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Red Pass

Rumo ao 38

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Astana 2 - 2 Benfica: Do Desastre ao Apuramento

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 Pedia-se uma reacção forte e positiva do Benfica na Europa para sarar feridas domésticas e avançar na prestigiada Champions League. A equipa até entrou bem no estádio mais distante de Lisboa onde alguma vez jogámos em provas da UEFA.

Avisados que estavam para os grandes desempenhos caseiros do Astana, os jogadores do Benfica tentaram tomar o controlo do jogo e mostrar que estavam ali para fazer golos e resolver a questão do apuramento já esta semana.

 

Foi um Benfica remendado que encarou esta 5ª jornada da Liga dos Campeões. Sílvio continuou na direita da defesa que teve a presença de Lisandro no lugar do lesionado capitão Luisão.

Rui Vitória optou por voltar ao modelo que tem sido a sua aposta desde que chegou ao Benfica e fez alinhar uma dupla de ataque com Jonas e Raul Jimenez, relegando Mitroglou para o banco. No meio campo a grande novidade foi a aposta, finalmente, em Renato Sanches para acompanhar Samaris, Pizzi jogou no lugar do castigado Gaitán e trocou de posição com Gonçalo Guedes que andou mais pela esquerda.

 

À boa entrada do Benfica responderam os homens do Astana com contra ataques rápidos tendo em Kabananga, Twumasi, Muzhikov e Kéthévoama os principais agitadores a representarem perigo para a baliza de Júlio César.

 

Depois de ambas as equipas terem ameaçado, foi Twumasi quem inaugurou o marcador. Kabananga fugiu pela esquerda e cruzou para uma cabeçada exemplar.

O 1-0 nasce de uma perda de bola de Jimenez que ilustrou o desnorte do Benfica a partir do minuto 18. Tem sido uma constante ao longo da época, as recuperações defensivas do Benfica são assustadoras de tão más executadas. Se fosse uma situação de quando em vez até podia dizer que era preciso emendar posicionamentos e rotinas, mas acontecem demasiadas vezes por jogo para ser só um azar. O Benfica continua a defender mal e a reagir tarde à perda de bola. É bem visível na repetição do primeiro golo do Astana a recuperação completamente descompensada do sector defensivo que, não só, deixa Kabananga cruzar à vontade como, mais grave ainda, permite que haja um jogador a cabecear completamente à vontade na cara de Júlio César. É grave e preocupante que no fim de Novembro se defenda assim.

 

Depois, a equipa do Cazaquistão motivada com a vantagem e com a falta de pontaria de Gonçalo Guedes aproveita para aumentar num livre batido para a área do Benfica onde ninguém se entende com as marcações e Anicic acaba por fazer o 2-0 com as costas!

Foi uma fase de jogo muito má do Benfica, chegou a lembrar uma negra noite em Israel para não andarmos mais trás no tempo...

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Felizmente, o Benfica reagiu e não se deixou abater. É o que nos tem valido desde o começo da temporada, apesar das más exibições há uma reacção forte a contrariar um mau destino.

Pizzi tentou mas Eric negou, Jonas rematava mas longe da baliza. Até que Jonas veio à linha receber um lançamento lateral e cruzou na perfeição para uma entrada de Raul Jimenez de cabeça a fazer lembrar o seu golo de estreia com o Moreirense. Finalmente, o mexicano marcava e numa altura muito importante a deixar a porta aberta para a recuperação da equipa na segunda parte.

 

Apesar do susto ficaram os bons momentos de Pizzi, talvez o melhor em campo a jogar numa posição que domina, de Jonas, misteriosamente apto depois de tanto se falar de uma lesão que o deveria levar a uma cirurgia, de Raul Jimenez sempre à procura de ser feliz, de Samaris e de Renato Sanches sem se esconder do jogo.

 

A segunda parte foi bem mais agradável. O jogo continuou dividido enquanto a equipa de Stoilov teve pernas para aguentar o ritmo de ataque e resposta dos dois lados. Gonçalo Guedes isolado não conseguiu enganar Eric, após brilhante passe de Renato, Jonas continuava de pontaria desafinada, Júlio César ia mantendo o Benfica no jogo e aos 72' Raúl Jimenez é feliz num remate em jeito de reflexo que levou a bola a bater no poste antes de entrar na baliza de Eric. Acontecia o empate que o Benfica tanto procurava e que já se justificava.

Nesta altura já com André Almeida em campo, entrou para o lugar do lesionado Silvio, e foi ele que passou a bola a Jimenez. Destaque ainda para as entradas de Cristante, afinal o italiano também conta, e de Talisca deixando um desenho de triangulo no meio campo atrás de Raúl, já que saíram Samaris e Jonas.

