O árbitro suíço, Claudio Circhetta, foi apontado pela UEFA como o juiz da partida do Vorskla Poltava – Benfica, a contar para a segunda “mão” do play-off de apuramento para a fase de grupos da Liga Europa, agendada para esta quinta-feira.
Francesco Buragina e Manuel Navarro serão os auxiliares de Circhetta na partida na Ucrânia, para onde os “encarnados” partem com a vantagem de 4-0.
Uns 700 Km num domingo para ir apoiar o Benfica ao Minho. É nestas vitórias arrancadas a ferros que as horas de regresso a casa passadas na A1 não custam muito a passar. E uma pessoa vem a pensar que aquilo foi tão difícil que se tivesse ficado em casa se calhar a bola não entrava. Todos os que lá fomos pensamos individualmente que se não fosse a nossa garganta a incentivar a equipa o golo não tinha chegado. Quando a 67 km de Lisboa passamos pelo lindo autocarro do Benfica acenamos para Nuno Gomes e Jorge Jesus com a cabeça fora do carro como que a agradecer terem nos dado razão em ir e vir a Guimarães no mesmo dia, deixado a família em casa e ir desafiar o sempre quente ambiente que rodeia aquele estádio.
A nossa equipa não está a jogar tão bem nos jogos a sério como nos habituou nos de preparação. No entanto há ali uma alma que nos faz acreditar. Há um querer de vitória e uma atitude que nos agrada. Na primeira parte vi algumas oportunidades falhadas, um golo anulado a Cardoso, e uma perdida escandalosa do Aimar. Mas não vi o Benfica a dominar o adversário porque o Vitória foi sempre perigoso e a jogar naquele estádio são uma equipa muito forte e motivada e lutam sempre.
Ao intervalo confirmou-se que Saviola ontem esteve ausente do jogo, mas Keirrison não aproveitou e nada fez que confirmasse o entusiasmo à sua volta. Na altura em que o Benfica estava a atacar em peso Flávio Meireles mete a mão na bola após um canto de Di Maria. Penalti tão escusado quanto evidente. O que não entendo é o que se passa com Cardozo. Em 3 penaltis falha dois? Um jogador que nunca falhou desde que chegou ao Benfica nas últimas semanas desaprendeu? Isto tem que ser estudado!
A verdade é que aquela magnifica bancada atrás da baliza para onde o Benfica atacava nunca se calou, nunca deixou de apoiar, ninguém queria regressar a Lisboa com um empate, era preciso acreditar. E quando vi Fábio Coentrão olhar para a área segui-lhe o olhar. Fixei-me em Cardozo, Luisão e David Luís. Devo ter seguido o pensamento dos jogadores do Vitória que marcavam duramente os óbvios. Esqueceram-se do nosso fininho, o Ramires. Que bela impulsão, que épica cabeçada! Que festança naquelas bancadas. Mais um momento daqueles que entram para a memória grata de idas a estádios de futebol. O jogo deste ano em Guimarães ficará para sempre como o da cabeçada do Ramires aos 89'. É disto que procuramos todas as semanas. Emoções. Grande Ramires. Força Benfica!