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Red Pass

Rumo ao 38

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A História do Sócio 34.341 do Benfica Que Fez do Palmeiras Campeão

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Antes da tragédia invadir o futebol sul americano, o Palmeiras viveu horas de grande felicidade ao garantir a conquista do título de campeão do Brasil muitos anos depois da última vez. Foi no jogo do último fim de semana contra a... Chapecoense. 

Vale a pena conhecer a história do homem que devolveu o sucesso ao Palmeiras. Antes de deixar o link para o artigo da Veja, fica a curiosa informação que Paulo Nobre é também adepto do Benfica, tem o cartão de sócio número 34341.

Parabéns, consócio!

 

Paulo Nobre, o milionário que colocou o Palmeiras de volta ao topo

Alviverde fanático, ele peitou rivais, brigou com a própria torcida e tirou 200 milhões de reais do próprio bolso por amor ao time 

 

A Chapecoense Merecia Mais

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O mundo vai descobrir hoje que há um clube de futebol modesto no Brasil com o curioso nome de Chapecoense. O nicho de adeptos do futebol, aqueles que vivem  para conhecer histórias relacionados com o futebol, aqueles que compram e partilham livros para descobrir mais curiosidades, factos e episódios escondidos ou do passado, aqueles que facilmente ficam acordados a ver um jogo de competições sul americanas porque a Sport TV está a transmitir em directo, esses conhecem bem a história da Chapecoense. É preciso sublinhar que é mesmo a Chapecoense e não o Chapecoense. Quando nos interessamos pela história do clube começamos logo por aprender a usar o artigo certo.

 

Reduzindo o nicho dos entusiastas do futebol, já de si pequeno, para apenas os adeptos portugueses, a Chapecoense sempre foi vista com carinho pela sua humilde e modesta história, além, claro, dos pontos de contacto com o nosso futebol. Este ano a equipa foi treinada por Caio Júnior, um avançado que brilhou no Minho ao serviço do Vitória SC entre 1987 e 1992. Depois ainda passou pelo Estrela da Amadora e o Belenenses. Como não ficar a ver um jogo de madrugada com uma equipa a ser treinada pelo Caio Júnior?

Recentemente, foi para lá que o Marcelo Boeck foi jogar. O guarda redes que brilhou no Marítimo e foi fazer número para o Sporting faz parte do plantel, continuando a fazer número na Chapecoense.

 

Para se perceber o excelente trabalho organizativo do clube de Chapecó, Santa Catarina, relembro que em 2009 estava a competir na Serie D, 4º escalão do Brasil. Em 2012 subiu à Serie C. Um ano depois foi promovido à Serie B. Em 2014 chegou ao principal campeonato brasileiro. Contrariando as apostas, a Chapecoense manteve-se entre os grandes e esta época está na primeira metade da tabela a uma jornada do fim.

Meio mundo ficou a saber da sua existência no último fim de semana, a Chapecoense fez parte do jogo mais mediático do Brasileirão que confirmou o Palmeiras como campeão.

Mas foi no jogo anterior que a Chapecoense surpreendeu o mundo ao conseguir um incrível apuramento para a final da Copa Sudamericana contra os argentinos do San Lonrenzo. Um empate 1-1 na Argentina valeu o apuramento, já que na 2ª mão em Chapecó, os brasileiros conseguiram manter o 0-0. Um feito que deixou os adeptos do futebol felizes, tirando os simpatizantes do clube do Papa, claro. Como todos os feitos de equipas não favoritas.

 

Desde 2014 houve quem passasse horas a jogar com a Chapecoense no Football Manager ou no FIFA na playstation, houve quem se afeiçoasse e passasse a torcer por eles, ninguém, dentro do tal nicho, ficou indiferente à evolução do clube brasileiro.

Agora ia acontecer o ponto alto da época, todos queríamos ver a Chapecoense a bater o Atlético Nacional da Colômbia na final da Sudamericana. A 1ª mão estava marcada para amanhã em Medellín.

 

A tragédia que aconteceu mexe connosco porque a sentimos demasiado perto e injusta. Perto porque nos afeiçoámos à equipa via televisão, injusta porque nos faz pensar nos livros que lemos sobre as equipas do Torino ou do Manchester United e que ainda hoje tanto nos chocam.

 

A Chapecoense é tema do dia no mundo todo. Fizeram o suficiente para serem falados e serem descobertos pelos seus méritos desportivos e não por uma tragédia assim. De uma forma ou de outra, o clube de Santa Catarina passa a ser lendário.