 

Depois do 2-2 o Benfica não quis ir à procura da vitória preferindo garantir o valioso ponto conquistado porque sabia que na última jornada na Luz basta um empata contra o Atlético de Madrid para acabar como vencedor do grupo. Se isso acontecer será o culminar de uma das melhores participações de sempre do clube nesta nova versão da Champions League. Aliás, garantir assim um apuramento para os 1/8 de final desta prova é coisa muito rara e por isso há que dar os parabéns à equipa.

Começou muito mal mas terminou em alegria esta atípica jornada europeia jogada a meio da tarde em Portugal lá do outro lado do mundo onde não faltaram bravas dezenas de benfiquistas na bancada a apoiar. São o Benfica.

O apuramento não resolve nada ao nível dos problemas da equipa. Continuo sem perceber como é que o Clésio conseguiu uma titularidade nesta equipa mais depressa que o Renato Sanches. O jovem médio mostrou que não há que hesitar em promovê-lo a titular da equipa principal, não vejo melhor que ele naquela posição.

Esperemos que os golos de Raúl tenham vindo para ficar e gostava de acreditar que se vai melhorar as rotinas do sector defensivo, porque piorar é impossível.

Há que aproveitar este momento feliz com a promoção da equipa aos melhores 16 clubes da maior competição da UEFA para capitalizar esta moral extra a nível interno. Algo que não aconteceu depois daquela grande noite de Madrid. É preciso, desta vez, dar seguimento a esta recuperação e vencer já em Braga. Identificar e reconhecer os problemas da equipa é sempre meio caminho andado para os tentar resolver.

GoalCast: Um Novo Desafio

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Um convite de Rui Malheiro para entrar num projecto onde esteja inserido é sempre irrecusável. Foi assim que comecei a escrever no saudoso  Terceiro Anel em 2003. Desta vez o desafio é trocar o teclado pela voz. Aceitei contribuir semanalmente para o GoalCast! , um podcast conduzido pelo Rui e que tem descrição mais abaixo. Divulgarei revistas, livros e publicações em vários formatos que eu ache realmente interessantes para quem adoro futebol sobre nós e tem o prazer da leitura. Na semana de estreia escolhi as duas publicações ilustradas no começo do texto.
O GoalCast! é de ouvir e esperar por mais, como está bom de ver. Só para quem ama verdadeiramente o futebol, para usar a frase mais célebre do último mundial.

 

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Goalcast! Episódio #2. Debruçamo-nos sobre as aquisições de Bruno César e Ezequiel Schelotto, os novos rostos do Sporting, contando com o precioso auxílio de Gil Sousa, que nos desvenda o possível enquadramento do internacional brasileiro no reencontro com Jorge Jesus, e de Alexandre Calado, que nos rememora os tempos do Chuta-Chuta na Luz. Pedro Varela oferece-nos o batimento do coração do adepto leão face à chegada dos novos reforços. Viajamos até Londres, através de Simão Coutinho, que nos desvenda os “pormaiores” do maior evento de scouting do Mundo sob a chanchela da WyScout, e até à Hungria, onde Joachim Rodrigues L, scout de futebol internacional da plataforma Talent Spy, nos dá a conhecer as maiores promessas do futebol magiar, e Valter Marques, jornalista do Record, recorda, com o som de um piano melancólico como pano de fundo, um País distante do desporto-rei. João Gonçalves comprova que não há revista ou livro sobre futebol que lhe escape, oferecendo-nos as sugestões de leitura para a semana. A não perder:

(caso o widget não carregue na totalidade por favor refresque a página)

GoalCast é um podcast GoalPoint com Rui Malheiro, GoalPointer e analista de futebol, que pode acompanhar no Record e RTP (Grande Área). Acompanhe o GoalCast todas as sextas-feiras em www.goalpoint.pt, iTunes eSoundcloud.

 

 

Sporting 2 - 1 Benfica ( após prolongamento ) : Pensar nos Penaltis, Cair no Prolongamento

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O fascinante dos momentos que antecedem estes derbys no campo adversário é que cada um os vive de maneira diferente mas sempre procurando conforto nas melhores memórias de maneira a levantar a moral e motivação no caminho algures entre Telheiras e o Lumiar. Mesmo em épocas que vamos muito confiantes para lá lembra-se sempre as noites dos 3-6 ou do Sabry, os dois pólos opostos entre a exibição de sonho e a exibição miserável que acaba em glória.

