benfiquistas a darem importância a uma Taça que tem enriquecido o nosso museu. Mas quando comparamos a competição agora patrocinada pelos CTT com o feito de vencer dois campeonatos seguidos, percebemos que não tem comparação. Depois, se tivermos a sorte de um dia falar com um benfiquista que tenha ganho duas taças do campeões europeus seguidas, percebemos que os dois campeonatos seguidos também são de importância relativa. Ontem tive a sorte de conhecer o bi campeão europeu Mário João que me fez sentir essa relatividade na comparação dos feitos na história do Benfica.

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O que é sempre certo, é que no Benfica é sempre para ganhar. Se o jogo é oficial e na Luz é para lá estarmos e para ganharmos. Ontem era a estreia na prova que mais alegrias nos tem dado na última década, era, também, o último jogo do Benfica em 2015. Nem que fosse pelo simbolismo da despedida a um ano que nos correu tão bem, era noite de ir à Luz.

Ganhámos e cumprimos a obrigação de somar três pontos no arranque da prova. Houve estreias a assinalar. Ederson na baliza teve oportunidade de brilhar várias vezes, Lindelof ao lado de Lisandro no centro da defesa pode orgulhar-se de sair com a folha limpa, Sílvio como capitão guardará o momento para sempre, Cristante e Carcela a titulares fizeram pela vida. Mais o segundo do que o primeiro, ambos muito melhores do que Talisca que parece querer sair deste elenco.

Qualidade de jogo? Pouca, às vezes nenhuma. Jogo com poucas oportunidades de golo, o Nacional se tivesse sido mais atrevido podia ter saído de Lisboa feliz mas preferiu assustar e ficar na expectativa. Aproveitou o Benfica para ir mantendo a procura de um jogo mais convincente que só aconteceu no último quarto de hora da partida.

Rui Vitória teve mesmo que chamar Renato Sanches, Jonas e Raul Jimenez para dar à equipa a qualidade e objectividade que não se viu até às saídas de Cristante, Talisca e Mitroglou.

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 O mexicano voltou a ser importante e feliz ao apontar o golo da vitória aos 89'. O mérito da equipa foi, mais uma vez, o de não ter desesperado nem desistido de procurar a vitória. A forma nunca foi convincente mas a vontade apareceu.

Se o jogo não foi melhor, se alguns jogadores não souberam aproveitar a oportunidade para mostrar mais, é um problema que o treinador tem que avaliar e que não pode cair no esquecimento por um golo tardio.

 

Manuel Machado no final do jogo confessou o seu espanto para com o entusiasmo dos 20 mil adeptos benfiquistas nas bancadas apesar da fraca qualidade do jogo. Não percebi se foi para picar o seu companheiro de profissão, desconheço se também tem desavenças antigas com Rui Vitória, ou se foi para nos chamar de pouco exigentes. Meu caro professor, havia de ter vindo à Luz na 2ª mão daquela eliminatória com o Celta e apreciar os primeiros minutos de jogo quando na minha bancada se acreditava que marcando cedo ainda dávamos a volta aquilo... Isto agora é para meninos, professor.

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Fechámos o ano com um sorriso devido ao golo tardio de Raul Jimenez, ganhámos o último jogo do ano, entrámos na competição com o pé direito. Tudo em modo de serviços mínimos, é certo, mas o objectivo está cumprido. Agora é virar o ano, apontar baterias para o Minho e pensar em começar 2016 em grande. Já comprei bilhete para o jogo com o Vitória, é em Guimarães que a equipa tem de nos mostrar ao que vai para o resto da temporada.

 

Agora é altura para uma divertida passagem de ano e ganhar forças para os desafios de 2016 para que seja mais um ano à Benfica.

E Datas, Liga?

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A partir de 2 de Janeiro não fazemos ideia de dias e horas dos jogos do Benfica no campeonato nacional. Será pedir muito ao pessoal da Liga que se junte e oriente isso para organizarmos a nossa vida?

Obrigado

“Best Academy of the Year”

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O SL Benfica foi, este domingo, distinguido com o prémio “Best Academy of the Year” na sétima edição dos Globe Soccer Awards, que decorre no Dubai até segunda-feira. A representar o SL Benfica esteve o presidente Luís Filipe Vieira que subiu ao palco no Hotel Madinat Jumeirah Resort, onde recebeu das mãos do treinador Fabio Capello o prémio pelo trabalho desenvolvido no Caixa Futebol Campus.

Um Manto Sagrado Vindo dos Anos 80

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Por esta altura na década de 80 o que mais desejava era ter uma prenda que me parecia sempre inalcançável. Sonhava todos os anos, falo de 1980 a 1989, em receber, quase que como por magia, uma camisola do Benfica. Mas não era uma camisola qualquer. Queria a camisola oficial, como se dizia na altura. Pode parecer estranho nos dias de hoje que já tivéssemos vivido num tempo em que o clube não tinha uma grande loja onde vendesse a camisola da equipa de futebol mas aconteceu. O objecto do manto sagrado era de tal maneira cobiçado que todos nós víamos a grande , e única, oportunidade de ter um quando se invadia o relvado no final das épocas. A loucura atrás dos jogadores era tanta que as camisolas acabavam completamente rasgadas. Ninguém conseguia exibir no dia a seguir uma camisola inteira, mostravam-se pedaços orgulhosamente guardados após árduas lutas.