 

Benfica 3 - 0 Moreirense: Ganhar Com Casa Cheia à Benfica

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 ( Fotografias de João Trindade )

 

Às vezes, é bom colocar os jogos em perspectiva. Agarremos neste tranquilo e normal 3-0 ao Moreirense e recuperemos o mesmo jogo na época passada a fechar o mês de Agosto de 2015.

Também fizemos 3 golos, também somámos 3 pontos. Só que no fim do jogo sentíamos um misto de alívio, pela vitória, e de preocupação, pela margem mínima, ficou 3-2.

Na época passada ganhámos devido à alma que esta equipa tem. É a mesma alma porque a equipa é praticamente a mesma, penso que só Gaitán não está no plantel, em relação ao onze do ano passado. A vitória por 3-2 foi na garra, depois de muito sofrer a equipa quis dar um sinal aos seus adeptos, podiam ainda estar no começo de um novo ciclo mas a fome de vencer era a mesma. Acabámos campeões.

 

Hoje, mais de um ano depois, um jogo com o Moreirense na Luz parece um aborrecido cumprir de calendário onde as dúvidas na bancada estão na ordem do quem marca os golos e quanto tempo temos de esperar pelo primeiro. Reparem, não é se ganhamos ou se vamos perder anos de vida. Não. É por quantos ganhamos. E isto não é nenhuma demonstração de arrogância nem de bazófia. É apenas registar o reencontro do Benfica com a sua história. Foi assim que o conheci, é assim que gosto de o viver.

Por isto, quando o Benfica não ganha um jogo na Luz é tema para espanto universal no mundo da bola. E às vezes acontece, como sabemos e como vimos com o Vitória FC. Só que a regra é ganhar, marcar e ter jogos bem agradáveis de seguir no nosso Estádio.

Também por isto é que a Luz nos dias de hoje apresenta números de assistência acima do 50 mil adeptos. Também aqui é um reencontro com o que deve ser. Há anos, poucos, muito boa gente achava que os 30/40 mil que faziam a média de assistência nos jogos do campeonato era normal. Quando se explicava que não era e que era preciso lutar contra isso em vez de nos acomodarmos, aparecia sempre a linha teórica que nos explicava que a média baixa se justificava pela crise, pelos preços, pelo clima, pela temperatura, pela hora e sabe-se lá mais o quê.

Tal como dizia na altura, a única maneira de termos a Luz cheia é o futebol do Benfica voltar a ser o ... futebol do Benfica. Aquele que a minha geração viu deslumbrada, as mais velhas se recordam e as mais novas ansiavam por ver sem ser via YouTube.

Esse futebol voltou, ir à Luz para ver o Benfica, sim, ver o Benfica, independentemente de quem está no outro lado, porque do outro lado está mais uma vítima do Benfica e nós vamos à Catedral para testemunhar mais uma vitória à Benfica.

 

 

Se, por acaso, o jogo foge à regra e torna-se complicado, as bancadas fazem o seu papel empurrando o glorioso e assustando a vitima. Se, mesmo assim, o desfecho não for o esperado e normal, os jogadores sabem que serão acarinhados e motivados para o próximo combate. Como aconteceu num passado recente contra o Zenit ou num derby. E os jogadores depois recompensam os seus fieis adeptos, indo a uns 1/4 de final da Champions ou sagrando-se campeões nacionais mesmo que não tenhamos sido felizes em todos os derbies.

Isto é um processo natural e espontâneo, não se compra no mercado, nem se impõe em redes sociais. É assim. Por isso, ninguém no Benfica fica extasiado por ter tido mais gente na Luz do que outros a receber o Real Madrid, nem há cá voltas olímpicas no final de um jogo onde só aconteceu absoluta normalidade. É o Benfica a ser Benfica.

 

Dou muito valor a esta exibição do Pizzi, à entrega do Raul a aproveitar a sua titularidade e abrindo todo o espaço para que os médios brilhem, à maneira como André Almeida entrou bem no jogo após mais uma saída por lesão, desta vez de Eliseu.

Dou muito valor aos 3 golos, ao facto de não termos sofrido golos, ao reconhecimento do adversário no final assumindo a superioridade do Benfica. Dou muito valor ao prazer que é ver o resumo do jogo em paz sem precisar de levar com o circo a discutir cartões, penaltis, expulsões ou se a bola entrou ou não, porque o Benfica voltou a ganhar de maneira tão clara, tão natural que consegue ridicularizar todos os fantoches que acenam vouchers e colinhos.

