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Red Pass

Rumo ao 38

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Benfica 3 - 1 Chaves: Bonito, Emocionante e com Final Feliz

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 Jogo 23 no campeonato e a pressão de sempre. Jogar primeiro que o rival, não poder vacilar, lidar com a ausência de Fejsa, gerir os "amarelados" Pizzi e Nelson Semedo, escolher um "6" e um companheiro para Mitroglou.

Tudo resolvido com eficácia. Samaris avançou para a titularidade, Rafa jogou na frente, Pizzi não viu amarelo mas Nelson Semedo não vai a jogo em Santa Maria da Feira.

A novidade nesta jornada foi o adversário. Uma boa novidade, diga-se. O Chaves regressou ao Estádio da Luz para um jogo de campeonato após a despedida da divisão maior em 1999, na altura o Benfica venceu com Shéu Han como treinador.

A equipa transmontana confirmou a excelente época que tem vindo a fazer, apresentou um futebol vistoso, atraente e muito positivo neste duelo com o líder da prova. Acrescente-se o apoio de dois mil adeptos na bancada e só posso elogiar o clube que nos anos 80 me fez vibrar com o seus jogos europeus. Que volte às provas da UEFA em breve.

 

O Benfica esteve à altura do momento, percebeu que ia ser preciso levar muito a sério uma partida muito bem disputada. Na primeira parte, sem deslumbrar, o Benfica foi construindo o suficiente para justificar a vantagem no marcador. Foi o inevitável Mitroglou a fazer o 1-0 e a dar uma falsa ideia de tranquilidade para o resto da noite. É que perto do final da primeira parte o Chaves conseguiu mesmo empatar com um belo golo de Bressan, que já tinha feito o mesmo pelo Rio Ave uma época antes e na outra baliza.

 

(Fotogaleria de João Trindade)

 

Ao intervalo havia sinais de impaciência na bancada porque sentia-se que o problema estava longe de estar resolvido. Parte da solução foi fazer entrar Jonas e encostar Rafa na esquerda, passando Zivkovic para o lado direito de onde saiu Salvio.

A equipa de Rui Vitória entrou bem na 2ª parte, ciente que era obrigatório marcar rápido para não tornar o jogo ainda mais complicado. Uma bela jogada colectiva acabou nos pés de Rafa com êxito.

Samaris bem na abertura para Nélson Semedo que cruzou para o golo de Rafa.

A época que Nelson Semedo está a fazer é absurda de tamanha qualidade. Ontem duas assistências e mais uma exibição incrível. O menino está feito um senhor defesa direito.

Mais tarde Pizzi foi trocado por Felipe Augusto para refrescar o meio campo. Mas a verdade é que com o resultado em 2-1 o jogo esteve sempre perigosamente aberto. Foi nessa fase que a equipa de Ricardo Soares assumiu a posse de bola, chegando mesmo a encostar o Benfica no seu meio campo. Muita irreverência individual, mudanças tácticas e substituições com vontade de mexer e melhorar o jogo e o Chaves sempre ameaçador a construir jogo sem complexos.

 

Uma boa exibição dos flavienses que eu bem dispensava. Porque em casa eu quero é sossego e monotonia, como bem sabem. Gosto de ver bom futebol mas é da minha equipa e nas outras partidas. O bom futebol do Chaves deixou-me nervoso até ao segundo golo de Mitroglou. O grego entrou em modo Deus. Tudo o que faz, faz bem. Está com tanta confiança que sente que é o melhor avançado do mundo, está com uma eficácia incrível e está a ser o nosso Jonas desta época. Com a vantagem do próprio Jonas estar por ali a espreitar o regresso à sua melhor forma. Esta dupla no auge da forma é coisa para me fazer sorrir enquanto espero pelos próximo desafios.

 

Excelente vitória, belo jogo com mais de 50 mil nas bancadas da Luz. O fim de semana está ganho.