Quando já vamos para o terceiro embate da época antes de Dezembro com duas derrotas em cima a tendência é lembrar aqueles anos em que não tínhamos praticamente nada, futebolisticamente falando, e mesmo assim enchia-se o topo norte do velho Alvalade com uma mancha encarnada.

Neste contexto só sei falar do ambiente que se vive a caminho e dentro do estádio do rival. Não sei como se acompanha este derby à distância seja por imposição ou opção. Aconteceu-me em Fevereiro deste ano ter de ficar em casa dias após uma operação ao nariz. Odiei ver o jogo pela televisão. Não corresponde ao que se vive no local.

 

Ontem quando me falavam dos dois últimos derbys eu ia sorrindo enquanto respondia que se fosse dar importância a isso nunca teria festejado o recital do João Pinto ou o livre do Sabry in loco. O meu primeiro derby em Alvalade foi uma loucura dos deuses do futebol, assim do nada com um jogo equilibrado ao intervalo acabou 7-1. Isto em época de dobradinha para nós. Um dos derbys a que fui mais contrariado aconteceu em 1994 após um triste empate caseiro com o Estrela da Amadora. Hesitei em ir, acabou 3-6.

Isto para dizer que sei tudo sobre o antes e pós derby.

 

Novidade Táctica

 

Rui Vitória resolveu alterar o esquema táctico após a pausa competitiva de clubes. Chegou a Alvalade e aproveitou a indisponibilidade física de Jonas para apostar num meio campo mais povoado só com um avançado fixo. Algo que já tem sido questionado tantas vezes e que nunca foi opção porque em Madrid o esquema habitual deu certo.

As escolhas individuais mais relevantes foram Silvio na direita, Pizzi a reforçar o meio campo, Talisca como médio mais solto e Mitroglou na frente. O resto foram as apostas habituais.

O Benfica entra bem no jogo e logo aos 5' chega ao golo por Mitroglou. Impossível um melhor começo para cimentar a aposta táctica e fazer explodir o sector mais bonito daquele estádio.

Naqueles momentos tenho saudades de ter menos 20 anos e sentir aquela liberdade de festejar um golo como se o mundo tivesse parado naqueles segundos e todos os problemas estivessem resolvidos por aquela bola que entrou na baliza verde. Ficar anestesiado de alegria e só uns minutos depois olhar para o relvado e perceber que afinal a vida continua e que ainda há muito jogo pela frente. Hoje ainda há aquele momento de explosão mas já dura muito menos. Uns breves instantes de alegria, alivio de sorrir para o lado e comentar: eu não disse?

Mas de imediato a razão fala mais alto e olho para o tempo no marcador para respirar fundo a pensar nos longos minutos que tenho pela frente.

 

O golo deu tranquilidade à equipa para acertar marcações e posicionamentos defensivos. Foi uma primeira parte interessante com o Benfica a fazer o que ainda não se tinha visto esta época contra o rival, equilibrou o jogo e fechou bem os caminhos para a baliza de Júlio César ensaiando saídas em contra ataque deixando o adversário desconfiado.

Fez-se o que parecia mais complicado, chegar à vantagem num estádio com um ambiente ultra confiante perante uma equipa super motivada. Dentro e fora de campo instalou-se a ordem natural das coisas, o Benfica a vencer.

 

Todo o bom trabalho da primeira parte caiu antes do intervalo num desacerto defensivo com Slimani a reagir melhor que Luisão a um corte incompleto, passe para a entrada da área onde estava Adrien que não falhou o remate para o empate.

 

Segundo Tempo

 

Segunda parte e tudo igual. Era preciso voltar a procurar o golo de maneira convincente e gerir meia equipa perigosamente "amarelada".

Houve momentos de aflição na nossa defesa, houve momentos de equilíbrio e houve raros lances em que estivemos perto de chegar à vantagem. Na prática sentia-se o Sporting mais perto do golo do que nós mas na verdade a equipa ia conseguindo anular o entusiasmo dos da casa. A vantagem de termos um meio campo com mais um homem do que o habitual começava a preocupar pelo desgaste físico.

Não me pareceu que Pizzi tivesse sido uma aposta mais feliz do que André Almeida de inicio, por isso vi com naturalidade a substituição com uma hora de jogo. Manteve-se o plano de jogo e era notório que o Benfica só iria conseguir o apuramento nos 90 minutos com um lance de génio de Gaitán ou na velocidade bem metida de Gonçalo Guedes. Infelizmente, não apareceu nenhuma destas soluções. O jogo arrastou-se para o prolongamento com o Sporting a fazer um último assalto forte à baliza de Júlio César. Sobrevivemos para o prolongamento.

