Jorge Jesus convocou vários jogadores da formação para compor a convocatória para o jogo com o Celtic, que se realiza a partir das 00.30 horas de quinta-feira, em Toronto (Canadá).
Roderick, Tiago Ramos, Diogo Figueiras, Ruben Pinto e Nélson Oliveira foram os eleitos para integrar a comitiva, que esta manhã iniciou a longa viagem até ao outro lado do Atlântico.
Luisão, Ramires, Cardozo, Nuno Gomes, Miguel Vítor e Fábio Coentrão, Urreta e Mantorras estão ao serviço das selecções, pelo que não serão opção para defrontar o Celtic.
O brasileiro Filipe Menezes, último reforço dos encarnados para esta época, não seguiu viagem por não ter conseguido o visto em tempo útil.
Lista de convocados Guarda-redes: Moreira e Júlio César; Defesas: Shaffer, David Luiz, Luís Filipe, Sidnei, Roderick, Tiago Ramos e Diogo Figueiras; Médios: Ruben Amorim, Javi García, Di María, César Peixoto e Ruben Pinto; Avançados: Saviola, Keirrison e Nélson Oliveira.
Estive na Luz em 94 quando ganhámos ao Famalicão por 8-0. Era o Luís Vasco o guarda redes da equipa nortenha, e se não me engano houve 2 autogolos nessa noite. Mal sabia eu que aquela goleada era uma espécie de fecho de ciclo glorioso e que nos 15 anos seguintes jamais a Luz (a antiga e a nova) teriam uma noite assim.
Ontem ao ver o resultado em 5-0 aos 37´comecei a puxar pela memória para me lembrar de uma noite assim. Lembrei-me dos 0-6 no Funchal , e depois só parei precisamente nos 8 contra o Famalicão jogo que me lembro perfeitamente de ver na Luz.
Ir para o intervalo com 5-0 é fantástico. Mas mais fantástico é sentir a nossa Luz a pulsar alegria numa segunda feira à noite em que mais de 40 mil adeptos foram ao estádio. É claro que ontem tudo nos saía bem, ao contrário de tantos e tantos jogos que esbarramos nas teias defensivas, e nos postes, e às vezes noutros factores. O Benfica precisava de uma noite assim, os adeptos mereciam uma noite assim. Imagino que os outros, aqueles que são do maior clube de Portugal a seguir ao Benfica, o Anti-SLB, tenham abandonado as imagens da RTP ao fim de 20' de jogo. Fizeram mal, pelo menos os poucos que gostam de futebol, porque além do bom futebol praticado houve magia pura com um golo inesquecível de Pablo Aimar, daqueles que valem o preço de um bilhete.
Ao intervalo discutia com outros companheiros de bancada se alguma vez tínhamos visto um 5-0 ao intervalo e dizia-se que isto devia ser coisa dos tempos do Eusébio. Até que a minha avó liga-me para dizer, entre muitos sorrisos, que nem ela se lembrava de tal festival de golos! Pronto, se nem a avó Ilda se lembra é porque estávamos mesmo perante uma noite daquelas que perdurará na memória.
Gostei muito que o Benfica não tenha abrandado o ritmo na segunda parte. Vamos ter agora muitos dias sem campeonato e por isso era bom ficarmos com uma goleada na cabeça. E o facto de o adversário ser o Vitória de Setúbal fez com que todos os benfiquistas exigem-se mais e mais golos. O Vitória é um adversário tradicionalmente complicado, tem um historial recente de ligações ao clube da fruta do norte,e é treinado por uma espécie de treinador que era o escolhido por uma espécie de associado do Benfica candidato a Presidente para treinar o nosso clube. Temo pela saúde mental de Bruno Carvalho. Temo pela auto estima de Carlos Azenha.
Há noites assim, a história do nosso clube está recheada de noites assim. Ontem por 90' voltei a sentir o gigante Benfica que aprendi a amar desde tenra idade. Mas foram só 90'. Daqui até ao jogo de Belém volta tudo ao zero e temos de começar tudo de novo para conquistarmos mais 3 pontos com a certeza que esta equipa do Benfica está forte. Mas forte mesmo.
