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Sejam bem vindos ao futebol português onde uma faixa (que entra em todos os estádios) de um momento para o outro é proibida de entrar mas onde as cores do equipamento do guarda redes do Beira Mar pode ser igual ao do árbitro e auxiliares sem que ninguém se importe com isso. Bem vindos ao futebol português onde se impede de entrar uma bandeira que costuma entrar noutros estádios mas permite-se que um insuflável do patrocinador da competição tenha ar suficiente para tirar a visão a adeptos na bancada que pagaram para ver o preto da zon/sagres.
Como só me dou ao trabalho de passar um sábado nas autoestradas deste país fazendo o eixo Lisboa-Aveiro-Lisboa pelo Benfica e pelos amigos benfiquistas que aproveitam estes jogos para se reunir à mesa e degustar do que de melhor a gastronomia portuguesa tem para nos dar, ante dos jogo começar já a viagem estava ganha com a qualidade superior dos rojões que por lá comemos.
Importava que o jogo corresse bem para que o fantasma do almoço de há um ano por alturas de uma negra ida ao Dragão ficasse já morto e enterrado ali. Aquele restaurante não dá azar, como se viu hoje, o que dá azar é inventar jogadores em novas posições.
Felizmente que hoje foi mais um dia de verão e a anunciada tempestade esperou que os benfiquistas fizessem as suas viagem para mais um jogo de grande apoio.
Hoje não fizemos a exibição convincente que estamos acostumados. Houve mais luta que arte, houve mais raça que técnica, houve mais sobrevivência do que exibicionismo. Estas vitórias também são muito importantes nestes ciclos em que a equipa tem mais jogo em menos tempo. Ainda há um semana estava no Algarve a disputar a Taça e hoje já estivemos a lutar por 3 pontos depois da bela noite europeia de Basileia a meio da semana. Foram 3 jogos sem golos sofridos, tanto que se preocupam com os nossos golos sofridos e neste ciclo nem um para amostra.
Foi uma vitória importante num estádio que não tem sido fácil para quem lá vai, assim de repente estou a lembrar-me de dois empates a zero que outras equipas consentiram lá já esta época, se bem que uma delas na ocasião em que o Feirense foi anfitrião.
A aposta hoje passou por Ruben na direita, Matic ao lado Witsel no meio, Cardozo e Saviola de volta ao onze, apoiados por Bruno César e Nolito. Só na segunda parte entrou Gaitán, Aimar e mais tarde Javi.
O golo foi um lance caricato do guarda redes da casa que chutou uma rosca que Cardozo mais uma vez resolveu aproveitar com um só toque. Coisa aparentemente fácil mas que passou pelo acreditar rápido de Takuara, posicionamento perfeito para dar na bola um só toque de cabeça e assim fazer um golo que valeu 3 pontos. É óbvio que Cardozo tem de ser criticado, fazer golos assim é uma vergonha. Devia ter parado a bola e tentado uma bicicleta ou voltado para trás e fintar 3 ou 4 antes de fazer golos. Assim também eu...
Este lance apareceu já muito perto do intervalo e veio condicionar o resto do jogo.
Na 2ª parte o Benfica não foi capaz de arrumar a questão fazendo o 2º golo e acabámos por ter uma réplica daquilo que se viu na Roménia. Uma gestão de bola convincente mas sempre com aquela tensão de que podia aparecer um golo adversário numa bola parada ou numa desconcentração rara que a dupla Luisão e Garay teima em não cometer, sempre com Rei Artur atento na baliza.
Vitória suada muito importante que nos permite esquecer por uns dias este futebol português porque agora não interessa o que os outros fazem. aconteça o que acontecer ninguém nos vai ultrapassar portanto o melhor é esperar pelo próximo jogo da Luz.
Um forte abraço à turma de Vila Nova de Foz Côa que brindou a inacreditável seca que se apanha naquele parque de estacionamento no fim do jogo onde se demora mais de uma hora para sair, com uma farnel dos fortes, carne assada em barda e pão do dia para acompanhar. Grandes benfiquistas.
Missão Aveiro cumprida na perfeição!