 

Voltar às Origens Tácticas

 

Estranhamente, Rui Vitória optou por não fazer as duas substituições que ainda tinha para os 30' finais. Preferiu manter a mesma equipa começando a dar sinais que ir a penaltis não era mau.

Nada mudou no prolongamento e a postura dos jogadores a deixar passar o tempo não me agradava nada. Aos 5' é lançado Jimenez pelo desgastado Mitroglou, belo jogo fez o grego. Continuava tudo na mesma, portanto. Rui Vitória parecia aliviado por não ter perdido o derby ao fim de 90 minutos pela primeira vez ao fim de três jogos

No intervalo do tempo extra, Rui Vitória resolve chamar Jonas e tirar Gonçalo Guedes. O Benfica voltava à fórmula habitual com um Jonas debilitado para os últimos 15 minutos numa tentativa de surpreender e chegar a um golo que esteve sempre longe de acontecer. 

Sete minutos depois golo do... Sporting. A equipa perde a cabeça, Samaris vê o segundo amarelo mostrando que acabava ali a esperança e criando preocupação para Braga.

O Benfica ainda reage e até podia ter chegado ao empate num lance à nossa frente onde Luisão sofre falta e dava penalti. Podia ser a repetição do que fizemos ali em Fevereiro, na mesma baliza e tudo.

Mas a sorte mudou, o ciclo mudou e em vez de festejarmos um empate tardio saímos dali em cacos. Um guarda redes suplente expulso ainda na primeira parte, o melhor médio castigado para o próximo jogo, Luisão de braço partido e Gaitán também para o hospital depois de perda de consciência. Não é preciso mais nada para perceber que estamos noutro ciclo.

 

Mais Uma Depedida Prematura do Jamor

 

Sair da Taça de Portugal antes do fim do ano começa a ser tradição, nos últimos anos tem acontecido muito. Portanto, a novidade nem é pela eliminação da hipótese da festa em Maio no Jamor.

A novidade é que em 6 meses passámos de grandes dominadores no derby para dominados. Não estou habituado a isto, é novo para mim. Não gosto mas sei que não me vale de nada amuar e ameaçar não ir mais à bola e essas coisas todas.

No próximo jogo na Luz lá estarei.

 

Mas também sei que esta época não terei o calendário sobrecarregado de emoções até ao verão. Provavelmente, será uma maratona desgastante e não muito proveitosa. Tudo ao contrário do que tem sido a minha vida de adepto benfiquista nos últimos anos. Infelizmente, não é novidade. Já passei muito pior e nunca tive vontade de acabar com esta fidelidade. Mas também percebo que esta é uma boa altura para resolver assuntos importantes da vida além Benfica. Sendo assim, cumprido o dever de ir ao terceiro derby do ano apoiar o Benfica vou preparar uma curta ausência para celebrar o casamento com a mulher que me atura há sete anos e por isso não estarei em Braga, vou acompanhar à distância desde Roma. ( Quem tiver dicas sobre a capital italiana pode deixar nos comentários. Obrigado )

Faz tudo sentido, tenho sido tão feliz com o Benfica desde que me juntei com a noiva que há que aproveitar este momento de mudança para avançar.

 

A Taça só durou dois jogos, ficam adiadas as viagens a locais escondidos deste país para a próxima época.

Segue-se desgastante viagem ao Cazaquistão para a Champions League onde estamos bem e precisamos de dar sinais positivos tendo em conta o próximo desafio na Liga.

As Queixas do Porto Sobre a Selecção

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É olhar para a lista de utilizados na jornada dupla e tirar conclusões:

 

1-Clésio (210 min.)

2-Renato Sanches (199 min.)

3-Samaris (180 min.)

Bryan Ruiz (180 min.)

Tobias Figueiredo (180 min.)

Vincent Aboubakar (180 min.)

Maxi Pereira (180 min.)

Héctor Herrera (180 min.)

9-Islam Slimani (178 min.)

10-Miguel Layún (161 min.)

11-Mitroglu (160 min.)

12-André André (142 min.)

13-Jesús Corona (119 min.)

14-João Mário (111 min.)

15-Gonçalo Guedes (109 min.)

16-William Carvalho (102 min.)

17-Raúl Jiménez (101 min.)

18-Rúben Neves (98 min)

19-Iker Casillas (90 min.)

Danilo Pereira (90 min.)

Rui Patrício (90 min.)

Carlos Mané (90 min.)

Ederson (90 min.)

Eliseu (90 min.)

25- Gelson Martins (75 min.)

26- Yacine Brahimi (67 min.)

27- Teo Guitiérrez (58 min.)

28- Nuno Santos (28 min.)

29- Nico Gaitán (20 min.)

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