 

113.º Aniversário do Sport Lisboa e Benfica

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 Programa

 

- sábado, dia 25 de Fevereiro, Pavilhão 2, Estádio do Sport Lisboa e Benfica

9h30 - Cerimónia de Entrega de Anéis de Platina e Emblemas de Dedicação aos Sócios

 

- terça-feira, dia 28 de fevereiro

15h00 - Inauguração Benfica Megastore – Estádio do Sport Lisboa e Benfica

Notas adicionais:

Loja do Clube totalmente renovada onde se destacam as seguintes áreas:

- zona de interatividade de fotos;

- zona de gaming;

- zona de personalização de camisolas atuais e históricas

 

16h00 - Inauguração Monumento de Homenagem a Cosme Damião - rotunda sul da Avenida Machado Santos, junto ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica

 

Presenças:

- Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira;

- Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina;

- Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, António Cardoso,

- Familiares de Cosme Damião e diversos convidados onde se destacam algumas glórias do Benfica.

Braga 0 - 1 Benfica: Mitroglou Factura no WC de Jorge Simão

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 Roses are red

Violets are blue

e quem ficou com a miúda

foi o Mitroglou

 

Comecemos por responder à conferência de imprensa de Jorge Simão antes do jogo da Pedreira. O infeliz treinador do Braga meteu a martelo uma história popularizada pelo argentino Jorge Sampaoli, actual técnico do Sevilha, para falar da posse de bola. O conto do Jorge Simão terminava no WC. Ora, já se sabe desde a época passada o quanto Mitroglou gosta de ir ao WC. Foi um passo arriscado do treinador minhoto que só podia acabar mal.

Parece-me que Simão precisará mais do que histórias alheias para explicar a sua inaptidão em colocar o Braga a jogar um futebol ofensivo de acordo com as expectativas de adeptos e direcção de um clube que aponta para, pelo menos, o 3º lugar na Liga.

Estava Jorge Simão a preparar a imprensa, que o adora, para um jogo de contenção e defensivo, ao seu estilo, na esperança de ir aguentando um empate, ou num golpe de sorte um triunfo que seria um precioso balão de oxigénio.

 

Pegando na quadra mais popular desta semana nas redes sociais, respondemos ao Simão com a solução para sua história. No dia dos namorados choveram partilhas de versos começados por Roses are red e terminados em Mitroglou. Pois bem, o grego anda de tal maneira inspirado que prolongou o estado graça até ao Minho e resolveu um desafio bem complicado.

 

O Benfica chegou a Braga sem Ederson, expulso a meio de um jogo resolvido com o Arouca na Luz, sem Jonas, lesionado, em 2º lugar depois de ver o Porto resolver o seu jogo com o Tondela de forma surreal, como disse Pepa, e com o ambiente hostil que há muito as gentes de Braga tentam imitar de outros lados.

Para piorar o cenário, hoje tivemos um penalti sobre Salvio por assinalar e um golo mal anulado a Mitroglou. Felizmente, houve forças para marcar um que não pudesse ser invalidado. Na garra, na insistência, com fortuna, com sentido de baliza e com determinação, assim foi o golo de Mitroglou. Uma jogada que valeu 3 pontos.

 

O objectivo foi cumprido mas agora tem de haver espaço para, do cimo da nossa liderança, interrogarmos o que se anda a passar no futebol português desde a visita da claque do Porto ao centro de treinos dos árbitros no norte. A conversa de termos de jogar o dobro para assim podermos ultrapassar barreiras exteriores é muito linda e comovente mas é do domínio do surreal, para repetir Pepa. Não temos que andar a conviver com penaltis não marcados, golos sofridos irregulares, golos mal anulados e expulsões de fiscais de linha e cruzar os braços pedindo aos nossos jogadores que joguem a dobrar porque isso não é justo nem possível.

 

Tal como na época passada, o Benfica voltou a entrar na Pedreira sem estar na liderança mas saiu com uma vitória muito saborosa e moralizadora. Foi apenas mais uma barreira ultrapassada mas temos de olhar para o que não correu tão bem. Olhar para dentro e para fora. É essencial.

Sigamos o nosso caminho. Quanto ao Jorge Simão, depois disto duvido muito que chegue ao final da época com este trabalho. Depois terá tempo para ler mais histórias.

 

 

Benfica 1 - 0 Borussia Dortmund: Ederson Lendário!