E sabem porque dou tanto valor à normalidade? Porque lembro-me muito bem, demasiado bem, os tempos em que a normalidade era o Benfica não ganhar tanto e tropeçar. Lembro-me bem de qualqer clube vir à Luz para não perder e acreditar nisso. Não foi assim há muito tempo.

 

Agora o Benfica ganha e não é de hoje. Nos últimos anos tem sido sempre assim, tem a vantagem de ter arriscado mudar para melhor mesmo quando estava no top e os resultados estão à vista.

Se há um ano saímos aliviados e com dúvidas, hoje cumprimos mais uma ida ao Estádio e voltamos tranquilos com o sentimento de quem foi assistir a mais um capítulo natural na nossa história. Quase como ir à missa mas em bom.

 

Continuemos assim, a ser o Benfica.

Besiktas 3 - 3 Benfica: Cair no Medo Cénico

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O futebol tem destas coisas. Depois de uma primeira parte de sonho, uma das melhores que já vi do  Benfica na Europa, veio uma segunda metade deprimente.

O resultado final foi um empate, na prática vamos para a última jornada obrigados a vencer o Nápoles em casa, algo que já se esperava antes deste jogo na Turquia.

A diferença está na maneira como o jogo decorreu. Imagine-se que o Benfica chegava ao intervalo a perder 3-0 e que na 2ª parte acontecia uma bela oportunidade para o 4-0. E depois o Benfica recuperava e acabava o jogo com um empate conquistado perto do fim. No fundo, invertíamos as partes e estávamos todos moralizados e felizes com o empate. Como aconteceu ao contrário, há um sentimento de frustração por termos visto o Benfica tão perto do apuramento. Mas o desfecho prático desta jornada é sempre o mesmo, com mais ou menos moral, é preciso não fazer pior do que o Besiktas fizer em Kiev.

 

A primeira parte deste jogo merecia um resultado final favorável que podia ter ficado garantido no lance que Mitroglou falhou o 0-4. Grande golo de Gonçalo Guedes, golão de Nelson Semedo e golo de Fejsa após teimosia da bola em não entrar indo ao poste três vezes.

Na 2ª parte tudo a sair bem ao Besiktas. Logo a começar pela entrada de Tosun que resgatou a sua equipa com um belo golo.

O Valdano tem uma boa expressão para aquilo que a equipa, e todos nós, sentimos a partir daqui: medo cénico.

O medo de mexer mal na equipa, o medo da reacção, o medo de sofrer mais um golo que levasse o jogo a ficar decidido no fim. E aconteceu tudo porque o futebol às vezes parece sair um guião certo que valida o medo cénico.

 

Além do crescimento do Besiktas, as alterações de Rui Vitória foram todas infelizes. Rafa foi a jogo e nada de novo trouxe à sua equipa. Saiu Cervi para lhe dar o lugar mas Salvio pouco ou nada ajudou Nelson Semedo a domar Tosun. Samaris entrou no auge do tal medo cénico e também nada de bom trouxe, além de ainda tirar espaço a Fejsa. Finalmente, o jogo pedia Raul Jimenez mais cedo.

Isto tudo conclusões muito sábias de sofá e depois de saber o que aconteceu, claro. Na altura tudo parecia fazer sentido mas aquele golo no fim levanta todas as questões.

Foi duro sentir o apuramento nas mãos e acabar a pensar que vamos ter que ganhar ao Nápoles. Mas esta é a nossa vida, receber no nosso estádio os melhores e preparar-nos para vencer.

 

 

O Calendário da Liga Continua a Ser Uma Vergonha

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 Nada que não estejamos habituados mas como a Liga promete todas as épocas melhorar a situação, não podemos deixar de lamentar o total desrespeito para com os adeptos que ainda se preocupam em acompanhar as suas equipas em casa ou fora. É impossível organizar e agendar a nossa vida particular e profissional com uma organização assim.

Vamos para a 11ª jornada, basta ver na imagem quando é que nos prometeram ter calendário resolvido até à 15ª ronda.

Que Equipa na Turquia?

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  O próximo desafio é europeu. O jogo na Turquia é importante para definir o futuro do Benfica na Champions League. Com a maior parte dos jogadores lesionados de volta qual será a melhor equipa a apresentar no jogo com o Besiktas?

Lugar aos leitores, digam de vossa justiça nos comentários.

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