 

Nas lojas de artigos desportivos em Lisboa havia camisolas do Benfica para venda mas nem se podia chamar aquilo de réplicas. Eram tentativas de aproximar ao que a Adidas fazia. Isto explica alguns fenómenos daquela década. A atracção que todos os miúdos que gostavam de futebol tinham por camisolas de clubes estrangeiros, por exemplo. Sempre que um adulto viajava pela Europa conseguia facilmente comprar camisolas dos maiores clubes que conhecíamos das competições europeias. Era mais fácil vermos equipamentos do Real Madrid, Bayern, Liverpool, etc, nos jogos de rua do que de clubes portugueses. Lá fora já havia sensibilidade para a venda de equipamentos e o cuidado com os pormenores porque já havia fortes patrocínios nas principais equipas. Por cá, até foi o Porto o primeiro a ter e a causar alguma inveja entre nós. A camisola azul e branca com Revigrés na frente era o que mais se aproximava ao que víamos no estrangeiro.

Quando o Benfica aparece com a Shell na camisola foi a loucura. Um orgulho porque sentíamos o clube a ficar moderno. As voltas que o mundo dá... Passados vários anos e alguns patrocínios depois vemos que se chegou a andar em guerra com o marketing do clube por causa do azul da TMN ou os quadrados coloridos da PT. É sinal que a exigência continua a ser uma boa base de orientação dos benfiquistas.

 

Voltando aos anos 80, nunca consegui ter a tal desejada camisola oficial. Tive algumas que eram só parecidas e até valiam logo reprimendas dos companheiros de jogo na rua. As crianças são muito cruéis e dizem tudo sem filtros. Quando apareci a jogar com uma camisola a dizer Fnac no parque de estacionamento do centro comercial Fonte Nova, ouvi das boas. Não era adidas portanto não fazia sentido usar aquilo. Deixei de usar.

 

O futebol progrediu em Portugal, de repente passámos a estar ao nível do topo europeu no que diz respeito a qualidade de estádios, de exploração de marketing e patrocínios. Hoje qualquer pessoa pode comprar a camisola oficial do Benfica. A primeira e a segunda. A adidas ou a réplica mais barata na megastore do Benfica. Deixou de ser um desejo impossível. Passou a ser um capricho caro mas concretizável. Perdeu-se a magia. Já não há invasões de campo atrás das camisolas, agora os jogadores atiram para a bancada quando estão bem dispostos ou oferecem aos putos das cartolinas à boca do túnel. Não é pior nem melhor, é diferente.

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 Esta época comprei a camisola oficial branca. Tinha saudades de um manto sagrado assim, simples e tradicional. Gosto de o vestir mas ainda penso naquela camisola adidas vermelha, com o símbolo antigo da marca, o número às riscas branco nas costas, o emblema antigo na frente e a Fnac com o A em modo de estrela. Há pouco tempo o Benfica passou a vender réplicas destas camisolas dos anos 80. Finalmente. Mas ainda não é bem a mesma coisa, falta o logo da adidas.

 

Foram precisos muitos anos para alinhar várias amizades sólidas e o Benfica é sempre um importante dominador comum. Por causa deste blog tive a sorte de começar a conhecer mais de perto alguns profissionais que sempre admirei da rádio, da televisão, da música, do futebol, do jornalismo, etc. Autênticas referências que se tornaram acessíveis por causa do Benfica. É esta também a magia de pertencer à tal família benfiquista.

Uma das pessoas que mais tinha receio de conhecer era o Pedro Ribeiro. Sempre gostei da boa disposição dele, dos relatos de futebol, da apresentação de concursos e no Curto Circuito, das piadas ribeirinhas, dos comentários de futebol no canal de desporto e , claro, do enorme trabalho à frente da Rádio Comercial. Tinha receio que acontecesse aquilo que leva os ingleses a dizerem: never meet your heroes.

Ora, o Pedro é tudo aquilo que mostra profissionalmente e ainda mais atento, sensível e amigo quando permite uma amizade mais próxima. Já me tinha surpreendido numa parceria com a minha irmã quando me ofereceram um manto sagrado de Cardeuz autografado pelo plantel, e com outras ofertas sempre desarmantes.

Este Natal fica marcado pela chegada à minha mão da camisola vermelha da adidas com fnac na frente e o número 5 atrás. O Pedro Ribeiro surpreendeu-me assim com a oferta da camisola mais desejada desde infância. O ciclo agora fica completo, posso arranjar uma moldura para guardar tão valioso manto sagrado. Só quem é da nossa geração pode perceber a emoção e alegria que é receber algo assim. O Pedro sabe e é daquelas pessoas que não luta só pela sua felicidade porque só está realmente feliz quando vê os seus felizes.

Queria partilhar este oferta tão especial com os benfiquistas, e não só, que seguem as minhas prosas porque tenho a certeza que muitos deles compreendem e partilham estas emoções de gestos tão especiais.

Bom Natal, Viva o Benfica!

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