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 É de noites destas que se fazem lendas. A exibição do guarda redes do Benfica foi soberba, a Europa do futebol ficou a conhecer  o valor do jovem brasileiro Ederson que segurou uma vitória épica do Benfica.

 

Claro que é injusto colocar o foco apenas na baliza quando a equipa fez um jogo de resistência tremenda e soube marcar um golo que deixa a nação benfiquista a sonhar com uma proeza daquelas à altura do passado europeu glorioso do clube.

Luisão fez um jogo monstruoso, Nelson e Eliseu foram incríveis nas alas, Fejsa foi incansável no meio e Mitroglou fez explodir a Luz com o seu oportunismo. Toda a equipa esteve bem quando se olha para o poderio do adversário.

 

Durante muito tempo tive o sonho de jogar no Benfica. Depois o tempo passa e aos poucos passei a olhar para o banco de suplentes e a desejar um dia estar ali a treinar a equipa. Se me dessem essa oportunidade, eu escolhia a noite de ontem para realizar esse sonho.

Eu acompanho tão de perto a Bundesliga, gosto tanto do futebol germânico, selecção incluída, e vejo tantos jogos do Borussia que sentia-me capaz de desenvolver uma táctica e escolher uma equipa para lutar com os amarelos. Até à hora do jogo passei horas a discutir sobre o modo como Tuchel viria jogar na Luz e , ao mesmo tempo, desenvolvia a minha ideia de jogo para surpreender o Dortmund.

Como é possível ignorar a magia destas noites europeias, da adrenalina de termos de lutar contra clubes de uma dimensão financeira de outro planeta que não o nosso? Foi em noites como esta que o Benfica se fez Glorioso aos olhos do mundo. O Benfica tem que ser sempre Campeão Nacional, certo. Mas também tem que andar nesta alta roda europeia para que no dia seguinte a cada jornada, o seu nome seja falado em todo o lado.

 

(Fotogaleria de João Trindade)

 

Voltando ao sonho de ser treinador por um dia. Ainda bem que não passa de um sonho. Eu estava convencido que Thomas Tuchel vinha à Luz jogar de uma maneira mais conservadora, com um quarteto defensivo e com menos posse de bola. Mas os alemães não abdicaram do seu plano jogo, mesmo que não tenho dado certo nos últimos jogos de competições internas. O Borussia veio à Luz com um principio de jogo idealizado pelo seu treinador, com os tais três centrais, arriscando tudo na posse de bola e na velocidade de alguns dos melhores futebolistas da actualidade, Dembélé, Reus ou Aubameyang. Que maravilha ver gente deste calibre a competir na nossa casa. Mais discreto, Julian Weigl, é só por si merecedor do valor do bilhete para o ver actuar. O médio defensivo mais elegante e encantador do futebol actual. Que jogador!

Felizmente, o futebol não é uma ciência exacta e por razões que só os deuses do jogo podem explicar, os craques do Dortmund também têm apagões. Foi o caso de Pierre-Emerick, a lenda do Gabão, que teve dois falhanços históricos e falhou um penalti, aqui com mérito para Ederson que estudou as últimas conversões de Aubameyang e deixou-se ficar de pé.

 

Thomas Tuchel no final do jogo dizia, incrédulo, que o resultado foi ridículo. Compreendo a frustração dele mas como os germânicos costumam dizer: ganha quem é mais eficaz. O Benfica foi incrivelmente germânico deste primeiro duelo na Champions League.

Geralmente, o Glorioso costuma aproveitar estas noites de sorte para aumentar o seu prestigio internacional com mais proezas. Foi assim nos duelos, já neste novo estádio, com Manchester United, Liverpool ou Juventus, só para citar alguns.

Foi uma enorme vitória que dá moral e confiança, além de visibilidade internacional. Isto sem Jonas, note-se!

Vamos entrar na Alemanha em vantagem e, por isso, tudo é possível.

Agora é descer à terra e pensar no campeonato. Acrescentámos mais um capítulo bonito na nossa maravilhosa história europeia. Isto sim, é honrar o passado vivendo com dignidade o presente. Estas noites mágicas também são nossas e precisam do Benfica.

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